O que há para comemorar hoje? A Universidade Federal de Lavras (UFLA) celebra, no Dia Mundial do Meio Ambiente, as ações praticadas pela comunidade acadêmica. E essa história tem a SUA marca! Assista ao vídeo realizado pela Diretoria de Comunicação para veiculação em mídias sociais, em menção a essa importante data:
A motivação inicial para a concepção do Plano Ambiental e Estruturante da UFLA era a busca por soluções de problemas ambientais que preocupavam a comunidade acadêmica e precisavam ser resolvidos de forma a subsidiar o crescimento que se anunciava para a instituição. Mas os resultados das ações tiveram também reflexos na identidade da organização e na formação de sua imagem e reputação. Como Universidade, a UFLA é pioneira na realização de projetos que envolvem praticamente todas as questões ambientais, que expressam o interesse público e visam ao bem comum da sociedade.
Entre as ações do Plano Ambiental e Estruturante, destacam-se a implantação de Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos, tratamento dos resíduos sólidos, saneamento básico, criação da Estação de Tratamento de Esgoto, construções ecologicamente corretas, proteção de nascentes e matas ciliares, prevenção e controle de incêndios, prevenção e controle de endemias, gestão de energia, implantação do sistema de coleta das águas da chuva; estruturação das bacias de drenagem, a troca dos destiladores, o plantio de mais 90 mil mudas de 53 espécies nativas e frutíferas, a campanha UFLA Recicla (que trocou copos plásticos por canecas) e o treinamento de técnicos de diferentes setores e de estudantes de pós-graduação para serem multiplicadores de boas práticas de uso e reuso de matérias-primas utilizadas em pesquisa.
As ações do Plano Ambiental permanecem desencadeando novas iniciativas, e os resultados são percebidos por meio da economia de recursos públicos, de um melhor gerenciamento dos processos, um ambiente mais seguro e ambientalmente correto, facilidades no treinamento de futuros profissionais e a possibilidade de construção de cenários futuros apoiados em princípios de sustentabilidade.
Diretoria de Comunicação da Universidade Federal de Lavras
Para contribuir com a recuperação de uma área de preservação permanente em Lavras, o evento “Preservando o Dia da Árvore” foi realizado em 21 de setembro. As ações incluíram uma palestra sobre educação ambiental a estudantes do 5º ano da Escola Municipal Padre Dehon e plantio de mais de 30 mudas de espécies nativas.
O plantio foi realizado em área de preservação permanente no Bairro Campestre 3, antes utilizada como depósito de entulho da construção civil. Hoje, vem sendo recuperada por meio de ações ambientais. Participaram do plantio estudantes da Escola Padre Dehon e do Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento (Cedet Lavras).
O evento foi promovido pelo Núcleo de Estudos em Silvicultura (NES) e a Preserva Júnior, juntamente com a ONG Engenheiros Sem Fronteiras, Polícia Militar de Meio Ambiente, Bocaina Florestal, Rotaract Club de Lavras e Associação dos Moradores dos bairros Jardim Glória e Campestre I, II e III.
Para a recuperação das áreas afetadas no Estado pelo rompimento da barragem em Bento Rodrigues (ocorrido em novembro de 2015), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) tem lançado editais para o financiamento de projetos de pesquisa científica e tecnológica. Na Chamada 04/2016, pioneira nesse sentido, a UFLA teve 5 propostas aprovadas. O resultado dessa chamada foi divulgado pela Fapemig na última sexta-feira, 15.
As propostas vindas da UFLA foram coordenadas por professores dos Departamentos de Ciências Florestais (DCF), de Ciência do Solo (DCS) e de Engenharia (DEG). O valor somado dos recursos captados ultrapassa R$856 mil. Os trabalhos deverão ser desenvolvidos por um período de dois anos.
