Nessa terça-feira (17) iniciou-se na Universidade Federal de Lavras (UFLA) o II Simpósio Sul-Mineiro de Nutrição Esportiva, organizado pelo Grupo de Estudo em Nutrição e Exercícios (Genex).
O professor do Departamento de Nutrição (DNU) Wilson César de Abreu ressaltou que o objetivo do evento é compartilhar ideias entre os estudantes e a comunidade externa sobre a nutrição esportiva.
O supervisor técnico do Centro de Treinamento Esportivo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cristiano Arruda Gomes Flôr, abriu a sessão de palestras explanando sobre a perda rápida de peso em esportes de combate. Cristiano fez considerações sobre a questão utilizando exemplos de atletas e com base em pesquisas que, até o momento, são inconclusivas sobre o assunto.
Logo após, o nutricionista esportivo Felipe Lice Teh Shang reforçou as ponderações de Cristiano e apresentou estratégias nutricionais para melhora do desempenho esportivo em esportes de combate.
Na quarta-feira (18), às 18h, haverá palestra com Guilherme Schweitzer sobre dietas low-carb e cetogênica no esporte. Às 19h10, André Heibel irá falar sobre o jejum intermitente na prática esportiva e, às 20h50, Jefferson Bitencourt irá abordar sobre o uso de antioxidantes na prática esportiva.
A primeira turma do Mestrado em Nutrição e Saúde assistiu à Aula Inaugural desse programa de pós-graduação da UFLA no dia 19 – uma palestra do professor Adriano Eduardo Lima-Silva, coordenador adjunto da área de Nutrição da Capes e docente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
O professor Adriano apresentou as políticas para a área, coordenação que foi criada em 2012 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além disso, forneceu orientações iniciais para a construção de um projeto de pesquisa competitivo. Como conselhos, enfatizou a importância da leitura para embasar o trabalho (muito além de apenas a pedida em sala de aula) e do desenvolvimento da criatividade. “O mestrado é um momento de inquietação e desconforto constantes”, afirmou, ao destacar os momentos de avaliação pelos quais a pesquisa passa.
O pró-reitor de Pós-Graduação da UFLA, professor Rafael Pio, falou sobre as dificuldades enfrentadas durante a pós-graduação e a importância do empenho individual. Também abordou a expansão dessa área na Universidade, bem como pela constante busca de fortalecimento. O coordenador do Departamento de Nutrição (DNU), professor Wilson César de Abreu, falou sobre a infraestrutura oferecida pelo Departamento, criado há dois anos.
Os estudantes também receberam as boas-vindas das professoras Lívia Garcia Ferreira e Isabela Coelho de Castro, coordenadora e coordenadora adjunta do Programa, respectivamente. Elas estiveram à frente da elaboração do projeto do Programa e, para a professora Lívia, a aula inaugural “marca um dia que ficará na história. Hoje se concretiza a realização de um sonho”.
Os demais docentes presentes foram convidados a se apresentarem e a falarem das disciplinas e projetos. Em seguida à abertura, a professora Lívia falou sobre o Regimento Interno do Programa; já a tarde foi dedicada a reuniões do professor Adriano com os docentes – uma delas para discutir os critérios avaliativos da Capes e outra, com a coordenação do Programa.
O programa conta com 16 docentes, sendo 13 efetivos e 3 colaboradores. Os professores são responsáveis por duas linhas de pesquisa: Alimentação e Nutrição Humana; e Nutrição Básica e Metabolismo. A primeira turma, composta por 15 mestrandos, é constituída por estudantes da área da saúde ou correlata de alimentos. A criação do Programa foi aprovada pela Capes no final de 2016.
Nos dias 13, 14 e 15 de abril será realizada, na Universidade Federal de Lavras (UFLA), a eleição para renovação do plenário 2014/2017 do Conselho Regional de Nutricionistas da 9ª Região (CRN9). Antes, nesta segunda-feira (6), será realizada uma mesa-redonda com as chapas candidatas à nova gestão. O evento ocorrerá das 17h às 20h, no Anfiteatro do Departamento de Agricultura (DAG/UFLA) e as inscrições podem ser feitas no SIG. Alunos do curso de Nutrição e profissionais de Lavras e região estão convidados a comparecer.
