Teve início na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a terceira edição do Curso de Aperfeiçoamento “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão” para países africanos. A aula inaugural foi realizada na tarde desta segunda-feira (11/6), no Salão dos Conselhos da Reitoria, onde os 33 participantes – profissionais vindos do Malawi, Moçambique, Quênia, Tanzânia e Zimbádue – receberam as boas vindas e puderam saber mais sobre a Universidade.
A capacitação é uma iniciativa da UFLA e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA). Durante 90 dias, os participantes vão conhecer todas as etapas de produção do algodão, por meio de aulas teóricas e práticas, além de técnicas gerais na área de produção agrícola. O objetivo é impulsionar a geração de empregos e o aumento de renda, com consequente melhoria na qualidade de vida dos agricultores africanos.
O coordenador do curso, professor Antônio Carlos Fraga, reforçou que a oportunidade vai além da capacitação e da transferência de tecnologia. “Esperamos, ao longo desses três meses, construirmos uma sólida amizade, para que no futuro possamos somar outros projetos a este. Agradecemos pela coragem que tiveram de deixar seus países e caminharem conosco neste projeto.”
O reitor da UFLA, José Roberto Scolforo, relembrou a tradição da Instituição no desenvolvimento de tecnologias agrícolas desde sua fundação. “Na década de 70, foi na UFLA que nasceu o projeto que iria transformar o cerrado em uma terra produtiva, a partir de conhecimentos e técnicas para fertilizar o solo. O Brasil faz a melhor agricultura tropical do planeta, e nós queremos compartilhar isso com vocês, com toda a tecnologia de ponta gerada nesta Universidade.”
Scolforo ressaltou, ainda, o objetivo da UFLA de fortalecer ainda mais o mundo agrário. “Queremos gerar muitas tecnologias para a produção de commodities e também para sua pós-produção, agregando mais valor aos produtos no mercado”, explicou.
Representante da ABC/MRE, o coordenador de Cooperação Técnica com a África, Ásia e Oceania, Nelci Caixeta, reforçou o conhecimento gerado na capacitação. “Este curso é muito completo. Esperamos que todas as informações compartilhadas possam ser absorvidas por vocês para que possam colocá-las em prática. Que seja um momento para aprimorarem o conhecimento na área do algodão e para estabelecer novos contatos.”
Também participaram da aula inaugural o pró-reitor de Extensão da UFLA, professor João José Marques, o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Jr., o professor do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA), Pedro Castro Neto, e a analista de projetos da ABC/MRE, Ana Carla Melo, além de servidores da UFLA e estudantes integrantes do Núcleo de Estudos em Algodão.
O curso de “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão” já foi oferecido em outras duas edições. A primeira, em 2014, para 30 profissionais de países africanos falantes de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe), e a segunda, em 2017, para 35 profissionais de países africanos de língua francesa (Costa do Marfim, Senegal, Burundi, Camarões, Benim, Burquina Faso, Mali, Chade e Togo).
Estudantes da disciplina Sociologia e Formação Docente, da graduação em Pedagogia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), promoveram em maio um workshop no Centro de Convivência da UFLA. De acordo com a professora responsável pela disciplina, Ellen Laudares, o objetivo foi o de contextualizar os conceitos abordados em sala de aula sobre a importância da inserção dos diversos saberes ao currículo educacional, assim como a incorporação dos “Outros sujeitos e Outras pedagogias”.
O workshop teve como tema o movimento do grafite e foi conduzido pelo artista lavrense Jesus Aparecido Pereira, popularmente conhecido como Zuza, que interagiu e dialogou com o público presente. Os alunos tiveram a oportunidade de manusear as tintas utilizadas pelos grafiteiros e vivenciar, na prática, a experiência do grafite. A atividade foi finalizada com um grafite feito pelo artista.
Pessoas ou grupos que possuam ideias inovadoras – ou tenham desenvolvido novas tecnologias – podem se transformar em empreendedores em negócios de alto impacto, contribuindo para a transformação da sociedade. Com o programa Lemonade, que terá sua próxima edição em Lavras, os interessados passam por uma imersão de nove semanas, em um processo de aceleração de startups por meio de palestras e mentoria. Trezentas e sete startups de todo o Brasil já passaram por essa formação.