Projetos da UFLA aprovados
Coordenador
Nome do projeto
Rafael Farinassi Mendes (DEG)
Utilização Do Resíduo De Mineração para a Produção de Compósitos a Base de Cimento
Fausto Weimar Acerbi Júnior (DCF)
Definição de Áreas Prioritárias para Recuperação na Bacia do Rio Doce, Através da Análise Multicritério, em Ambiente SIG
Soraya Alvarenga Botelho (DCF)
Estratégias para Restauração das Matas Ciliares da Bacia do Rio Doce
Marco Aurélio Carbone Carneiro (DCS)
Fungos Micorrízicos Arbusculares, Bactérias Fixadoras de N2 e Outras Promotoras de Crescimento Vegetal de Áreas da Bacia do Rio Doce: Identificação, Caracterização, Informatização e Avaliação do Potencial Biotecnológico
José Roberto Soares Scolforo (DCF)
Recuperação do Solo e Potencial de Regeneração Natural das Áreas Afetadas pela Deposição de Rejeitos de Mineração na Região de Mariana – MG
Nessa chamada foram submetidos 145 projetos e 29 deles foram encaminhados para contratação. Juntos, elas totalizam o aporte de R$ 4 milhões a serem investidos pela Fapemig. Das 29 propostas escolhidas, seis estão dentro da linha temática Recuperação do Solo, sete na Recuperação da Água, oito na Recuperação da Biodiversidade e oito na linha Tecnologias Sociais.
Outra iniciativa no mesmo sentido é uma chamada para a estruturação de redes de pesquisa visando à recuperação das áreas degradadas pelo rompimento. O seu objetivo é apoiar projetos de pesquisa e de inovação, interdisciplinares, e desenvolvidos em cooperação por diferentes instituições, incluindo as de Minas Gerais e Espírito Santo.
Membros da comunidade acadêmica e regional estão convidados para participar de um debate, que ocorrerá no Anfiteatro do Departamento de Biologia da UFLA (“Ramalhão”), no dia 19/11, às 17h30. O evento, intitulado “Propostas para o Rio Doce: alternativas para a irresponsabilidade ambiental”, tem o objetivo de reunir pesquisadores atuantes em temas concernentes ao meio ambiente.
No encontro, eles debaterão ideias que possam aperfeiçoar a legislação ambiental, bem como apresentarão propostas com o intuito de minimizar os impactos gerados pelo derramamento de lama e rejeitos da mineração em áreas de Minas Gerais e Espírito Santo. O evento contará com a participação do deputado estadual Jean Freire.
Entre os assuntos em pauta, estão: elaboração de uma carta contra a flexibilização do Código de Mineração do Estado de Minas Gerais; mecanismos de reaproveitamento dos resíduos da barragem; conservação do Rio Santo Antônio, afluente do Rio Doce; e a arrecadação de doações para as vítimas do desastre das barragens.
Devem participar do debate pesquisadores em ecologia, gestão de resíduos, direito ambiental e outras áreas. A presença de um membro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e de cientistas atuantes em meio ambiente reforça os objetivos desse debate.
O evento é aberto e os participantes poderão doar água mineral, que será repassada aos atingidos pelo recente derramamento de rejeitos de mineração e lama ocorrido no dia 5/11, no município de Mariana. O desastre ambiental deixou, até o momento, 11 mortos, 12 desaparecidos e mais de 600 desabrigados, além de ter interrompido o abastecimento de água em algumas cidades.
O sistema de gerenciamento digital inteligente (SisVerde) realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) para o Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde foi destaque na TV NBR, do Governo Federal, em uma entrevista com o gerente do Departamento de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Jânio Coutinho.
A UFLA participa do Programa desde 2013, quando desenvolveu um sistema para monitoramento de algumas áreas contempladas. Agora o sistema será ampliado, para integrar todos os dados por meio de um gerenciamento inteligente.
O Programa, lançado em setembro de 2011, concede, a cada trimestre, um benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental. Hoje ele já beneficia mais de 70 mil famílias.
A estimativa é que o SisVerde seja lançado em setembro de 2015, para ser utilizado na execução e gestão da política pública. A meta é de que mais de 80 mil famílias sejam beneficiadas.
