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Pesquisa avalia custos na cafeicultura conforme tipo de produção

É sabido que, em qualquer atividade agrícola, os tipos de produção influenciam nos custos. O engenheiro agrônomo Paulo Henrique Oliveira Sá Fortes, com o intuito de avaliar tais custos na cafeicultura e suas variações em diferentes regiões, desenvolveu o estudo “Custos de produção de café com relação ao tipo de produção: manual, semimecanizado e mecanizado”.

A pesquisa foi objeto de monografia apresentada em janeiro deste ano à Universidade Federal de Lavras (UFLA) sob orientação do professor Luiz Gonzaga de Castro Junior. Sá Fortes baseou-se, para tanto, em dados referentes ao ano de 2017 obtidos junto ao Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), do qual foi bolsista.  

A análise utilizou levantamentos dos custos de produção de Coffea arabica em 10 municípios, divididos por tipos de produção: Manual, em Brejetuba (ES), Caconde (SP) e Santa Rita do Sapucaí (MG); Semimecanizada, em Apucarana (PR), Guaxupé (MG) e Manhumirim (MG); e Mecanizada, em Capelinha (MG), Franca (SP), Luiz Eduardo Magalhães (BA) e Monte Carmelo (MG).  As metodologias envolveram a realização de reuniões para a definição de uma propriedade modal, identificando o que mais ocorre em cada região, e seus coeficientes técnicos, como pacotes tecnológicos (maquinários, produtos, insumos e benfeitorias) e os vetores de preço (receitas e despesas).  

Os resultados do estudo mostraram a importância da mecanização que, se viável, pode aumentar a qualidade do produto e dos tratos culturais. A gestão financeira do negócio café também mereceu destaque como ferramenta de acompanhamento constante da aplicação dos recursos financeiros e de mão de obra, bem como da análise e da adoção de estratégias para a tomada de decisões.  Segundo o autor da pesquisa, também foi possível obter outras conclusões: “O que encarece os custos nas produções semimecanizada e manual são as etapas de colheita e pós-colheita, devido à contratação de mão de obra externa, que é muito dispendiosa.

Na mecanizada, há a inversão pela própria utilização de colhedoras que apresentam alto rendimento e eficiência, além da diminuição das passadas na lavoura”, atestou.  Contatou-se, ainda, que todas as regiões analisadas na pesquisa conseguiram cobrir o Custo Operacional Efetivo da produção, mas nem todas conseguiram cobrir o Custo Operacional Total. “Assim, é necessário buscar continuamente o aumento de eficiência, a produtividade e a qualidade, bem como considerar a mecanização e o monitoramento de custos como ferramentas alternativas para se manter competitivo e eficiente na atividade”.

Ascom Inovacafé

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Evento internacional de Física voltado para jovens será realizado na UFLA

Proporcionar uma oportunidade para que estudantes de 15 a 19 anos de idade conheçam a física de partículas, este é um dos objetivos do III International Masterclasses – Hands on Particle Physics, que será promovido pelo Departamento de Física da Universidade Federal de Lavras na próxima sexta-feira (23).

O Masterclasses é um programa de divulgação científica voltado à Física de Altas Energias e organizado anualmente pelo International Particle Physics Outreach Group em parceria com o European Organization for Nuclear Research (CERN). O evento ocorre durante o mês de março em 52 países, proporcionando a integração de estudantes e professores do Ensino Médio com pesquisadores da área de Física de Partículas Elementares, campo que estuda a matéria e suas interações no nível dos quarks e dos léptons. Além de apresentar aos jovens e professores do Ensino Médio um campo de pesquisa da física contemporânea, o programa também pretende estimular vocações científicas. Através da parceria com o CERN, os participantes acessam um conjunto de dados reais coletados nos experimentos implementados no Large Hadron Collider (LHC).

A abertura será às 8h no Laboratório do DGTI, ao lado do Departamento de Ciências Exatas (DEX). As demais atividades serão no anfiteatro do Departamento de Ciências Humanas (DCH).

Confira a programação:

8h – 10h30 – Análise de dados experimentais: Aceleradores e detectores de partículas – Dra Márcia Begali (IF/UERJ)
10h30 – 11h45 – Almoço
12h – 13h – Videoconferência com o CERN
14h – 15h – Mecânica Quântica, Relatividade Geral e o desafio da Gravitação Quântica – Dr Rodrigo Bufalo (DFI/UFLA)
15h – 16h – Engenharia Física na UFLA – Dr Sérgio Martins (DFI/UFLA)
16h – 17h – Física de partículas e o LHC – Dra Márcia Begali (IF/UERJ)
17h – Coffe break e encerramento

Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom

UFLA na mídia: Pesquisa de fibras de eucalipto como substituição ao amianto é destaque no jornal da EPTV

A pesquisa de pós-graduação em Engenharia de Biomateriais que analisa a viabilidade do uso de fibras de eucalipto, na produção de fibrocimentos pelo processo de extrusão, foi destaque do jornal da EPTV dessa segunda-feira (19).