Para participar desta edição, que será realizada na InovaCafé (UFLA), é necessário fazer o cadastro pelo site do Lemonadeaté o dia 17/6. Os inscritos precisam apenas ter o interesse em querer contribuir com o ecossistema empreendedor. O lançamento na UFLA foi realizado no Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) no dia 11/5 (confira como foi). Houve lançamento também fora da Universidade, em 29/5, com o meetup que teve como tema “Tenho uma ideia”. A apresentação do programa nessa data foi feita pela agente de pré-aceleração Yule Maris. O foco do Lemonade Lavras, segundo Yule, é incentivar especialmente o desenvolvimento de startups que trabalhem soluções para o agronegócio, ligadas a energias renováveis, ferramentas sustentáveis que contribuam para a diminuição da emissão de poluentes e infraestrutura inovadora para transporte e escoamento, entre outras soluções; entretanto, participantes que queiram se dedicar a outras temáticas também são bem recebidos.
Estudantes da UFLA já se preparam para participar. Tamis Diniz Sampaio Dias, de 26 anos, é estudante de Administração e está entre eles: “Já tive a oportunidade de participar do Programa, mas infelizmente nossa ideia não foi adiante. Espero, agora, contribuir e fomentar novas ideias, principalmente na Universidade”. Nathália Rabelo dos Santos, de 25 anos, é estudante de Medicina Veterinária e já participou do Startup Weekend. Com a experiência adquirida, ela pretende desenvolver novas habilidades no Lemonade: “Me vejo como uma comunicadora; espero que o programa transforme a vida das pessoas como já transformou a minha”.
Também haverá edições do Lemonade Ultra nas cidades de Uberaba, Juiz de Fora e Viçosa. Em cada município serão selecionadas 20 startups, que tenham de três a cinco integrantes. Durante as nove semanas de imersão, elas terão a oportunidade de desenvolver uma ideia de negócio e serem selecionadas para participar do Demoday – que é a apresentação para investidores – que será feita na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia – Finit, em Belo Horizonte. Os vencedores poderão receber o investimento de 40 mil reais para ampliar o negócio.
A 11ª edição do Lemonade, que ocorre em Lavras, é uma realização do Sebrae, projeto NovoAgro 4.0, Governo de Minas Gerais, Sistema Mineiro de Inovação (Simi), Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Universidade Federla de Minas Gerais (UFMG), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), Techmall, Unitecne, Centev, Critt e Inova Café.
Assista à entrevista do TVU Notícias e saiba mais sobre o evento:
Entre as consequências do rompimento da Barragem de Fundão em Mariana (MG), em 2015, está a degradação de áreas de florestas nativas às margens do Rio Gualaxo do Norte e do Rio Doce. Dos 37 milhões de metros cúbicos de lama que desceram pelos rios, uma parte se acumulou nas margens do curso d’água, em um volume que pode chegar a dois metros de profundidade e se estende por cerca de 100 quilômetros de extensão. Um desafio que surgiu a partir desse cenário é o de encontrar formas eficientes de garantira restauração de tais áreas, já que agora as árvores terão que germinar e se desenvolver em um novo material – a lama – que não possui as mesmas características do solo.
Para ajudar a resolver esse problema, uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA) está avaliando se espécies nativas daquela região da Bacia do Rio Doce são capazes de germinar, crescer e sobreviver adequadamente sobre o material constituído pela lama. Os estudos começaram em janeiro de 2017 e até o momento os pesquisadores já colheram, na região, sementes de 37 espécies de árvores nativas e prepararam mudas a partir delas.
Nesta primeira etapa do projeto, as sementes e mudas estão sendo cultivadas em viveiro da UFLA, sob condições controladas, para observação da capacidade de germinação das sementes e posterior crescimento das mudas. Para isso, a equipe utiliza nos testes a lama colhida na região e também o solo característico do local. No viveiro, as sementes das espécies foram plantadas na lama, no solo e em uma mistura de solo com lama. Os pesquisadores vão comparar os resultados de germinação em cada um desses materiais. Farão o mesmo com as mudas, para avaliar o crescimento e a sobrevivência.
A coordenadora da pesquisa, professora Soraya Alvarenga Botelho, do Departamento de Ciências Florestais (DCF), explica que até momento os experimentos indicam, embora ainda muito iniciais, que algumas espécies conseguem germinar mais facilmente; outras têm dificuldades para romper a crosta que se forma na superfície da lama. “Ainda há muito trabalho pela frente, porque depois que já tivermos os resultados dos experimentos feitos no viveiro da UFLA, precisaremos repeti-los em campo, no local afetado pelo rompimento da barragem. É um estudo de anos, mas ao final poderemos indicar as melhores metodologias para se garantir a recuperação adequada das matas daquele local degradado. Poderemos ou constatar que as espécies não sobreviverão e que será necessária alguma forma de intervenção naquele material, ou identificar que há espécies capazes de prosperar e indicar a melhor forma de fazer esse manejo”, explica a pesquisadora.
