Cibele Aguiar
No dia 18 de outubro, nas dependências do Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí, vinculado à Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), no município de São Bento do Sapucaí-SP, será realizado o II Seminário sobre castanha. O professor do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Rafael Pio é um dos organizadores, juntamente com a pesquisadora Silvana Catarina Sales Bueno (Cati).
O evento faz parte de um projeto em rede que articula a UFLA, Cati, Unicamp e o Instituto de Tecnologia de Alimentos do Estado de São Paulo (Ital). O objetivo do projeto é realizar a caracterização dos frutos e amêndoas de cultivares de castanheiro (Castanea spp.) e produção de subprodutos à base de castanhas. A Cati detém um banco de germoplasma com 11 cultivares no município de São Bento do Sapucaí (SP) e Paraisópolis (MG).
De acordo com o professor Rafael Pio, alguns pomares já foram instalados no município de Brazópolis e Paraisópolis, no sul de Minas e os resultados são animadores, já que as castanhas são muito consumidas no Natal e a produção dos frutos concentra-se no final do ano.
O professor ressalta que essa frutífera produz amêndoas de alto valor alimentício devido às altas concentrações de amido e proteínas. A produção de castanhas tem se intensificado na região conhecida como “terras altas da Mantiqueira”, em especial nos municípios de Maria da Fé, Gonçalves, Brazópolis, Paraisópolis, Senador Amaral, Munhoz e Camanducaia, que além do ambiente favorável à atividade, tem grande potencial turístico, o que contribui para a comercialização dos produtos.
Ele explica que a produção de frutos pode ser destinada ao mercado de fruta fresca ou processada, visando sua utilização em doces, bebidas fermentadas ou na culinária regional. Além disso, seus subprodutos podem ser utilizados no artesanato e os pomares podem ser atrativos ao turismo rural.