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No início de 2014, renda agrícola no Sul de Minas se recupera

IPP-IPRA recuperação dos Índices de Preços Recebidos (IPR) e de Preços Pagos (IPP) foi o fator que chamou a atenção na medição de fevereiro, segundo pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE). Os índices são referentes à venda dos produtos agrícolas e aos insumos gastos pelos produtores rurais do Sul de Minas Gerais, respectivamente. No mês passado, o IPR registrou elevação de 9,59%, enquanto o IPP permaneceu estável.

Com isso, a renda média do produtor já registra alta de 16,83% neste ano. Entre as commodities agrícolas, somente o grupo do leite apresentou resultado negativo, com queda de -6,47%; em contrapartida, o grupo do café teve elevação de 40,99% somente nos dois primeiros meses do ano. O grupo das verduras apresentou alta de 18,72% e as frutas, de 19,89%.

Para o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, as altas verificadas foram influenciadas principalmente pelo clima. As altas temperaturas e escassez de chuvas prejudicaram a produção, diminuindo a disponibilidade no mercado das commodities e ocasionando elevação dos preços.

Porém, o professor Renato Fontes salienta que essa majoração dos preços e, na verdade, “uma correção, pois os preços de uma grande gama dos produtos agrícolas estavam achatados há muito tempo, o que levava um menor interesse produtivo por parte dos produtores. Em muitos casos, tinham prejuízo”.

O grupo das hortaliças e frutas apresentou, novamente, grande volatilidade nos preços dos hortifrúti. O clima também explica esse fenômeno, pois compromete o desenvolvimento ideal dos produtos; bem como o desestímulo à produção, com a prática de preços baixos. Isso resultou em menor disponibilidade no mercado. Destaque para o aumento no preço dos seguintes produtos: tomate (25,04%), batata (20,02%), brócolis (14,29%), batata fiúza (13,04%), laranja (20%) e pera (6,18%).

O IPP apresentou ligeiro aumento de 0,08%. A influência, nesse caso, foi devida à alta dos insumos para rações de animais para produção de carne e derivado. Essas rações são baseadas em milho e soja.

 

Preços dos hortifrútis recuam e afetam negativamente renda do produtor rural sul-mineiro

índices agrícolasO Índice de Preços Recebidos (IPR) e o Índice de Preços Pagos, referentes à venda dos produtos agrícolas e aos insumos gastos pelos produtores rurais no Sul de Minas Gerais, respectivamente, apresentaram queda em julho. Os índices ficaram em -0,10% e -0,069%, de acordo com trabalho mensal de coleta e divulgação, realizado no Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE).

Em julho, a pesquisa detectou queda no preço no grupo das hortaliças e grãos: de -12,25% nas primeiras, puxado principalmente pelo tomate (-48,39%), couve (-17,86%) e cebola (-13,51%). Para o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, a queda no preço do tomate se deu devido ao aumento de sua oferta no mercado. E isso já era esperado, porque o período de colheita da safra de inverno foi iniciado e não houve problemas climáticos ou fitossanitários neste ano. Como o produto atingiu preços elevados nos meses anteriores, os produtores foram estimulados a investir em novas áreas de produção e melhorar os tratos culturais, aumentando a oferta.

O grupo das hortaliças não obteve uma queda maior porque alguns produtos foram contra essa tendência, como o pepino (que obteve aumento de 32,14%), o pimentão (31,69%) e os brócolis (26,67%). Dificuldades associadas à logística de escoamento da produção (principalmente pelas paralisações das rodovias) são fatores que contribuíram para o aumento pontual, na avaliação do professor Renato.

Já no grupo dos grãos, a baixa no preço ocorreu principalmente pela redução nos preços do arroz (-3,31%) e do milho (-4,69%). Em alta, os grupos do leite e do café evitaram uma queda ainda maior da renda do produtor no comparativo ao mês de junho. O leite, aumentando desde o inicio do ano, obteve elevação de 1,19%; já o café, depois de longo período de quedas no preço, esboçou uma melhora de 1,73% em relação a junho.

Segundo o professor Renato Fontes, o aumento do preço do leite parece contraditório com a teoria econômica à primeira vista, pois a produção avançou em julho e isso levaria ao aumento da oferta e consequente pressão para baixo no preço. Porém, o que vem acontecendo com o setor lácteo é um descompasso entre a oferta e demanda por produtos lácteos no mercado internacional, o que reflete na precificação dessa commodity. O IPP manteve-se estável, sem oscilações significativas – fato normal para essa época do ano, devido à espera do inicio dos plantios.