O estudo, dentro da UFLA, passa ainda por várias outras etapas: foi necessário confirmar a qualidade das sementes por meio de testes de germinação; a lama recolhida na região de Bento Rodrigues foi analisada para se identificar sua composição; mensalmente uma pequena amostra das mudas em análise precisa ser desmanchada para medição, pesagem e verificação do sistema radicular para acompanhamento das condições de crescimento; e em uma etapa posterior será necessário analisar a composição das plantas para verificar que se há alterações químicas em decorrência do tipo de material que lhes servem como substrato.
A pesquisa é uma das cinco em andamento na UFLA aprovadas em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) – Chamada 04/2016 – que têm como objetivo colaborar no processo de recuperação, no Estado, das áreas afetadas pelo rompimento da barragem.
Fases da pesquisa
Solo x lama: entenda por que as diferenças trazem desafios para a recuperação da mata nativa
A olho nu é possível perceber a diferença entre o solo da região da Bacia do Rio Doce e a lama que se espalhou com o rompimento da barragem. A cor e a textura são bem diferentes. A professora Soraya explica que, no solo da região, está presente o minério de ferro, e quando ele é extraído, o que sobra do processo – o rejeito – é formado por componentes do solo, mas trata-se de um material que já não tem todas as características de um solo. Falta matéria orgânica e outros componentes. Esse material tem uma consistência diferente e seu comportamento diante da chuva ou da estiagem também é diferente. “No período seco, a superfície fica mais endurecida, como um tampão, e o interior permanece pastoso”, comenta.
Quando amostras do rejeito chegaram à UFLA, passaram por análises químicas. “Não identificamos metais pesados, como era o grande receio. Há um desequilíbrio de componentes em relação ao que se encontra normalmente no solo; o PH é mais alto e o teor de ferro também é mais elevado. Por ser um material diferente, que não podemos chamar de solo, são importantes os estudos que mostrem o melhor caminho para a recuperação da mata da nativa dos locais onde ele se acumulou”, explica.
De acordo com Soraya, a barragem do Fundão possuía 54 milhões de metros cúbicos desse rejeito, e o rompimento ocasionou deslizamento de 37 milhões, parte dos quais chegou ao mar, outra parte ficou retida em barragem existente no percurso (da usina hidrelétrica Risoleta Neves – Candonga) e uma parte acabou se acumulando às margens do rio. É sobre esse último caso que a pesquisa atua. Como ação emergencial, a fundação responsável pela recuperação já fez o plantio de espécies herbáceas, para evitar que o rejeito volte a se deslocar em período de chuvas, mas o desafio será o crescimento das árvores nativas que têm exigências e ciclo de vida diferente.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
De 28/5 a 30/5 ocorreu na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a I Conferência sobre Estudos Africanos e Latinos. Considerando a alta presença de estudantes estrangeiros na UFLA vindos principalmente de países da África e da América Latina, o evento buscou fortalecer o intercâmbio e o debate de saberes e estudos próprios das diferentes culturas que atualmente interagem no ambiente acadêmico da Universidade.
Marcaram presença cerca de noventa participantes, entre estudantes de graduação e pós-graduação da UFLA e membros de outras instituições de ensino superior do País. Na cerimônia de abertura, o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior, enfatizou que a promoção das discussões sobre os estudos africanos e latinos vai ao encontro da própria identidade brasileira, constituída também a partir desses povos.
A professora do Departamento de Estudos da Linguagem (DEL) Tânia Romero, responsável pela organização da Conferência, explica que a programação buscou promover um olhar sobre a própria identidade brasileira, já que ela está em relação direta com os estudos latinos e africanos. “É uma iniciativa que mostra aos estrangeiros dessas regiões do mundo o quanto eles são importantes para nós; e o quanto, na verdade, são parte de nós. Com os temas discutidos, saímos do etnocentrismo europeu que costuma predominar na academia e fazemos ecoar as vozes do Sul, valorizando-as. Essa valorização é hoje uma tendência.”
De acordo com Tânia, o evento foi bem avaliado pelos participantes. “Muitos já perguntam quando será a próxima edição. Como é a primeira vez em que o tema foi tratado, existe ainda uma grande demanda: os assuntos não se esgotarão facilmente. Há muito ainda o que se discutir nessa perspectiva”.
O evento teve a organização conjunta da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e dos Departamentos de Estudos da Linguagem (DEL) e de Educação (DED).
