O Grupo de Pesquisa e Extensão: Gênero e Diversidade em Movimento – Gedim, o Mestrado Profissional em Desenvolvimento Sustentável e Extensão/PPGDE, do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA), e a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São João de Rei (ITCP/UFSJ) realizaram, nos dias 6 e 7, o “II Encontro Intermunicipal Fios Trançados com Terra e a cor Negra: Prados, Lavras e Guapé”.
O evento contou com o apoio dos grupos de pesquisa e extensão da UFLA: Yebá – Ervas e Matos e Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Agroecologia do DAE e Núcleo de Estudos em Agricultura Orgânica do Departamento de Agricultura (DAG). O principal objetivo do evento foi apresentar e discutir os resultados do projeto “Relações de Gênero: Configurações e Reconfigurações da Divisão Sexual do Trabalho entre mulheres assentadas, mulheres negras e da economia solidária”.
Participaram do encontro, além dos grupos de mulheres envolvidos inicialmente no Projeto: Olhos D’água Produzindo e Preservando, do Assentamento Santo Dias de Guapé, coordenado pelo MST; Grupos de mulheres da Economia Solidária da cidade de Prados e representantes do Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial de Lavras (CMPIR) e outros grupos de mulheres do Sul de Minas e Campos das Vertentes.
O encontro simbolizou a diversidade de grupos presentes. Entre eles, o grupo “Mulheres Organizadas Buscando Independência – Mobi”, agricultoras familiares apoiadas pelo Instituto Federal (IF Sul de Minas) e Emater, que apresentaram a produção de café e rosas orgânicas, da cidade de Poço Fundo. Também participaram representantes do Conselho Municipal de Consciência Negra de Coronel Xavier Chaves (Consnec) e do poder público de Prados e Coronel Xavier Chaves.
A diretora de Políticas para Mulheres Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário (DPMR/MDA) e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Karla Emmanuela Ribeiro Hora, participou de uma mesa redonda com a palestra intitulada “Políticas Públicas para Mulheres Rurais”. Ela enfatizou que o desenvolvimento dos trabalhos tem indicado que o fortalecimento organizativo desses grupos, tem se traduzido, de forma inovadora, em avanços nos diálogos com a sociedade em geral e com o poder público.
Os resultados da pesquisa sobre Divisão Sexual do Trabalho estão sendo organizados também em uma cartilha que será distribuída aos grupos.