A nova diretoria eleita da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) conduziu a reunião do Conselho Pleno ocorrida esta semana em Brasília. Entre os temas foram discutidos o andamento da greve nas universidades federais e o orçamento para 2013. Os reitores também receberam representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) que deram informativos sobre a paralisação que já dura três meses.
A principal pauta em discussão foi sobre a reposição das aulas, após o fim da greve. Na avaliação do presidente da Andifes, reitor Carlos Maneschy, a atenção dos dirigentes tem que estar voltada para esse fator para evitar danos maiores aos estudantes. Segundo ele, debates em torno do corte de ponto não se sobrepõem aos cuidados com o calendário acadêmico.
Dispostos a ouvir os vários segmentos envolvidos com a paralisação, os reitores receberam representantes do Andes, acompanhados pela presidenta do sindicato, Marinalva Oliveira. Na conversa, os sindicalistas expuseram o atual quadro de impasse entre o Governo e a categoria e buscaram apoio da Andifes para que seja feita interlocução na retomada do diálogo de negociação.
O presidente da Andifes colocou que a Associação também tem acompanhado as negociações entre o Governo e os técnico-administrativos e ressaltou que os reitores têm feito abertura de interlocução entre o Governo e as categorias desde 2011. “Essas intermediações colaboraram para o surgimento de propostas e pelos momentos de negociação ocorridos até hoje. As diretorias anteriores tiveram um papel importante”, disse Carlos Maneschy.
A diretoria da Andifes aproveitou para falar que tem mantido contato permanente com representantes do Governo, em especial com o Ministério da Educação (MEC), tanto para tratar da greve quanto para dar continuidade aos projetos de interesse das universidades federais, como o fechamento do orçamento de 2012 e a definição do financiamento das universidades federais em 2013.
Os reitores aguardam uma sinalização positiva do MEC para um reajuste coerente com o atual crescimento das universidades. “Nosso preocupação é que tenhamos recursos suficientes para darmos continuidade à expansão do REUNI, assim como garantir o funcionamento da estrutura dos campi. Além disso, termos certeza que a assistência estudantil através do PNAES receberá financiamento condizente com a necessidade atual. A inclusão só é real quando os alunos carentes têm condições apropriadas de permanência e êxito acadêmico”, disse Carlos Maneschy.