Realizado pelo Departamento de Nutrição (DNU/UFLA), o evento tem o intuito de promover esclarecimentos por meio da discussão de propostas. Mais informações podem ser obtidas com os professores responsáveis: Mariana Mirelle Pereira Natividade (35) 2142-2105 e Michel Cardoso De Angelis Pereira (35) 3829-1992; ou no site www.crn9.org.br.
Na UFLA, vegetarianos têm menores taxas de colesterol e não apresentam sinais de anemia. Taxas de glicemia e gordura corporal desses estudantes poderiam estar mais baixas.
A opção pelo vegetarianismo pode trazer muitos benefícios à saúde, desde que o indivíduo siga um cardápio balanceado, ingerindo todos os nutrientes que o corpo precisa. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Lavras (UFLA) analisou o estado nutricional e os hábitos de estudantes universitários vegetarianos, comparando-os com os onívoros (aqueles que comem carne). O resultado mostrou que os vegetarianos estão com as taxas de colesterol mais baixas e não apresentam anemia.
De acordo com o professor do Departamento de Nutrição (DNU), que orientou o trabalho, Michel Cardoso Angelis Pereira, os dados confirmam que é possível manter a saúde mesmo sem a ingestão de carne. No entanto, outros aspectos observados indicam a necessidade de os jovens vegetarianos darem mais atenção a uma dieta equilibrada. “Esperávamos encontrar, entre os vegetarianos, menores taxas de glicose (açúcar no sangue) e menor Índice de Massa Corporal (IMC), mas não foi o que ocorreu. As taxas estão bem próximas das encontradas no grupo que consome carne. A explicação pode estar no alto consumo, pelos estudantes, de produtos industrializados”.
Michel ressalta que os vegetarianos que participaram da pesquisa demonstram saber buscar a reposição de ferro em outros alimentos (já que não apresentam anemia). Eles também tiveram maior consumo de carboidratos, ácidos graxos insaturados e fibras, conforme era esperado pelos pesquisadores; no entanto, a vida corrida do ambiente universitário, muitas vezes longe da família, pode favorecer para o consumo de produtos que não colaboram para o projeto de vida saudável que tem o vegetariano.
A pesquisa foi desenvolvida ao longo de dois anos pela graduanda em Nutrição Alexandra Vieira Gonçalves, em conjunto com outras alunas da graduação e de pós-graduação da UFLA. Um grupo, formado por 29 estudantes vegetarianos da UFLA e de 29 estudantes que utilizam normalmente a carne na alimentação, foi voluntário para os estudos. Eles anotaram tudo o que ingeriram em três dias (dias alternados) e disponibilizaram as informações para a equipe de pesquisa. Assim, foi possível calcular a quantidade de nutrientes ingeridos. Exames bioquímicos e a análise de aspectos corporais (percentual de gordura e IMC) complementaram as análises.
“A principal contribuição do estudo é a evidência de que não é necessário comer carnes para manter a saúde, sendo possível buscar os nutrientes em outros alimentos. Mas quem faz a opção pelo vegetarianismo precisa ter uma preocupação adicional na manutenção da dieta equilibrada, sendo indispensável o acompanhamento de um nutricionista”, comenta o professor.
O fato de ser vegetariana e ter o desejo de contribuir com reflexões sobre o vegetarianismo e as dietas equilibradas motivaram Alexandra a fazer a pesquisa. “De maneira geral, percebemos que tanto vegetarianos quanto onívoros podem melhorar a qualidade da alimentação, aprendendo combinações de alimentos que ajudam a absorção dos nutrientes. Por isso, nossa intenção daqui para frente é oferecer atividades de educação alimentar e nutricional aos vegetarianos, com cursos, palestras, etc. Também pretendemos colaborar com sugestões para o Restaurante Universitário da UFLA”, diz Alexandra.
Mais sobre o vegetarianismo
A opção pela dieta vegetariana pode ter diferentes motivações. Questões éticas, por exemplo, levam o indivíduo a não concordar com a criação de animais para o abate ou a alegar que o meio ambiente pode sofrer danos com essas estruturas de produção para o consumo. Há também aqueles que abandonam a carne por considerar que ela pode favorecer doenças cardíacas, a incidência de câncer e outros problemas de saúde.