O doutorando Danillo Wisky Silva, orientado pelo professor Lourival Marin Mendes (DCF), produz neste experimento moldes  de telhas que poderão ser utilizadas como uma alternativa ao uso de amianto. Neste projeto, as fibras de eucalipto foram produzidas por processo termomecânico, sem uso de reagentes químicos, sendo assim uma alternativa mais ecológica.

A matéria foi divulgada pelo Núcleo de Divulgação Científica , um projeto da Diretoria de Comunicação da UFLA em parceria com a Fapemig, que busca levar ao conhecimento da comunidade informações sobre as pesquisas das mais variadas áreas realizadas na universidade. 

Confira a exibida pela EPTV aqui.

Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom

 

 

 

UFLA lança programa que incentiva pesquisas em áreas estratégicas – primeiro edital já foi publicado

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) lançou na terça-feira (13/3) iniciativa inédita na instituição. Foi publicado o edital que inaugura o Programa de Apoio à Formação de Redes de Pesquisa em Áreas Estratégicas, pelo qual seus docentes podem apresentar propostas e obter apoio financeiro para projeto especial de pesquisa. Esta primeira chamada irá contemplar propostas que atendam à temática “Consumo de café em instituições públicas: sustentabilidade e qualidade no método de preparo de café em larga escala”.  

A inscrição de propostas pode ser feita até 18h de 11/5. Será selecionado o melhor projeto, que receberá o investimento de 30 mil reais, para execução em 12 meses.

Com o Programa, a Direção Executiva da UFLA, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP), busca contribuir para o desenvolvimento de estudos científicos considerados estratégicos, que apresentem soluções e novas tecnologias para problemas atuais, sob esforços coordenados de forma multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas do conhecimento. São também objetivos do programa a inserção de novos pesquisadores em grupos de pesquisa já consolidados; a formação de novos grupos de pesquisa e o estímulo ao surgimento de redes colaborativas entre professores da UFLA.

A linha temática definida para esta edição do Programa busca estimular o desenvolvimento de um método ou tecnologia de preparo de café capaz de solucionar o desafio hoje vivido por instituições públicas que têm consumo da bebida em larga escala. As tecnologias atualmente disponíveis exigem investimentos financeiros altos ou mesmo não atendem ao quesito sustentabilidade – como é o caso do café em cápsulas, que tem utilização questionada em função de as cápsulas não serem biodegradáveis e serem de difícil reciclagem. É, então, necessário conciliar preservação da qualidade do café durante o preparo, sustentabilidade e baixo custo. Assim, ao final do prazo de execução do projeto, espera-se chegar a uma solução, inclusive com possibilidade de patente.

O pró-reitor de Pesquisa, professor Teodorico de Castro Ramalho, explica que a escolha do tema para este primeiro edital baseou-se na extensa trajetória de tradição da UFLA na pesquisa com café, o que garante à instituição e seus pesquisadores competência especializada para avançar com a geração de tecnologias. “Temos diferentes segmentos e pesquisadores envolvidos com a temática – Pólo de Excelência do Café, INCT Café, Agência de Inovação do Café, Centro de Processamento de Produtos Agrícolas (laboratório multiusuário). E a intenção, pelo Programa, é que um novo edital seja publicado anualmente, lançando novas temáticas estratégicas. Há apenas a dependência da existência de recursos”, diz.

O Programa de Apoio à Formação de Redes de Pesquisa em Áreas Estratégicas, de acordo com a PRP, além de editais temáticos, deverá incluir a realização de workshops na Universidade, também para discutir temáticas complexas, com envolvimento de equipes de diferentes áreas dedicadas aos temas.

Sobre o edital

Professores permanentes do quadro efetivo da UFLA podem apresentar proposta, sendo que a equipe do projeto deve incluir, necessariamente, no mínimo cinco professores. Pelo menos um dos professores deve ter vínculo com a UFLA há mais de dez anos e pelo menos um deles deve ter vínculo há menos de cinco anos. É também possível a inclusão de um pesquisador externo à UFLA.

A redação das propostas deve conter identificação da equipe, referencial teórico, justificativa, objetivos, metodologia, cronograma, orçamento e referências bibliográficas. O documento deve ser entregue impresso à PRG e o arquivo digital deve ser enviado para prp@prp.br.

