O 46º Encontro Regional do Fórum dos Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior da Região Sudeste (Forproex – Sudeste) foi realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA) na quinta e na sexta-feira (29 e 30/10). Pela primeira vez, a UFLA esteve à frente da realização do evento, que foi conduzido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).
Estiveram presentes pró-reitores e servidores ligados às atividades de extensão. Fazem parte do Fórum universidades federais, estaduais e municipais, além de Institutos Federais de Educação de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Durante o Encontro, ocorreram apresentações culturais, mesas de diálogo e de debates. A avaliação do impacto social da extensão universitária, A avaliação da extensão pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e A construção de indicadores/ avaliação de programas e projetos de extensão foram assuntos que nortearam as atividades.
Para o pró-reitor de Extensão da UFLA, professor José Roberto Pereira, é preciso ter uma consciência crítica sobre a extensão universitária, e por isso
é fundamental um Fórum de pró-reitores de extensão para discutir os grandes desafios presentes nas instituições.
Durante a abertura, ele citou o crescimento da UFLA na Extensão. Atualmente são 148 núcleos de estudos registrados; 13 empresas júniores; uma incubadora tecnológica de cooperativas; 911 convênios de estágio; 2.480 termos de compromisso de estágio estabelecidos; e 182 projetos extensão, que contemplam 400 bolsistas. A realização do evento UFLA de Portas Abertas também foi lembrada, por ter promovido a participação de 5 mil estudantes de ensino médio.
Foram apresentadas, ainda, as ações culturais realizadas no câmpus da UFLA (Coral Vozes no Câmpus; Orquestra da Câmara; Concurso Literário; Caça Talentos; Semana de Ciência, Cultura e Arte; Virada Cultural; exposições nos museu), além da criação do Portal de Estágios e do Catálogo dos Cursos de Extensão.
Na ocasião, a presidente do Forproex-Sudeste e professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Dalva Maria de Oliveira Silva, ressaltou que é extremamente necessário o fortalecimento da extensão nas universidades, de maneira que todos compreendam o quanto essas atividades são fundamentais na formação dos estudantes, para que tenham compromisso social. “É preciso mostrar como o dinheiro público investido na extensão traz resultados”, afirmou Dalva.
Mesa de abertura: o Corredor Cultural Sudeste
Os trabalhos do 46º Encontro Regional do Forproex Sudeste tiveram início com a troca de informações sobre o Corredor Cultural Sudeste, um projeto da Diretoria de Cultura do Forproex Sudeste, idealizado em 2013, que prevê o intercâmbio de ações culturais entre as universidades integrantes do Fórum. Pela proposta, que já foi desenvolvida em projeto piloto a partir de 2014, as produções culturais de uma instituição circulam por outras, promovendo a difusão da cultura no Sudeste e ampliando a oferta de opções culturais às comunidades.
A apresentação do estágio atual do Projeto foi feita pela coordenadora geral das ações no Forproex Sudeste, Margareth do Carmo Junqueira, e pela coordenadora administrativo-financeira, Telma Valéria de Resende. A busca, no momento, é por parcerias que possam viabilizar a consolidação das atividades. Por isso, esteve presente na mesa o superintendente de Interiorização e Ação Cultural da Secretaria do Estado de Minas Gerais, João Batista Miguel, que reconheceu a importância do projeto e indicou possibilidade de parceria com o Governo do Estado de Minas. “Estamos preocupados em construir uma política efetiva de cultura, e isso será possível com parcerias como essa”, avaliou.
Outra participação foi do coordenador geral de Relações Estudantis da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC),
Vicente de Paula Almeida Júnior, que fez questão de compreender toda a dinâmica do Corredor Cultural e dialogar com os envolvidos, para que possa levar à equipe do MEC as demandas por parcerias.
Para a coordenadora da mesa, professora Dalva, a articulação entre o Forproex Sudeste, os governos dos quatro estados e os ministérios da Cultura e da Educação poderá resultar em um somatório de forças capaz de transformar o Corredor Cultural Sudeste em uma política.
Leia matéria de julho deste ano, publicada na Unicamp, que exemplifica ação do Corredor Cultural Sudeste.
Texto: Camila Caetano (jornalista – bolsista/UFLA) e Ana Eliza Alvim (jornalista Ascom/UFLA).