Na programação
A I Conferência sobre Estudos Africanos e Latinos teve em sua programação apresentações culturais, mesas redondas abordando estudos africanos e estudos latinos, além de sessões de apresentação de trabalhos científicos. Acesse o site do evento e saiba mais.
Veja mais algumas imagens registradas pelos organizadores:
O programa Giro do Boi, Canal Rural, entrevistou nesta segunda-feira (4/6) o professor do Departamento de Zootecnia (DZO) Márcio Machado Ladeira. Ele falou de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Lavras (UFLA) sobre o uso de dietas com grão de milho inteiro em confinamentos de bovinos de corte. Em um dos estudos, ficou demonstrado que o bagaço de cana pode melhorar o desempenho daqueles animais que recebem a dieta de grão inteiro nos confinamentos.
De acordo com o professor Márcio, a alternativa é indicada para os casos em que os produtores conseguem o milho a um preço acessível. A dieta de grão inteiro elimina a necessidade de processamento e mantém uma boa eficiência alimentar dos animais. Nesse caso, acrescentar o bagaço de cana como fonte de fibra permite aumentar também o ganho de peso. O bagaço de cana pode substituir 6% da quantidade de grão inteiro utilizada nas dietas. A pesquisa desenvolvida na UFLA envolve também acompanhamento de outros parâmetros, como avaliação da digestibilidade do amido e atividade da amilase pancreática pelos animais de diferentes raças (zebuínas, taurinas e cruzamentos), bem como nutrigenômica, qualidade da carne, entre outros.
De 24/5 a 26/5 foi realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a quarta edição do Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas (IV SBDN). No total, mais de 350 pessoas participaram das atividades, que envolveram oficinas, minicursos, mesas-redondas, palestras e conferências. Além do público acadêmico, profissionais que atuam em redes de saúde de Lavras e região tiveram a oportunidade, por meio da programação, de ampliar seus conhecimentos sobre doenças como leishmanioses, hanseníase, arboviroses (que incluem, por exemplo, dengue, zika, febre chikungunya e febre amarela), doença de chagas, helmintoses (ascaridíase, teníase e esquistossomose são exemplos), sífilis e HIV.
O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Renato Vieira Alves, esteve na cerimônia de abertura e realçou a importância do intercâmbio entre academia e sociedade para controle e prevenção dessas doenças. “Designamos doenças negligenciadas, mas é o público afetado por tais doenças que, na verdade, é negligenciado; isso porque são as populações socialmente mais vulneráveis que estão mais expostas aos riscos. Por isso, não basta investir em cura e tratamento. É necessária uma atuação mais sistêmica e completa. Nesse ponto, a parceria com as universidades é uma saída fundamental”. Esta edição do SBDN teve justamente um tema focado nessa perspectiva: Reconstruindo a ponte entre a academia e a sociedade.
Para a vice-reitoria da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho, a extensão e a importância que o Simpósio alcançou são indicativos do avanço da UFLA em uma nova área do conhecimento e da qualidade com a qual esse avanço vem se dando. O chefe do Departamento de Saúde (DSA/UFLA), Thales Augusto Barçante, lembra também a importante missão do evento, ao colaborar com a formação dos estudantes e colocá-los em interação com os profissionais que estão nas redes de saúde.
De acordo com a presidente da comissão executiva Simpósio, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, 51 palestrantes e moderadores, de diferentes regiões do País, juntaram-se à UFLA e aos participantes na tarefa de debater um tema relevante para a saúde pública. “Apesar de todos os problemas relacionados ao transporte, em meio à paralisação nacional, o evento superou positivamente todas as nossas expectativas: membros da equipe organizadora, participantes e palestrantes ultrapassaram os obstáculos e a programação científica foi cumprida integralmente, com pequenas adaptações nos horários. Ao final, o saldo foi extremamente positivo. Os palestrantes convidados elogiaram muito quesitos como receptividade, acolhimento, programação científica, organização e espaço físico da Universidade. Foram especialmente importantes para nós os comentários dos participantes acerca das ações de extensão que temos desenvolvido na área, pelas quais criamos um intercâmbio de conhecimentos muito grande com os profissionais dos programas de saúde da família, da unidade de pronto atendimento da cidade e dos hospitais. O projeto Minuto da Saúde e a comunicação com a sociedade demonstraram que, na UFLA, estamos conseguindo realmente fazer essa ponte tão necessária entre Universidade e sociedade”, resume Joziana.
Por eleição, ficou definido que o prêmio ofertado aos melhores trabalhos do Simpósio será denominado “Prêmio Carlos Chagas”. Nesta edição, três trabalhos de apresentação oral e três da modalidade de apresentação em pôster foram agraciados. O evento registrou 140 trabalhos inscritos.