Para Jânio Coutinho, o sistema desenvolvido pela UFLA trará uma economia de 70% nos custos do cadastro do Bolsa Verde, além de apresentar confiabilidade nos dados e transparência. “A UFLA que tem uma expertise no desenvolvimento de tecnologia para esse tipo de atividade não só no sistema Bolsa Verde, mas também desenvolvendo outro sistema de banco de dados muito importante que é o do Cadastro Ambiental Rural”, complementa Jânio.
Confira a entrevista completa de Jânio Coutinho para a TV NBR:
O Programa
O Programa Bolsa Verde, faz parte do Programa Brasil Sem Miséria, sendo destinado àqueles que desenvolvem atividades de uso sustentável dos recursos naturais em Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais, Reservas de Desenvolvimento Sustentável federais e Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da Reforma Agrária. Territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais também podem ser inclusos no Programa, além de outras áreas rurais definidas por ato do Poder Executivo.
O Programa representa um passo importante na direção de reconhecer e compensar comunidades tradicionais e agricultores familiares pelos serviços ambientais que prestam à sociedade. A motivação deste programa é o fato de que 47% das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza estão na área rural, sendo necessário aliar o aumento na renda dessa população à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais.
O município de Lavras é sede da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente da Bacia do Rio Grande – CRRG, que exerce atuação de coordenação, atuação conjunta e assessoramento sobre 176 municípios (o que engloba todo o Sul de Minas). Entre seus objetivos, cumpre a missão de tutela socioambiental, com ações coordenadas entre instituições públicas, unidades de ensino, empresas e sociedade civil.
Há cerca de um ano, o promotor de Justiça e coordenador-regional da CRRG, Bergson Cardoso Guimarães, apresentou à Universidade Federal de Lavras (UFLA) a demanda para que a Universidade atuasse em parceria com o Ministério Público para a elaboração de um plano de mitigação para as atividades de silvicultura, em especial de eucaliptos, na Bacia Hidrográfica do Alto Rio Grande. Para tanto, foi designada uma comissão especial para atuar nesta demanda, sob a coordenação do Assessor para Relações Institucionais da Reitoria, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes.
Nessa segunda-feira (8/6), foi realizada uma reunião no Salão dos Conselhos da UFLA com a apresentação de um projeto elaborado por esse Grupo de Trabalho. A proposta é coordenada pelo Prof. Lucas Amaral de Melo, que atua na área de Silvicultura do Departamento de Ciências Florestais e tem a participação de 15 professores da UFLA. O projeto foi previamente discutido com a CRRG e propõe a realização de estudo que tem o objetivo de definir um Plano Socioambiental para a Sustentabilidade do Espaço Rural na Bacia do Alto Rio Grande.
A reunião contou com a presença da vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho; do presidente da comissão especial, professor Antônio Nazareno; do promotor Bergson Guimarães; professores da UFLA, além de representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do governo do Estado, da Associação Mineira de Silvicultura (AMS) e de empresas do setor.
Na oportunidade, houve a apresentação do promotor Bergson sobre as motivações que levaram o Ministério Público a propor uma resolução consensuada, entre Estado, os empreendedores e o Ministério Público. O projeto teve início a partir da existência de um procedimento administrativo aberto no Ministério Público de Minas Gerais para investigação de danos ambientais e socioculturais advindos da atividade de silvicultura de eucaliptos. Esse processo incluiu a análise de empreendimentos, procedimentos de licenciamentos e a prévia indicação da necessidade de uma avaliação de seu impacto sinérgico e acumulativo.
De acordo com o promotor, nesse momento, não há questionamentos jurídicos e também não há a indicação de responsabilidades para as empresas. O que se espera é uma conclusão dialógica, técnica e participativa, para o apontamento de alternativas de mitigação dos impactos. Ele reforçou que o convite para a UFLA coordenar o planejamento decorre de sua referência em projetos ambientais de grande impacto e da sua capacidade para uma avaliação ambiental integrada.
“Esperamos que esse plano se torne um caso de sucesso e exemplo para outros Estados. O que se espera é um ganho socioambiental para a população dessa região, no sentido de preservação da biodiversidade, da qualidade dos recursos hídricos e do controle do patrimônio florestal”, considerou Bergson.