A avaliação dos projetos será feita por comissão própria, a ser designada pela PRP. Serão levados em consideração para a seleção a relevância científica da solução para problemas atuais; a natureza multidisciplinar e transversalidade da rede de pesquisa proposta; a sustentabilidade nas estratégias de pesquisa e de inovação na UFLA; orçamento; e a integração entre pesquisadores consolidados e emergentes.

Pelo edital, são financiáveis itens de custeio e de equipamentos permanentes.

Consulte o edital completo.

Rádio Universitária transmite hoje a partir das 18h partida do Lavras Vôlei no Paraná

Bruno Henrique Araújo – suporte técnico (à esq.) e o narrador Júnior Murad estão no Paraná para transmissão da partida

A Rádio Universitária, que até agora transmitiu todos os jogos da equipe Lavras Vôlei da Superliga B de Vôlei Feminino, fará mais uma transmissão hoje, a partir das 18h. O jogo é contra São José dos Pinhais pelas quartas de final. A equipe de cobertura está no Paraná para acompanhar e transmitir a partida.

Na primeira partida contra São José dos Pinhais, realizada no dia 8/3, no Lavras Tênis Clube (LTC), o adversário venceu por 3×2. Por isso, o Lavras Vôlei precisa da vitória na partida de hoje, para forçar o Golden Set e voltar classificado para as semifinais.

Outras partidas da competição realizadas fora da cidade e também transmitidas ocorreram em Osasco, contra o ADC Bradesco, e em Curitiba, com o Curitiba Carob House. A Rádio Universitária, inclusive, foi homenageada no início de março pela Câmara Municipal da cidade pelo trabalho de divulgação e incentivo ao esporte na cidade.

A narração hoje será de Júnior Murad e os trabalhos técnicos de Bruno Henrique Araújo e Eugênio de Souza.

 

Estudo destaca a importância da mensuração dos gases de efeito estufa emitidos na produção de café

Você já ouviu falar no termo “Pegada de Carbono”? Nos dias de hoje, conceitos como sustentabilidade, rastreabilidade e consciência ecológica envolvem diversas atividades, entre as quais está a cafeicultura. Com base em tais tendências, o estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Heitor Parreiras, apresentou, recentemente, a monografia intitulada “Emissão de gases de efeito estufa da cafeicultura em diferentes tipos de produção e regiões brasileiras”, constatando, em linhas gerais, que os produtores que têm consciência do quanto emitem obtêm maior competitividade no mercado.

O estudo recebeu orientação da professora Sílvia de Nazaré Monteiro Yanagi e coorientação do professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, e utilizou dados coletados por meio do projeto Campo Futuro – iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com o Centro de Inteligência em Mercados (CIM), vinculado à Agência de Inovação do Café (InovaCafé), com sede na UFLA.

Pesquisa
No trabalho, foram utilizadas as metodologias IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e GHG Protocol, ferramenta que permite o gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa (GEE), direcionando-as à atividade cafeeira. A pesquisa envolveu 13 municípios produtores de café. O estudante baseou-se nos métodos para desenvolver um modelo, o qual foi aplicado nos dados de custo de produção em 2017, divididos em atividades ocorridas durante o ano agrícola, coeficientes técnicos de máquinas (operações mecanizadas) e aplicação de insumos (fertilizantes orgânicos, fertilizantes nitrogenados sintéticos, ureia, calcário e defensivos).

Na sequência, foi avaliada e comparada a emissão de gases na produção do Coffea canephora e Coffea arabica e, nesta última espécie, os diferentes tipos de produção: manual, semimecanizada e mecanizada. O estudo comparativo demonstrou que a emissão de GEE cresce conforme o nível de mecanização. Além disso, foi possível constatar que em quase todos os municípios analisados a emissão proveniente da aplicação de fertilizantes nitrogenados sintéticos configura a maior parte dos gases emitidos. Também, de acordo com o autor, a produção de C. canephora emite mais gases que a produção de C. arabica.

A pesquisa atestou, ainda, a importância da realização de um inventário de emissão de GEE, pois, a partir dele, é possível comparar a emissão de gases de café de diferentes produtores, distinguindo-os quanto a seus potenciais sustentável e ecológico.

>> Pegada de Carbono
O termo refere-se à mensuração da quantidade total da emissão de dióxido de carbono, acumulado – direta ou indiretamente – por uma pessoa, organização, evento ou produto durante as etapas de sua vida.