Um pouco da programação
Entre as 27 atividades do IV SBDN estava a mesa que tratou do tema “Populações negligenciadas – abordagens inovadoras”, tendo como palestrantes professores da UFLA. Conheça pouco do conteúdo discutido nesse momento do evento:
População rural
A professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Miriam Graciano explicou que as doenças negligenciadas acabam replicando, em populações atingidas, ciclos de pobreza e desenvolvimento infantil deficitário. “A maioria das doenças negligenciadas são transmissíveis por parasitas ou infecções, colocando em risco a saúde, sobretudo, da população rural que não tem acesso à água tratada, esgoto sanitário e coleta de resíduos”, salientou.
Para ilustrar a gravidade do problema, a médica informou que exames feitos em mais de 1.200 moradores da zona rural de Alfenas, no sul de Minas Gerais, apontaram que 60% deles sofriam de intoxicação crônica e insuficiência hepática . “Os estudos evidenciaram alto índice de mutagenicidade de células cancerosas, o que nos faz pensar que o principal motivo é o uso incorreto de agrotóxicos”, disse.
Indígenas
A professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Débora Cristina de Carvalho trouxe a tona o impacto da barreira cultural entre a medicina tradicional e a crença dos indígenas. “O maior problema é a reprodução de protocolos médicos universais dos quais os agentes de saúde têm extrema dificuldade de traduzir para o indígena”, frisou.
A socióloga colocou em pauta a necessidade de restabelecer a ponte entre a academia e a sociedade. “Para a população indígena ter acesso à saúde, professores e estudantes da área precisam ampliar a responsabilidade social e adotar o lugar do senso comum, dos saberes tradicionais”, argumentou.
Patentes
Segundo o professor do Departamento de Direito e coordenador-geral do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), Fellipe Guerra, a indústria farmacêutica despreza a busca por remédios para tratar as doenças negligenciadas devido ao alto custo das pesquisas e desenvolvimento dos fármacos para atender as áreas pobres do planeta. “A patente é o estímulo fundamental para o interesse da empresa. Mas, infelizmente, a legislação brasileira acatou os interesses da política de patentes dos Estados Unidos. Para nós, é extremamente difícil inovar e, quando conseguimos, a logística de produção e distribuição. Como resultado, exportamos conhecimentos em forma de artigo científico e importamos medicamentos”, explicou.
Para Renato Vieira Alves, do Ministério da Saúde, é fundamental ampliar o acesso das populações de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aos remédios eficientes que já estão no mercado para tratamento das doenças negligenciadas.
Assista à matéria da TVU sobre a abertura do IV SBDN
Clique e assista também a íntegra da cerimônia de abertura e da palestra de encerramento (O trabalho dos Médicos sem Fronteiras em vigilância epidemiológica de Doenças Negligenciadas)
Doenças Negligenciadas
As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) afetam, todos os anos, milhões de pessoas no mundo, principalmente de baixa renda. Causadas por vírus, bactérias, vetores e protozoários, esses males, muitas vezes, são consequências da falta de moradia e de saneamento básico.
No canal da UFLA no YouTube é possível saber um pouco mais sobre algumas das doenças negligenciadas, sobre doenças que agravam as doenças negligenciadas e vacinas (clique na miniatura e acesse os vídeos do Núcleo de Divulgação Científica):
Textos: Ana Eliza Alvim, Pollyanna Dias
Fotos: Laís Diniz, Melissa Vilas Boas e Pollyanna Dias
Matéria TVU: Laís Diniz e Melissa Vilas Boas
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Mais uma importante ação integrou a programação da Semana Fairtrade (Comércio Justo) na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Nessa quinta-feira (24/5), no auditório da Agência de Inovação de Café (InovaCafé), organizações pertencentes à Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair) e seus representantes junto às cooperativas e associações de café e suco de laranja com certificação Fairtrade puderam estreitar laços com a comunidade acadêmica da Universidade, expondo suas principais necessidades.
Na ocasião, onze cooperativas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná estiveram representadas. A reunião foi proposta dentro do projeto “Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo”, por intermédio da Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair) e da Coordenadora Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (CLAC), com o apoio da InovaCafé.
A iniciativa teve como principal objetivo promover a aproximação da teoria e da prática, em uma via de mão dupla: de um lado, os produtores com sua experiência e as associações/cooperativas certificadas como objeto de estudo; de outro, a Universidade, como propagadora dos conceitos de comércio justo e produtora de conhecimentos na área.