Referência na academia
Segundo o professor Antônio Nazareno, a partir da demanda apresentada pelo Ministério Público, foi designado um grupo de trabalho que hoje envolve 15 professores de diferentes departamentos (Ciências Florestais, Biologia, Ciência do Solo, Engenharia e Administração e Economia). O resultado foi um plano abrangente, que envolve diferentes linhas temáticas e vai possibilitar o zoneamento das atividades de silvicultura e a proposição de ações de mitigação para seus impactos.
O Plano Socioambiental para a Sustentabilidade do Espaço Rural na Bacia do Rio Grande foi apresentado pelo professor Lucas Amaral de Melo, coordenador do projeto. Em seu pronunciamento, foi destacado o fato de que a atividade de silvicultura não deve ser vista como vilã, já que em Minas Gerais existem mais de 1,5 milhão de hectares de plantios florestais com eucalipto e, em menor escala, pinus. O professor explica que o problema não se deve somente ao grupo ou espécie, mas ao manejo da atividade. Para tanto, o plano propõe ações para que a produção de eucalipto no Sul de Minas seja da forma mais sustentável possível.
O projeto passa agora para a fase de negociação, para que os recursos financeiros necessários à sua execução sejam assegurados à equipe técnica. A expectativa é que as empresas que atuam na atividade de silvicultura em Minas Gerais, o governo de Minas e outros parceiros se associem para a viabilidade do projeto.
A plataforma trará uma economia de 70% nos custos do cadastro do programa socioambiental, aumentará a confiabilidade e a transparência dos dados
O Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde, lançado em setembro de 2011, concede, a cada trimestre, um benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) participa do Programa desde 2013, quando desenvolveu um sistema para monitoramento de algumas áreas contempladas e o resultado tem sido tão positivo que agora o sistema será ampliado, para integrar todos os dados por meio de um gerenciamento inteligente.
No dia 16 de abril, o diretor de Tecnologia da Informação do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal, Samuel Campos, acompanhado dos técnicos do Lemaf, Venicios Gustavo dos Santos, Regina Ribeiro Lara e
Gustavo Gontijo, participaram de reunião em Brasília, para apresentar as fases do projeto em desenvolvimento, a metodologia de cadastro dos usuários e a forma de fazer a identificação das áreas.
Neste encontro estavam presentes representantes dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e UFLA.
A estimativa é que o SisVerde seja lançado em setembro de 2015, para ser utilizado por essas instituições na execução e gestão da política pública. Hoje, o programa beneficia 71.800 famílias, a meta que ampliar para 80 mil famílias.
Para o gerente de projetos do Departamento de Extrativismo do MMA, Jânio Coutinho, o sistema que está sendo desenvolvido pela UFLA trará uma economia de 70% nos custos do cadastro do Bolsa Verde, além de apresentar confiabilidade nos dados e transparência. “Vamos reduzir os custos de operação para incluir uma nova família, além de economizar papel e gerar relatórios com dados sociais que podem orientar outras políticas”, destaca.
Ainda na reunião, os técnicos da universidade apresentaram as etapas de monitoramento da cobertura vegetal presente nas áreas contempladas pelo programa. De acordo com Samuel Campos, com o novo sistema será possível um melhor monitoramento, ampliação e fortalecimento do Programa.
Desafio
“O nosso maior desafio deste ano é a inclusão produtiva das famílias beneficiárias do Bolsa Verde, para superar a extrema pobreza, dentro do programa Brasil Sem Miséria”, enfatizou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral. Para realizar essa inclusão produtiva, as famílias receberão apoio para compra de equipamentos, assistência técnica e estímulo à organização de base (cooperativas) como forma de agregar valor aos produtos e acessar o mercado. “Eles precisam superar alguns gargalos nas cadeias produtivas e na comercialização dos produtos, e nós ajudaremos nisso”.
O Programa
O Programa Bolsa Verde, faz parte do Programa Brasil Sem Miséria, sendo destinado àqueles que desenvolvem atividades de uso sustentável dos recursos naturais em Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais, Reservas de Desenvolvimento Sustentável federais e Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da Reforma Agrária. Territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais também podem ser inclusos no Programa, além de outras áreas rurais definidas por ato do Poder Executivo.