Acumulado de 2013

No acumulado de 2013 (janeiro a julho), a renda agrícola apresenta queda de -3,26%. Dois grupos que têm contribuído para a elevação da renda do produtor rural desde o início do ano são o das hortaliças e o do leite. As hortaliças têm um acumulado que chega a 18,34%, mesmo que seu grupo esteja em tendência de queda desde maio; o do leite atingiu aumento de 4,60%.

 

Custos aumentam e renda de agricultores tem queda no último mês

índices agrícolasA renda do produtor rural do Sul de Minas Gerais continua em queda, conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE), por meio do Índice de Preços Recebidos – IPR (relativos aos preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores) e Índice de Preços Pagos – IPP (relativo aos preços pagos aos insumos para produção).

De acordo com a pesquisa, mensal, o preço dos insumos agrícolas apresentou um aumento médio – IPP – de 0,09% no preço, agravando a situação econômica do produtor rural na região em junho. Alguns insumos básicos para a produção agrícola tiveram reajustes na ordem de 3,8% (calcário) e alta de 7,51% (inseticidas), porém, outros adubos tiveram um decréscimo no preço na ordem de -1,40%, aliviando o resultado negativo para os produtores.

Com a queda do IPR em -0,97% e o aumento do preço dos insumos calculado pelo IPP, os produtores rurais da região continuam com sua renda média em queda, no acumulado geral desde o início do ano de 2013 em -256%.

Em junho, o IPR foi especialmente influenciado pela queda no preço das hortaliças, em -11,00%. Entre os produtos que mais influíram na baixa, estão a beterraba (-28,00%), couve-flor (-24,37%) e tomate (-16,22%). Para o professor Renato Fontes, coordenador da pesquisa, as condições climáticas propícias e os preços atraentes praticados recentemente estimulou os agricultores a aumentarem a produção de hortaliças, o que elevou a oferta e pressionou os preços para baixo.

Em contrapartida, o leite acumula uma alta de 3,41% nos últimos três meses. Somente em junho, o aumento foi de 0,60%. A principal causa observada para essa continuidade são os problemas diretamente ligados a pastagens: pouca chuva reduz o potencial de crescimento das pastagens, principal fonte de energia do animal. Isso se reflete na diminuição da produção de leite, menor oferta e pressão para que os preços subam.

Consulte aqui os índices divulgados no mês anterior.

 

Renda agrícola volta a ficar negativa no ano de 2013

Os Índices de Preços Pagos (IPP) e de Preços Recebidos (IPR), referentes aos insumos gastos pelos produtores rurais e à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais, respectivamente, estabilidade e queda. Os índices são medidos mensalmente pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE), por meio de pesquisa coordenada pelo professor Renato Fontes.

O IPP permaneceu estável em relação a abril, enquanto o IPR caiu em -2,10%. Essa queda mensal foi ocasionada devido à retração de preços do grupo de hortifrúti e do preço do café no ano de 2013.

No acumulado deste ano, a renda agrícola apresenta-se em queda de -1,59%, marcado principalmente pelo desempenho negativo do grupo do café (-16,48%) e dos grãos (-4,14%). Outro grupo que começa a esboçar queda para a renda dos produtores, o das hortaliças, no comparativo com o mês de abril apresentou queda de -1,05%; entretanto, esse grupo ainda apresenta uma alta de 41,61% no acumulado geral de 2013, o que garante uma renda positiva para os seus produtores.

Para o professor Renato Fontes, a queda no preço do café, desde 2012, ocorre devido à alta produção, ocasionada pelo elevado preço que o produto obteve em anos anteriores. Isso levou os cafeicultores a melhorarem os tratos culturais na lavoura e estimulou o aumento da área plantada, o que acabou gerando excesso de oferta dessa commodity e consequente pressão dos preços para baixo.

O grupo do leite continua em alta, tanto em comparação com abril (acréscimo de 1,83% no seu preço) quanto ao acumulado de 2013 (mantém elevação total de 2,81%). Essa alta no preço do leite é decorrente da baixa oferta: a piora das pastagens na região Sudeste levou a uma produção menor e crescimento da concorrência dos laticínios pelo produto, elevando seu preço.