Presente à abertura, o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, João José Granate de Sá e Melo Marques, mostrou-se satisfeito com a realização do evento. “Fazemos questão de promover momentos de interação como este, mostrando a relevância da universidade pública para a sociedade que a financia. Somos abertos às mais diversas parcerias e, caso possuam problemas em que possamos colaborar para a sua resolução, oferecemos um corpo de especialistas bastante forte nas mais diversas áreas”, afirmou.
O diretor da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, corroborou as palavras do pró-reitor, ressaltando o importante e histórico papel da UFLA junto aos produtores rurais. “Nós trabalhamos no background, gerando grande parte da extensão que chega até o produtor. Mas pretendemos melhorar ainda mais essa capilaridade, contribuindo através de parcerias que se abrem, ainda mais, a partir de hoje”.
O presidente da BRFair e da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Renato Teodoro, apresentou dados que atestaram a relevância econômica e social do Fairtrade no país. “Contabilizamos 44 organizações de pequenos produtores, somadas a cinco plantações de fruta, e 27 mil famílias envolvidas no processo.
Em 2017, somente na área da cafeicultura, foram vendidas 330.970 sacas pelo Faitrade”. Teodoro ainda informou que os produtores Fairtrade arrecadaram um prêmio de mais de US$ 8 milhões no último ano e que o total de vendas de produtos com certificação (café, suco de laranja, fruta em natura e processada, mel, castanha do pará e soja) foi de US$ 67 milhões.
O professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) e coordenador de Inovação e Parque Tecnológico da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec), Paulo Henrique Leme, resumiu o resultado da reunião. “A partir de agora, a BRFair vai consolidar as demandas do que foi debatido, elaborando um documento em que constarão os eixos de trabalho que são de comum interesse entre Universidade e produtores. Com esse alinhamento, estudaremos como proceder, avaliando se as demandas poderão se tornar projetos de pesquisa, extensão ou parcerias”, explicou. Segundo ele, o documento será público e há a intenção de que seja estruturada uma rede de pesquisas baseadas nas demandas e nos projetos que surgirão.
Semana de Cafés Certificados
Até esta sexta-feira (25/5), na Cafeteria Escola CafEsal, estão sendo servidos cafés em diferentes métodos de preparo das seguintes cooperativas certificadas: Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Cooperativa Regional Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas do Povo que Luta (Coorpol), Cooperativa Mista Agropecuária de Paraguaçu (Coomap), Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam) e Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança (Dos Costas).
A Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar (Coperfam) também está presente por meio de suco de laranja certificado, que está sendo harmonizado com café.
Sobre o Fairtrade
O Fairtrade contribui para o desenvolvimento sustentável ao proporcionar melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores. Trata-se de uma parceria comercial, baseada no diálogo, na transparência e no respeito, visando maior equidade no comércio internacional. Além disso, busca-se contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul.
Foi dada a largada para a Semana Fairtrade, que acontece de 21 a 25 de maio, na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Desde a manhã desta segunda-feira (21/05), na Cafeteria CafEsal, estão sendo oferecidos cafés de produtores com certificação Fairtrade em diferentes métodos de preparo. Além disso, foi concebida, especialmente para a semana, uma bebida à base de café harmonizada com suco de laranja, também com certificação.
Além das ações na Cafeteria Escola, estão previstas, ao longo de toda a semana, reuniões internas e encontro de produtores com a comunidade acadêmica, dentro do projeto “Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo”. As atividades são coordenadas pela Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFAIR) e pela Coordenadora Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (CLAC), em parceria a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) e a Cafeteria CafEsal.
O Fairtrade contribui para o desenvolvimento sustentável ao proporcionar melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado. Trata-se de uma parceria comercial, baseada no diálogo, na transparência e no respeito, visando maior equidade no comércio internacional. Além disso, busca-se contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul.
Abertura oficial e reuniões interna marcam o segundo dia da Semana Fairtrade na UFLA
Foi realizada, na manhã desta terça-feira (22/5), a abertura oficial do evento. O Centro de Cultura foi o local escolhido para sediar as atividades. A abertura contou com a presença do diretor InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, e do professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) e coordenador de Inovação e Parque Tecnológico da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec), Paulo Henrique Leme, além de representantes das instituições organizadoras e membros de associações e cooperativas com certificado Fairtrade.