Professor Michel esclarece que os estudos sobre os malefícios que a carne pode causar ainda são contraditórios. “O que está comprovado é que o consumo exagerado desse alimento realmente não é bom. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também já alertou quanto ao perigo do consumo de embutidos, considerados agentes causadores de câncer”. Ele também diz que carnes e seus derivados são grandes fontes de gorduras saturadas e colesterol e, devido às formas de preparo, também acabam sendo uma das principais formas de consumo excessivo de sódio pela população. “Portanto, para quem consome carnes e seus derivados, é preciso ter mais prudência para não exceder no consumo do sal”, alerta.
“O vegetarianismo é uma opção viável para a manutenção da saúde”, constata o professor. Uma das principais vantagens para os vegetarianos é que eles acabam ingerindo quantidades superiores de substâncias funcionais (promotoras da saúde, encontradas em grãos, frutas e hortaliças, por exemplo), entre elas, os antioxidantes (que reduzem a ação agressiva dos radicais livres, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas doenças). O alto consumo de fibras também está relacionado com a prevenção de diferentes tipos de câncer, ajudam a reduzir a glicemia e a probabilidade de doenças cardiovasculares, além de melhorar o funcionamento do intestino.
Os riscos para o vegetariano ocorrem apenas se ele retira produtos de origem animal e não se preocupa em repor alguns nutrientes por meio de dieta equilibrada. Nesse caso, pode vir a apresentar anemias por deficiência de ferro e/ou vitamina B12, deficiência de proteínas e cálcio, o que pode levar à hipertensão e osteoporose, por exemplo. Isso é mais comum no caso do vegano (vegetariano que não consome também ovos, leite e seus derivados) que não usa meios adequados para reposição desses nutrientes.
O assunto também foi tema de matéria da TVU-Lavras (assista)
Com contribuição de Camila Caetano, jornalista e bolsista Ascom.
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) realiza de 17 a 19 de novembro a I Jornada de Nutrição (Jonufla). Na sua primeira edição, o evento contará com diferentes profissionais nutricionistas e da área de alimentos e saúde com o objetivo de trazer atualizações sobre o papel da nutrição nos dias de hoje e sua inter-relação com as ciências da saúde e dos alimentos.
Durante o evento serão realizadas palestras relacionando os temas: redução do consumo de açúcar, tecnologia de alimentos aplicada à nutrição, atualizações de nutrição clínica, experimental e em saúde pública, marketing pessoal e a nutrição em diferentes fases da vida e em situações especiais.
Programação:
17/11
18h – 19h / O papel do Conselho e a atuação do profissional
19h – 20h / Nutricionista na alimentação coletiva: aliando sabores e saberes
20h30 – 21h30 / Vivências no mercado de trabalho das nutricionistas recém-formadas na UFLA
18/11
18h – 19h / Adaptações hipertróficas frente ao papel do exercício e da alimentação
19h – 20h / Atendimento Nutricional ao Paciente Pediátrico
20h30 – 21h30 / Marketing pessoal
19/11
18h – 19h / Alimentação escolar: a experiência da cidade de São Paulo e o Prêmio Educação Além do Prato
19h – 20h / Modificações de óleos e gorduras
20h30 – 21h30 / Alimentação em oncologia
Valores das palestras e minicursos:
Palestras
Dia 26/10 a 29/10: R$ 20,00
Dia 3/11 a 13/11: R$ 25,00
Na semana do evento R$ 30,00
Possibilitar maiores oportunidades aos produtores da microrregião de Lavras. Este é um dos objetivos de uma pesquisa realizada pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) em parceria com o de Nutrição (DNU) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
O projeto, intitulado “Fortalecimento do pensamento e articulação cooperativista/associativista na microrregião de Lavras, MG”, recebe o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a coordenação da professora do DAE Nathália de Fátima Joaquim, além das docentes do DNU Mariana Mirelle Pereira Natividade e Maysa Helena de Aguiar Toloni.
No primeiro momento, foi realizada uma pesquisa na microrregião de Lavras para identificar potencialidades e barreiras para a atuação cooperativa em empreendimentos solidários. A professora Nathália explica que após o levantamento dos produtores rurais de Lavras e seu entorno, foi feita uma análise dos aspectos que seriam importantes de serem trabalhados em conjunto, propondo assim, novas alternativas a eles, além de orientá-los com relação à gestão de empreendimentos, técnicas de marketing e agregação de valor ao produto final. “Vamos até os produtores para identificarmos o que eles realmente precisam”, comenta.