Ascom InovaCafé

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

Professora da Universidade de Évora visita UFLA para fortalecer parceria

Na última semana a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu a visita da professora Fátima Baptista, diretora do Departamento de Engenharia Rural e vice-diretora do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade de Évora, em Portugal. 

A visita ocorreu com o objetivo de estreitar a parceria já existente com a UFLA e projetar futuros projetos entre as duas universidades. Na ocasião, a professora ministrou uma palestra a toda a comunidade acadêmica para apresentar a Universidade de Évora e tratar sobre assuntos pertinentes a essa parceria. 

Além dessas atividades, a professora aproveitou a visita e se reuniu com o coordenador do curso de Engenharia Agrícola, professor Gabriel Araújo e Silva Ferraz, e também com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia, professor Ednilton Tavares de Andrade, para discutir sobre possíveis projetos e a possibilidade de intercâmbio entre docentes e discentes. 

Os professores do Departamento de Engenharia: Patrícia Ferreira Ponciano Ferraz, Tadayuki Yanagi Junior, Rodrigo Allan Pereira, Rafael Mendes Farinassi e Priscilla Abreu Pereira Ribeiro aproveitaram a oportunidade para apresentar toda a estrutura da UFLA à professora Fátima, em especial o Departamento de Engenharia, com seus grupos de trabalho e projetos de pesquisa em execução, além dos novos projetos que poderão ser desenvolvidos juntos.

Por fim, a professora reuniu-se com a vice-reitora da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho; o assessor para Desenvolvimento Acadêmico e Assuntos Administrativos, professor Márcio Machado Ladeira; o chefe do Departamento de Engenharia, professor Carlos Eduardo Silva Volpato; além dos professores Gabriel Araújo, Ednilton Tavares; Patrícia Ferraz e Priscilla Abreu, para tratar dos novos rumos dessa parceria que já é forte e só tende a ampliar.

Fátima Baptista

Leciona disciplinas na área do condicionamento ambiental, sobretudo em construções rurais. Desenvolve atividades de investigação nas áreas de controle ambiental em instalações pecuárias e em estufas, em temas relacionados com eficiência energética na agricultura e na agro-indústria e ainda na gestão e valorização de efluentes e resíduos agrícolas e agro-industriais, com ênfase na economia circular. É autora de mais de 100 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais e de comunicações em várias reuniões científicas.

3ª Semana de Planejamento e Formação Docente teve início na UFLA – programação vai até 15/3

Abertura da Semana de Planejamento e Formação Docente 2018/1

Na noite dessa segunda-feira (12/3), teve início, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a “3ª Semana de Planejamento e Formação Docente”. Programada para o período de 12 a 15 de março, o evento tem o tema “Refletindo sobre a nossa Graduação: desafios e possibilidades para inovação”.

Em sua terceira edição, o evento dá seguimento às ações de planejamento e formação continuada dos docentes da UFLA e visa promover reflexões sobre os desafios e as possibilidades de inovação dos cursos de graduação, além de proporcionar um espaço de troca de experiências sobre currículo e projeto pedagógico.

De acordo com o diretor de Avaliação e Desenvolvimento do Ensino, professor Warley Ferreira Sahb, a construção da programação seguiu uma linha específica. “Este semestre optamos por fazer uma semana com a temática voltada para os nosso fazeres, nossas aulas, nossos currículos, e nesse sentido construímos nossa programação”, comentou.

A pró-reitora adjunta de graduação, professora Iraziet da Cunha Charret, reforçou a oportunidade que os participantes terão ao pensar e discutir questões importantes que diz respeito ao trabalho dentro e fora de sala de aula. “Este espaço oficialmente alocado no nosso calendário acadêmico representa uma grande oportunidade para que possamos, como docentes, aprimorar cada dia mais nosso trabalho”, salientou a professora.

A mesa de abertura também foi composta pela assessora do reitor para os assuntos da graduação, professora Ana Carla Marques Pinheiro, e pelo professor doutor Fernando José de Almeida (PUC/SP), convidado para ministrar a palestra “A aula essencial: uma análise, uma proposta” no primeiro dia de evento.

A programação do evento se estende por toda a semana, sendo composta por uma série de atividades formativas ofertadas por meio de diferentes e diversas oficinas de práticas, com foco nas reflexões sobre a graduação na UFLA, os desafios e as possibilidades para inovação.

A semana tem a iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação (PRG), por intermédio das Diretorias de Avaliação e Desenvolvimento de Ensino (Dade) e da Diretoria de Educação a Distância (Dired).

Confira a programação.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA.