Consulte aqui os índices divulgados no mês passado.

 

Preço dos hortifrútis sobe e impulsiona renda agrícola

A renda do produtor rural apresentou ligeira alta, de 0,50%, nos primeiros meses do ano (janeiro a abril). O fato foi impulsionado pelo aumento nos preços das hortaliças (42,65%) e dos laticínios (0,98%) durante o período, calculado pelo Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE).

Mensalmente, a equipe coordenada pelo professor Renato Fontes coleta e divulga o Índice de Preços Recebidos (IPR), referente à venda dos produtos agrícolas, e o Índice de Preços Pagos (IPP), sobre os insumos gastos pelos produtores rurais, no sul de Minas Gerais. Em abril, os dois índices aumentaram em relação a março: o IPP, em 0,23% e o IPR, em 2,15%.

Café, leite e hortaliças foram os produtos que tiveram aumentos significativos no último mês. O grupo das hortaliças destacou-se, com alta de 11,85%, puxado principalmente pela elevação do preço da laranja (23,08%), cebola (31,43%), rabanete (35,21%) e couve-flor (22,73%). Para o professor Renato Fontes, essa elevação no preço dos hortifrúti reflete as alterações do clima, responsáveis pela queda na produção e consequente falta dos produtos. Além disso, tais hortaliças são consideradas substitutas em relação a outras verduras que tiveram os preços aumentados no passado (tomate, por exemplo), o que afeta a disponibilidade no mercado.

O único grupo com queda de preços no mês foi o dos grãos, com baixa de -4,03%. O milho foi um dos principais influenciadores, pois teve queda de -7,20%. A pesquisa considera que o incremento da colheita do cereal, que ocorre no período, ocasionou a diminuição. O mercado vem sendo abastecido cada vez mais pela nova produção, gerando uma oferta excessiva e pressão para que os preços caiam. Esse declínio acompanhou as cotações médias de todo o território nacional.

O IPP apresentou aumento de 0,23%, e todos os grupos que compõem o IPP apresentaram ligeira elevação de preços. O grupo do café e hortifrútis apresentaram alta de 0,07% cada um; o grupo dos grãos, 0,03%; e o grupo do leite, 0,51%.

 

Preço do arroz e hortaliças influencia renda média do produtor rural

Cibele Aguiar

O último relatório do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) sobre o Índice de Preços Recebidos (IPR) – com relação à venda dos produtos agrícolas e o Índice de Preços Pagos (IPP) – referente aos insumos gastos pelos produtores rurais, na produção de sua atividade no sul de Minas Gerais, teve como resultado do mês de setembro de 2012 uma alta de 3,04% do IPR, ao passo que o IPP apresentou estabilidade. Essa relação demonstra um acréscimo na renda do produtor rural no período.  

Segundo o professor Renato Fontes, coordenador da pesquisa, no acumulado dos nove meses de 2012, a renda da agropecuária apresentou uma elevação de 5,12%, apresentando tendência de aumentar ainda mais com a entrada da entressafra, período em que há menor oferta dos produtos agrícolas para abastecimento do mercado.

Analisando o período (janeiro a setembro de 2012), o IPR demonstrou resultados de decréscimo de renda somente para os produtores de grãos em -2,83%. Os pecuaristas de leite tiveram alta da renda em 9,56%, alta de 13,08% para o setor de horticultura e o grupo café registrou alta acumulada em 6,92%. No mês de setembro, destaca-se a elevação do preço do arroz, que apresentou alta de 26,92%.

O professor Renato Fontes salienta que esse movimento já era esperado, pois o cenário da economia agrícola relativa ao mercado de arroz trazia preços ruins no passado. Somado a isso, preços melhores de milho e soja atraíram os orizicultores para estas culturas em busca de melhores retornos econômicos, o que resultou na menor oferta do arroz no mercado, agravado ainda mais pelo aumento da exportação brasileira do grão.

Outro grupo de commodities agrícolas que apresentaram significativa alta neste período foi o das hortaliças, com 11,89%, puxado principalmente pelo alho, com um aumento de 50%. Esse aumento é explicado pelo fato de não ter havido a importação do alho chinês, como ocorreu em 2011, quando uma excessiva importação do produto afetou negativamente o preço no mercado interno brasileiro, levando à retração da produção nacional.