Desta forma, nas cidades de Itutinga e Itumirim as professoras viram que, dentre outros aspectos, as feirantes necessitavam de novos produtos, com opções light, diet e integrais. Neste sentido, iniciaram a preparação de receitas que tivesse esse foco. Para concretizar o apoio às feirantes, quatro delas estiveram nesta terça-feira (22/9) na UFLA preparando os novos alimentos, com auxílio de professores e estudantes do DNU.
Todas as receitas foram disponibilizadas às produtoras por meio de uma cartilha. Agora, as feirantes podem preparar novos quitutes saudáveis para serem comercializados em suas cidades. “Várias pessoas chegavam até nós perguntando se não tínhamos quitandas light, salgados integrais. Algumas até comentavam sobre determinado açúcar que seria mais saudável, mas até então não sabíamos preparar esses alimentos. Com todo esse apoio que tivemos dos professores da UFLA, poderemos começar a prepará-los para vender ainda neste final de semana”, conta a feirante de Itutinga Maria Aparecida Custódio.
A professora Nathália relata que outras ações também serão realizadas, como um seminário com a finalidade de orientar ainda mais os pequenos produtores de Lavras e região.
A professora Flávia Maria de Oliveira Borges Saad, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (DZO/UFLA), apresentou duas palestras no México, entre os dias 10 e 11 de junho, em eventos de nutrição de cães e gatos.
No 5° Foro México sobre alimento para mascotas, o tema retratado pela professora foi os micro elementos fornecidos sob a forma inorgânica, que podem ter sua biodisponibilidade influenciada por outros nutrientes da dieta, como minerais, proteínas e carboidratos, e ainda por condições fisiológicas do próprio animal.
“Este fato levou à busca, nos anos recentes, de técnicas para desenvolver micro elementos mais estáveis e biodisponíveis, sob a forma de quelatados, justamente para favorecer determinados processos metabólicos e fisiológicos que normalmente não são realizados com capacidade plena, quando os micro elementos são fornecidos da maneira convencional” afirma Flávia Saad.
De acordo com a professora, o uso de minerais quelatados vem sendo destaque na nutrição animal no mundo inteiro e são as fontes de microminerais de eleição, em função de diversos fatores, dos quais ressalta:
absorção próxima a 100%; alta estabilidade; alta disponibilidade biológica; maior tolerância do organismo animal (menos tóxico); ausência de problemas de interações com outros macro e microminerais da dieta, o que pode acarretar na insolubilização de parte dos minerais; ausência de problemas de interações com outros nutrientes da dieta, como gordura e fibra, que podem formar ligações indesejáveis com os metais, insolubilizando-os.
A professora também participou do 2° Foro Latinoamericano de mascotas Alltech, em que ministrou uma palestra sobre como os componentes da dieta comum atuam no genoma, direta ou indiretamente, alterando a expressão ou estrutura gênica. “Alguns genes regulados pela dieta (e suas variantes normais) provavelmente desempenham um papel no início, na incidência, na progressão e/ou na severidade de doenças crônicas, tanto em humanos quanto em animais. Avanços da tecnologia da nutrigenômica e nutrigenética podem fornecer novas ferramentas para investigar a complexidade de muitas doenças e suas relações com nutrientes comuns na alimentação”, afirma a professora.
Flávia Saad explica que a Nutrigenética estuda como a constituição genética de um indivíduo afeta sua resposta à dieta, identificando e caracterizando o gene relacionado e/ou responsável pelas diferentes respostas aos nutrientes. Por outro lado, segunda a professora, a Nutragenômica, que surgiu no contexto do pós-genoma, estuda a influência dos nutrientes na expressão dos genes e como eles regulam os processos biológicos, tendo como foco de estudo a interação gene-nutriente, o que inclui também a nutrigenética.
“A nutragenomica aplicada a cães e gatos como modelos animais permite conhecer não só os genes que influenciam na saúde e longevidade destes, mas também fornece dados importantes para a pesquisa na genética humana, principalmente com relação a doenças genéticas humanas de caráter complexo”, conclui a professora.