O Programa representa um passo importante na direção de reconhecer e compensar comunidades tradicionais e agricultores familiares pelos serviços ambientais que prestam à sociedade. A motivação deste programa é o fato de que 47% das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza estão na área rural, sendo necessário aliar o aumento na renda dessa população à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)
O engenheiro florestal e agrônomo Raimundo Deusdará Filho assinou, na tarde dessa terça-feira (7/4), o cargo de diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). O reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Scolforo, participou da cerimônia, que teve a presença da ministra Izabella Teixeira e do senador Jorge Viana.
O novo diretor assume a missão de concluir a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em todo o território nacional e implementar o novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651/2012) em articulação com os estados.
No discurso de posse, Raimundo Deusdará Filho enumerou como desafios a retomada do programa federal de manejo florestal comunitário, em parceria com os movimentos sociais e os Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social (MDS); a inserção das atividades florestais na assistência técnica e extensão rural; e, ainda, a intensificação das ações de fomento e recuperação do cerrado. “Será prioridade, também, a implementação de outros dispositivos do novo Código Florestal, como o manejo florestal, manejo e uso do fogo, e reposição florestal”, destacou.
Durante a solenidade, a ministra Izabella Teixeira desafiou o novo dirigente do SFB, servidor de carreira da pasta ambiental, a inovar com ousadia e coragem. “A sociedade precisa evoluir e temos de dar novos passos, pois precisamos de instituições fortes”, destacou, citando ainda o CAR como tarefa essencial. “Hoje o CAR é uma unanimidade em todos os setores do país”, considerou.
Em seu pronunciamento, a ministra citou a UFLA como uma parceira fundamental para projetos estratégicos, ressaltando publicamente a eficiência da Instituição no desenvolvimento do sistema operacional do CAR e também do Curso de Capacitação (CapCAR).
Para Scolforo, a parceria com o Ministério do Meio Ambiente é sempre motivo de orgulho para a UFLA, já que os projetos envolvem todo o território nacional e repercutem no planejamento estratégico para a preservação ambiental de forma efetiva. “A partir do CAR, será possível o planejamento sustentável das remanescentes de vegetação nativa; áreas de preservação permanente e reserva legal. O mapeamento de todas as áreas permitirá o melhor planejamento e proteção da biodiversidade”, enfatizou.
Sobre a cerimônia, o reitor da UFLA considerou ainda a alegria de ouvir diversos elogios sobre a gestão e as ações da Universidade. “O desempenho da UFLA reforça a sua credibilidade em diferentes ministérios e os depoimentos de diversas autoridades sinalizam que estamos no caminho certo para consolidar a Instituição como referência em diferentes áreas do conhecimento”.
Além do reitor, a UFLA foi representada na cerimônia de posse pelo diretor de Tecnologia da Informação do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal – Lemaf, Samuel Campos.
“Nas rodovias que cortam o Brasil, é muito comum encontrar animais silvestres atropelados. Alguns, de espécies ameaçadas de extinção. Para diminuir esse perigo, tanto para os bichos quanto para as pessoas que usam as estradas, existem pesquisas em andamento”. Essa foi a abertura da notícia divulgada no Jornal Nacional, na sexta-feira (1º de agosto), que destacou o programa desenvolvido pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Na reportagem, o professor Alex Bager, do Departamento de Biologia (DBI/UFLA), enfatiza a importância do Programa: “Nós trabalhamos em pequena escala tentando resolver o problema local indicando aonde botar uma medida de mitigação, aonde botar um túnel, aonde botar uma proteção e trabalhamos em macro escala interferindo em políticas públicas. Onde pode aprimorar a implantação de rodovias para reduzir esses impactos tanto pra biodiversidade quanto para o aspecto social e econômico”, diz.
O Jornal Nacional divulgou o Sistema Urubu, destinado ao monitoramento da fauna atropelada no País, sediado no Laboratório de Estudos em Manejo Florestal da Universidade Federal de Lavras (Lemaf/UFLA). O aplicativo para celular “Urubu Móbile”, do Projeto Malha, permite aos usuários de smartphones auxiliar no monitoramento e na preservação da fauna selvagem brasileira. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente no Google Play.