Departamento de Biologia da UFLA comemora 45 anos e cerimônia homenageia os servidores que contribuíram durante a trajetória

 

Nesta segunda-feira (12/3), o Departamento de Biologia (DBI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) celebrou 45 anos de sua trajetória em uma cerimônia com a presença da vice-reitora, Édila Vilela de Resende Von Pinho; do chefe do departamento, professor João Cândido de Souza e diversos servidores ativos e aposentados.

Na ocasião, os ex-chefes do departamento, professores César Augusto Brasil Pereira Pinto e Júlio Neil Cassa Louzada, foram homenageados com o descendimento de suas respectivas placas. 

Em sua fala, o professor João Cândido de Souza mencionou que, coincidentemente ou não, neste momento em que se comemoram os 45 anos do DBI, existem exatamente 45 docentes no departamento.

O professor Magno Antônio Patto Ramalho, representando os professores ativos, explanou sobre a trajetória do curso sem esquecer dos servidores terceirizados que muito contribuem para o sucesso das atividades. Em especial, Ramalho homenageou a conhecida senhora Erondina, que há 26 anos dedica seu trabalho à UFLA. “Ao ver o resultado que temos hoje, eu digo à vocês que não há sonho que não se realize, e que todo sonho pode ser ainda maior do que o esperado” – destacou o professor Magno.

A vice-reitora reforçou que é necessário que os novos servidores da Instituição adquiram também esse amor pela UFLA, repassado pelos mais antigos nas conversas durante os cafezinhos.

Assista ao vídeo da TVU:

 

Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig

 

 

Pesquisadoras da UFLA estudam as aplicações dos resíduos da acerola

A acerola é muito rica em nutrientes e o que se faz com os resíduos provenientes do seu processamento? Será que eles possuem substâncias benéficas? A partir dessas questões, pesquisadoras do Programa de Agroquímica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) iniciaram um estudo para analisar esses resíduos, provenientes do processamento da fruta em diversas indústrias de alimentos, em especial da polpa congelada.

A acerola possui uma rica composição química, destacando o seu potencial de uso e desenvolvimento em produtos farmacêuticos e/ou agroquímicos. Sendo assim, agregar valor ao resíduo industrial, que, a princípio, é descartado pelas indústrias foi o principal objetivo da pesquisa realizada pela pós-doutoranda Tamara Rezende Marques, orientada pela professora Angelita Duarte Correa.

“A acerola é uma fruta que se perde rapidamente. Quando vamos ao supermercado, é raro encontrar a fruta in natura para a venda, ou seja, na maioria das vezes consumimos essa fruta já processada, como sucos, geleias, o que gera uma grande quantidade de resíduos. Diante do grande valor nutricional apresentado na fruta, pensamos se o resíduo também possuiria esse benefício, principalmente na semente e no bagaço; além disso, possibilitaria a redução dos custos no processo fabril e evitaria o seu descarte no meio ambiente”, explicam as pesquisadoras.

O primeiro passo foi realizar a caracterização química dos resíduos da acerola, na qual as pesquisadoras constataram que o bagaço apresenta um grande valor nutricional, constituído por minerais, proteínas, vitaminas, fibras e um alto teor de substâncias antioxidantes, como os compostos fenólicos. Para a análise, foi selecionado o bagaço de acerola com alto teor de compostos fenólicos, substâncias com potencial antioxidantes, que trazem benefícios à saúde. Posteriormente, foram observadas as suas aplicações nas áreas farmacêutica, cosmética e agroquímica.

As pesquisadoras constataram que esses extratos inibem enzimas digestivas, que atuam na quebra de carboidratos, sugerindo, então a sua utilização como auxiliar no tratamento da obesidade, e controle do diabetes tipo 2, além de apresentarem propriedades antioxidantes, atuando no combate de radicais livres no organismo e também propriedades hepatoprotetoras, que direcionam o seu potencial de uso na prevenção de algumas doenças, inclusive câncer e envelhecimento precoce.

Também foram testados os extratos no controle de insetos, pragas, verificando que os resíduos de acerola possuem ação inseticida contra a lagarta-do-cartucho, uma praga muito comum encontrada nas plantações de milho, soja e algodão, que causa grandes prejuízos econômicos ao País. “Esses compostos fenólicos apresentam diferentes atividades biológicas, com aplicação tanto na saúde como na área de agroquímicos”, comentam.

A pesquisa foi realizada na UFLA em nível de mestrado e doutorado; atualmente Tamara Rezende Marques realiza o seu pós-doutorado, dando sequência aos estudos referentes às aplicações dos resíduos dessa fruta.

 

 

 

Reportagem: Camila Caetano, jornalista UFLA
Imagens e Edição: Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.