O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), registrou, no mês de julho, uma taxa de inflação de 0,98%. No mês passado, o IPC da UFLA ficou em 1,59%.
Como explica o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, essa inflação foi segurada pelos preços das bebidas, cuja queda média ficou em 12,81%, devido a maior competição das cervejas, que ficaram em média mais baratas 19,81%.
Já os alimentos ainda continuam a pressionar a inflação calculada pala UFLA. Em julho, os alimentos ficaram mais caros 3,34%. Os produtos in natura tiveram alta de 13,26% e os industrializados, aumento de 7,05%. No entanto, esses aumentos foram, em parte, neutralizados pelas quedas das carnes bovina, suína e pescados. Já o arroz teve uma alta de 16,08% e o feijão, 10,78%. Além das quedas das carnes, a pesquisa identificou quedas nos derivados do milho. Entre as maiores altas nos alimentos em geral, destacam-se:
batata (37,14%), pimentão (40,74%), repolho (31,19%), abacate (48,01%), trigo (33,66%), leite tipo C (28,54%), mortadela (15,66%), ervilha (26,18%), azeitona (62,86%) e catchup, com alta de 28,56%.
Com esses comportamentos dos preços dos alimentos semielaborados, a exemplo das carnes, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma queda de 2,92% em julho, passando a custar R$403,72. Em junho, seu valor foi de R$415,87%.
Os demais setores pesquisados pela UFLA mantiveram, em média, as seguintes altas nas suas cotações em julho: material de limpeza (0,43%); higiene pessoal (1,26%); vestuário (1,02%); serviços gerais – água, luz, telefone e gás de cozinha (1,28%), principalmente a alta da energia elétrica; educação e saúde (0,18%); transporte (0,51%). Os grupos que mantiveram, em média, com preços estáveis em julho foram: despesas de moradia e de lazer. A exceção ficou com a queda média nos preços dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que ficaram mais baratos para o consumidor, 1,87%.
Fonte: prof. Ricardo Reis (DAE/UFLA)