A coordenadora regional Cone Sul da CLAC/BRFair, Catalina Jaramillo, deu início aos trabalhos, seguida do presidente da BRFair e da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Renato Teodoro, que ressaltou que a parceria com a UFLA acontece de forma prática, apresentando as necessidades que possuem à Universidade. O professor Luiz Gonzaga de Castro Junior informou, na ocasião, que o papel da UFLA é promover a oportunidade de diálogo e aproximação entre os envolvidos. “Temos muito com o que contribuir para a disseminação das políticas de comércio justo e também podemos auxiliar, por meio de professores e pesquisadores, com orientações e contribuições estratégicas”, pontuou. “Ressalto que a questão de estarem em organizações faz toda a diferença. Já é sabido, por meio de pesquisas, que as regiões cujos produtores têm maior aproximação com associações e cooperativas vêm se desenvolvimento muito além daquelas que contam somente com ações desarticuladas”.
O professor Paulo Henrique Leme, por sua vez, manifestou o desejo de que a semana promova muitas parcerias, o que vem ao encontro de um dos principais objetivos do projeto “Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo”, que é realizar a aproximação entre produtores e comunidade acadêmica. “Estamos oferecendo a oportunidade para que apresentem suas demandas, sejam em termos de produção, qualidade, gestão, marketing, entre outras. E aproveito para destacar dois desafios que, na minha opinião, devem ser alcançados: a valorização da certificação que vocês possuem e o fortalecimento do comércio justo no mercado interno”, disse.
Presente ao evento, o membro do Conselho Diretor da CLAC e presidente da Cooperativa de Cafés Especiais de Boa Esperança, André Reis, explicou sobre a importância da certificação Fairtrade para os produtores. “Além da garantia do preço mínimo, que cobre os custos de produção, há a reversão para o desenvolvimento das organizações, conforme necessidades. Assim, podem ser desenvolvidos projetos específicos, como no caso da nossa cooperativa, onde focamos o ‘prêmio’ em programas de extensão rural e em projetos ambientais e sociais”. Segundo acredita, o pequeno produtor, isoladamente, não consegue se proteger de um commodity, nem pode arcar com os custos de uma consultoria agronômica particular. “Assim, ele fica à mercê do mercado. Ao fazer parte de uma associação ou de uma cooperativa, o produtor passa a ter acesso a vários benefícios e, consequentemente, fica mais protegido, uma vez que haverá o fortalecimento conjunto”, ressaltou.
O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou levantamento sobre a governança e a gestão pública dos órgãos e entidades sujeitos à sua fiscalização. Entre as 488 organizações públicas que atenderam aos critérios e responderam ao levantamento, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) alcançou resultados de destaque. No índice integrado de governança e gestão pública, por exemplo, sua nota a classifica em 1º colocação, quando comparada aos resultados do grupo de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), e em 15º lugar entre todas as instituições avaliadas no País. Nesse índice, a UFLA encontra-se no estágio máximo (aprimorado) de desenvolvimento das práticas, situação registrada para apenas 3% das organizações pesquisadas.
Em resumo, os índices alcançados demonstram que a Universidade vem sendo eficiente na governança, ao promover o controle das ações da gestão, por meio da valorização da transparência, da integridade dos agentes públicos e da prestação de contas. Com especial destaque, os resultados quanto à gestão atestam o bom desempenho em planejamento, execução e controle das ações. As áreas avaliadas quanto à governança e à gestão foram as de pessoas, tecnologia da informação (TI), contratações e resultados em governança pública. Nos perfis de governança e gestão de pessoas e de TI, a UFLA está na faixa mais alta de estágio de capacidade, classificação alcançada por apenas 6% e 5% das organizações, respectivamente, em cada perfil.
O objetivo do TCU com o levantamento foi obter informações sobre a situação em que se encontra o setor público quanto aos processos de governança e de gestão, além de estimular as organizações a adotar boas práticas. Identificando os pontos de maior fragilidade, é possível que as instituições trabalhem para promover melhorias. Se anteriormente os levantamentos do TCU quanto a esses temas eram feitos por meio de múltiplos relatórios, em 2017 a decisão foi de agrupar os temas e produzir um relatório único, permitindo uma análise mais ampla por parte do Tribunal e de outras partes interessadas.
O instrumento utilizado para apuração dos dados foi um questionário de autoavaliação elaborado pela equipe de auditores do TCU, com base em referências nacionais e internacionais de boas práticas em governança e gestão, e em normas vigentes e recomendações do Tribunal. Foram construídas 93 questões de única escolha. As respostas receberam pontuação de acordo com o estágio de consolidação da prática avaliada, que poderia ser considerada em estágio inicial (inexpressivo e iniciando), intermediário ou aprimorado. No caso da UFLA, dos cinco temas avaliados no questionário, três foram classificados como em estágio aprimorado e dois em estágio intermediário.