O Programa
Segundo estimativas do CBEE, no Brasil são atropelados mais de 400 milhões de animais selvagens por ano, o que representa aproximadamente 15 animais a cada segundo, prejudicando toda a fauna brasileira e podendo levar as espécies à extinção. Isto ocorre à medida que as rodovias invadem os habitats naturais desses animais.
Com o novo aplicativo, os usuários poderão fotografar animais atropelados nas estradas do país e encaminhar o material ao CBEE, para que os especialistas possam identificar a espécie e reunir informações sobre as regiões de maior incidência de atropelamentos e as espécies mais atingidas. Todas as fotos registradas serão vinculadas à posição geográfica em que se encontra o usuário, obtida por meio do GPS.
O Projeto Malha visa reduzir os impactos ambientais causados pelas rodovias e ferrovias relacionados a atropelamento de fauna selvagem, ajudando na estruturação do Banco de Dados Brasileiro de Atropelamento de Fauna Selvagem (BAFS), além de reunir grupos de pesquisa e a comunidade brasileira para identificar as áreas consideradas mais críticas. A partir das informações geradas com o uso do aplicativo, será possível a proposta de soluções para a proteção da fauna, como a instalação de telas, a construção de túneis subterrâneos às estradas ou túneis para a circulação dos automóveis, que deixem área verde livre para o trânsito de animais.
Em breve será lançada uma versão do Urubu Móbile, com maiores funcionalidades, destinada especialmente a pesquisadores, consultores e aqueles que fazem amostragens sistemáticas de monitoramento de fauna atropelada. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mailcbee@dbi.ufla.br.
Estão abertas até o dia 20 de julho o período de pré-inscrição para o Curso de Capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR), modalidade a distância, oferecido pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) em parceria com o Ministério do Meio Ambiente – Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Ibama. O curso é gratuito e tem como objetivo formar facilitadores para a inscrição de imóveis rurais no CAR, dando continuidade às ações de fomento e apoio à implementação da Lei nº 12.651/2012 (Novo Código Florestal).
O Sistema Nacional para o Cadastro Ambiental Rural (Sicar) foi desenvolvido pelo Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf/UFLA), a convite do Ministério do Meio Ambiente. Trata-se de um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente – APP, das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do País.
Treinamento
O curso a distância – CapCar – está sendo elaborado pelo Departamento de Ciências Florestais (DCF/UFLA) e pelo Centro de Educação a Distância da UFLA (Cead/UFLA), sob a coordenação dos professores Luis Antônio Coimbra Borges (coordenador de conteúdo) e Ronei Ximenes Martins (coordenador de EAD).
A pré-inscrição deverá ser feita até as 23h59 horas do dia 20/7/2014, no hotsite http://hotsite.mma.gov.br/capcar. São 31 mil vagas, distribuídas em quatro turmas. A primeira oferta do curso (Piloto – 1000 vagas) terá início no dia 12 de agosto de 2014, e será dedicada prioritariamente aos profissionais de órgãos públicos de meio ambiente e extensão rural. Todos os candidatos selecionados serão comunicados por e-mail, com antecedência mínima de 15 dias, para envio da documentação de efetivação da matrícula.
Para a inscrição, o candidato deverá ter completado o ensino médio; ter mais que 18 anos; ter conhecimentos básicos em informática, incluindo uso das ferramentas de navegação na Internet, edição de textos e ferramentas como o Google Earth; comprometimento e disciplina quanto à execução de tarefas e organização do tempo e dispor de 72 horas a serem dedicadas aos estudos e atividades on-line.
Programação
O curso está preparado para que o cursista tenha autonomia no aprendizado dos conteúdos a serem estudados, contando com textos explicativos, vídeo-aulas, exercícios de fixação e diversos tutoriais autoexplicativos para que o estudante se sinta seguro na execução das atividades. O curso tem duração de 78 horas, com dedicação média de 12 horas semanais.