A Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi considerada a melhor universidade de Minas Gerais e a terceira melhor universidade do País pelo Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação (MEC).
Pelo 3º ano consecutivo, a UFLA lidera o ranking de todas as universidades de Minas e ocupa, na última avaliação, o terceiro lugar no ranking nacional, com o valor de IGC contínuo de 4,25, atrás apenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 4,28, e da Universidade Federal do ABC (FABC), com 4,26. Na sequência, encontram-se ranqueadas a Unicamp, com o IGC 4,22; a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 4,14; a Universidade Federal de Viçosa (UFV), com 4,08 e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com IGC 4,05.
O IGC avaliou 2.136 universidades, faculdades e centros universitários. Desse total, apenas 27 delas, o correspondente a 1,3% do total, tiveram a nota máxima no Índice Geral de Cursos. Ele reflete a média ponderada dos conceitos preliminares de curso e os conceitos dos programas de pós-graduação, divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Entre as 134 universidades públicas avaliadas, apenas dez estão na faixa IGC 5, que é o conceito máximo de qualidade atribuído. Das 10 universidades, a UFLA lidera o ranking das instituições mineiras.
O reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, comemorou o destaque no índice de qualidade do MEC, creditando o sucesso desse desempenho a um conjunto de fatores. Ele ressalta que a colocação entre as melhores instituições do País reflete o esforço de uma centenária instituição que soube, ao longo de sua história, aproveitar o talento, a competência e a dedicação de seus servidores, técnicos administrativos, docentes, discentes de graduação e de pós-graduação, comprometidos em galgar um novo patamar de excelência.
Para o reitor, dois pontos são extremamente relevantes nessa avaliação. O primeiro é que, predominantemente, foram avaliados os novos cursos ofertados pela UFLA, o que demonstra o comprometimento de toda a comunidade e evidencia que os esforços e investimentos da Direção Executiva são constantes. O outro ponto é que estar posicionada à frente da Unicamp, um ícone das universidades brasileiras e que, juntamente com a Universidade de São Paulo (USP), figuram em rankings internacionais, demonstra que a UFLA está no caminho certo.
“O segredo está no conjunto, na capacitação e na valorização das pessoas. O IGC nos faz acreditar que podemos ousar em novos projetos e que devemos conclamar a comunidade acadêmica para difundir o orgulho de ser UFLA”, complementa.
Para a vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende von Pinho, o índice revela, entre outras especificidades, a qualidade de ensino de graduação e pós-graduação que tem sido construída em estreita relação com a pesquisa e extensão. Cursos criados em 2007 e que integram o indicador pela primeira vez dão demonstração de que esse comprometimento também se faz em áreas ainda incipientes, seguindo a tradição da qualidade dos cursos já consolidados. “Nossos estudantes têm papel fundamental nesse resultado”, reforça.
Orgulho de ser UFLA
Avaliando a série histórica do IGC, desde seu lançamento em 2007, percebe-se que as únicas instituições que figuram entre as cinco primeiras do País, nos últimos quatro triênios avaliados, são: UFLA, UFRGS e UFMG, demostrando uma qualidade consolidada.
Na avaliação do assessor para Desenvolvimento Acadêmico, professor João Chrysóstomo de Resende Júnior, apesar do vultoso crescimento que vem ocorrendo na UFLA, especialmente a partir do ano de 2007, o bom planejamento institucional e o investimento em pessoal altamente qualificado têm assegurado não só a manutenção, mas também a melhoria da qualidade do ensino.
Indicadores de qualidade
Os indicadores de qualidade do ensino superior levam em conta o Índice Geral de Cursos (IGC) e o Conceito Preliminar de Curso (CPC), o qual avalia o rendimento dos alunos, infraestrutura e corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% da nota e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa 15% do total, já a dedicação integral e o percentual de doutores representam 7,5% (cada um) da nota.
A partir de 2011, o MEC alterou a composição das notas para a avaliação da qualidade dos cursos de ensino superior, reforçando a importância da estrutura física, do projeto pedagógico e número de professores mestres e com dedicação integral.
Em pronunciamento, o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, destacou que houve evolução na qualidade da educação superior brasileira nos últimos anos. Segundo Mercadante, em todos os casos, houve melhoria significativa nos cursos de ensino superior. “A curva toda se desloca em direção à melhoria na qualidade. Há uma série de medidas que estão surtindo efeito”, pontuou o ministro.
Veja a tabela com o ICG de 226 instituições de Ensino Superior