Encerrou-se na quarta-feira (3/6), a Conferência Internacional sobre Forragens em Clima Quente, realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Com um público participante de cerca de 180 pessoas, o evento recebeu palestrantes brasileiros e de mais cinco países: Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, Nigéria e Austrália.
A organização das atividades foi feita pelo Núcleo de Estudos em Forragicultura (Nefor), com o objetivo de auxiliar na difusão do conhecimento na área de produção, utilização e conservação de plantas forrageiras. A demanda por informações no setor vem do aprimoramento da pecuária nos trópicos, o que exige utilização consciente das pastagens. De acordo com o professor do Departamento de Zootecnia (DZO), Daniel Rume Casagrande, integrante do Nefor, o evento teve resultados positivos. “A possibilidade de parcerias com instituições internacionais e a troca de experiências entre os participantes brasileiros e de outros países, que se inscreveram, enriqueceram a Conferência”. Ele também destacou a parceria com cinco empresas que apoiaram as atividades.
Dos 38 trabalhos científicos inscritos no evento, dois foram premiados por terem obtido destaque perante o Comitê Organizador. O Prêmio José Alberto Gomide, para trabalhos na área de manejo de pastagens, ficou com a equipe de Martín Jaurena, autor de “Forage Production Estimated Using In-situ NDVI”. Já a participante Beatriz Carvalho (acompanhada de outros autores) recebeu o Prêmio Antônio Ricardo Evangelista, voltado para trabalhos da área de conservação de forragens. O título da produção foi “Identification of yeasts and molds in corn silage under farm conditions”.
A Conferência é um desdobramento do Simpósio sobre Forragicultura e Pastagens, que já havia passado por nove edições, e do Congresso de Forragicultura e Pastagens, com cinco edições anteriores. Esses eventos ganharam nova dimensão em 2015, resultando na Conferência Internacional sobre Forragens em Clima Quente. Foram 12 palestras, proferidas por professores e pesquisadores de universidades e instituições brasileiras e estrangeiras.
A tarde do dia 2/6 foi preenchido com um Dia de Campo, realizado em áreas de experimentos conduzidas pelo Nefor. Foram abordados aspectos como o manejo em pastos consorciados, a modelagem do crescimento de plantas forrageiras, os novos cultivares de plantas forrageiras e o manejo de corte do capim-elefante sob capineira.
Nefor
Criado em 1999 no Departamento de Zootecnia (DZO), o Nefor tem o compromisso de fornecer e difundir novos conhecimentos sobre os sistemas de produção de forrageiras tropicais. Atualmente, sua equipe é formada por vinte e cinco estudantes, incluindo integrantes da graduação e da pós-graduação, e quatro professores.