Diante dos resultados, o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, avalia que os índices obtidos nesse levantamento realizado pelo TCU refletem a atuação da Direção Executiva e dos gestores das unidades acadêmicas. “Os mecanismos de governança da UFLA têm contribuído para o desenvolvimento da gestão institucional que, orientada por um Plano de Desenvolvimento Institucional, cumpre as políticas, estratégias, processos e procedimentos necessários para a prestação de serviços de interesse da sociedade com eficiência e efetividade.”, diz Scolforo, lembrando que outras práticas estão sendo implementadas, visando ao aprimoramento constante da governança e gestão da UFLA. É o caso da gestão de riscos, o mapeamento dos processos e o mapeamento do trabalho docente.
No relatório do levantamento geral realizado pelo TCU, os resultados sugerem deficiências na maior parte da Administração Pública Federal, com desempenho insatisfatório nos cinco temas pesquisados. Essas fragilidades deixam as organizações mais expostas a riscos e menos propensas ao alcance de resultados. O Tribunal forneceu a cada organização um relatório específico com seus resultados, pelo qual elas podem comparar seu desempenho ao conjunto das organizações pesquisadas, ao conjunto de organizações do segmento de atuação e ao conjunto de organizações da mesma área de atuação. Ações também foram sugeridas pelo Órgão, para mobilizar melhorias nos pontos vulneráveis.
De acordo com o TCU, para melhor atender aos interesses da sociedade é importante garantir o comportamento íntegro, responsável, comprometido e transparente da liderança; implementar efetivamente um código de conduta e de valores éticos; garantir a aderência das organizações à legislação; garantir a transparência e a efetividade das comunicações e envolver efetivamente os cidadãos, entre outros. Na UFLA vários órgãos contribuem para as práticas de governança, entre eles: os conselhos superiores, a Reitoria, Pró-Reitorias e as unidades acadêmicas; o Comitê Gestor de Integridade; a Auditoria Interna; o Serviço de Informações ao Cidadão (SIC); a Ouvidoria; a Comissão de Ética; a comissão permanente de processo administrativo disciplinar; a Comissão Própria de Avaliação; a Assessoria para Indicadores Institucionais que coordena a prestação de contas anual e o sistema de monitoramento de indicadores e de metas do PDI acessível a toda a sociedade.
Os perfis pesquisados e o desempenho da UFLA frente a outras organizações
Índices do MEC confirmam desempenho institucional de excelência:
UFLA é uma das três universidades federais que mantêm, há 5 anos, conceitos máximos simultâneos em duas importantes avaliações (Duplo 5)
O estágio aprimorado em que a UFLA se encontra nas práticas de governança e gestão, identificado por meio do relatório do TCU, materializa-se nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação (MEC). A UFLA há cinco anos mantém, simultaneamente, avaliação máxima no Índice Geral de Cursos (IGC) e no Conceito Institucional (CI). Além da UFLA, apenas mais duas universidades federais no Brasil alcançaram esse resultado concomitante no período, em índices que atestam a eficiência da instituição e o desempenho de seus cursos.
O CI e o IGC são avaliações conduzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O IGC é divulgado anualmente pelo Inep e se constitui por meio da média ponderada dos cursos de graduação e pós-graduação das instituições, que têm avaliações em ciclos definidos. Já o Conceito Institucional é uma das avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Leva em conta visita feita por especialistas do MEC à Universidade, pela qual verificam itens como o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), instalações físicas, responsabilidade social, organização e gestão, comunicação com a sociedade, condições institucionais para o corpo técnico administrativo, as políticas de pessoal e as políticas para o ensino de graduação e pós-graduação, assim como políticas de pesquisa e extensão, políticas de atendimento aos estudantes e sustentabilidade financeira. O CI varia de 1 a 5, sendo que, quando obtêm nota 3, as universidades já atendem de maneira satisfatória as exigências do MEC. O conceito 4, por sua vez, classifica a universidade como muito boa. A nota máxima – 5 – expressa condição de excelência.
Na UFLA, as avaliações positivas do MEC são consequências de um conjunto de iniciativas. São alguns exemplos: a expansão do quadro de servidores (professores e técnicos administrativos), com o registro de mais de 650 novas posses nos últimos cinco anos; o investimento em novas estruturas físicas e melhorias nas já existentes; a oferta de mais de 1.400 bolsas mensais pelo Programa Institucional de Bolsas (PIB/UFLA), além de programas de assistência que incluem alimentação, moradia, atendimentos de saúde e outros recursos que colaboram para a permanência na Universidade de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.