Durante uma semana ,será desenvolvida uma campanha de conscientização de desperdício de alimentos no Restaurante da Universidade Federal de Lavras (RU/UFLA). O projeto extensão SOBRA ZERO é executado pelas alunas de Nutrição da UFLA Laryssa Teodoro e Iara Oliveira, orientado pela professora Mariana Mirelle e supervisionado pela nutricionista responsável pelo RU Emília Cristina Mões Oliveira.
De acordo com a professora Mariana, o projeto iniciou-se a partir de uma demanda que existia no RU para redução do resto-ingestão. “Sabe-se que o desperdício de alimentos produz sérias consequências sociais, ambientais e econômicas para o país. Alguns estudos indicam que a quantidade de alimentos desperdiçados pelos brasileiros diariamente seria suficiente para alimentar 10 milhões de pessoas, sendo que cada cidadão desperdiça, por ano, em média, 55 kg de comida”, relata Mariana.
Desde a segunda-feira (13/4), está sendo feita a distribuição de panfletos e fixação de cartazes referentes ao desperdício que há nos jantares do RU. “Vamos pesar diariamente, durante essa semana, o quanto de comida vai para o lixo, e posteriormente colocaremos esses valores diários em um quadro no RU. Iniciamos o projeto em setembro e voltamos para esse fato de desperdício, pois é um numero que vem crescendo cada vez mais”, afirma a aluna Laryssa.
Além disso, de acordo com Laryssa, na quarta-feira (durante o jantar) e na quinta-feira (no almoço e no jantar) uma pirâmide de alimentos in natura com 396 kg será exposta no restaurante. Esse valor representa a quantidade de comida que foi desperdiçada durante o mês de março. “Isso apenas com relação aos jantares do RU. Os desperdícios nas refeições do almoço costumam ser três vezes maiores”, comenta Laryssa.
Segundo a professora Mariana, o valor de 396 kg seria suficiente para alimentar 660 pessoas ou 164 famílias. “Esses dados reforçam a importância da realização da campanha para conscientizar o cliente do RU da necessidade de se servir com consciência. Embora o desperdício diário pareça ser pequeno, quando se pensa no volume final é possível perceber a quantidade de comida que é desperdiçada”, comenta a professora.
Para interagir com os alunos que frequentam o restaurante e incentivá-los a não desperdiçar alimentos será sorteada uma cesta de café da manhã para aqueles que postarem uma foto após a refeição mostrando o prato limpo, sem restos de alimentos, com a hashtag: #SOBRAZERO
Nesta terça-feira, 31 de março, celebra-se o Dia Nacional da Saúde e Nutrição. Para marcar a data, os estudantes do curso de Nutrição, da disciplina de Tópicos Avançados em Nutrição e Saúde Pública, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), trazem para a comunidade acadêmica orientações sobre alimentação saudável.
A iniciativa tem a coordenação da professora do Departamento de Nutrição Maysa Helena de Aguiar Toloni. Ela comenta que é preciso estar sempre atento aos rótulos dos alimentos, escolhendo os naturais, saudáveis e aqueles com menor quantidade de açúcar.
Na programação, são realizados diversos procedimentos, como avaliação nutricional e aferição de pressão arterial, além da distribuição de materiais educativos e uma demonstração sobre a real quantidade de açúcar presente nos alimentos industrializados mais consumidos.
A estudante de Engenharia de Alimentos da UFLA Milene Stefani de Carvalho, que decidiu participar da ação, ficou satisfeita com a iniciativa. “Nós, estudantes, na maioria das vezes, não comemos muito bem, por conta da correria do dia a dia, então, lanchamos na rua, o que acaba não sendo saudável. Com essa avaliação observamos a necessidade de mudar os nossos hábitos, como trazer para a faculdade lanches mais saudáveis.” conta Milene.
Durante a ação, os interessados têm a oportunidade de conhecer seu peso, sua altura, circunferência da cintura, e assim podem repensar a própria saúde, além de tirar dúvidas. Os resultados são entregues no momento da avaliação. Os alunos do curso de Nutrição realizarão o atendimento até às 17h, em uma tenda para este fim, próximo à cantina provisória da UFLA.
Maysa Helena ressalta que esses eventos são de grande valia aos estudantes de Nutrição, visto que, por meio do contato com a comunidade universitária eles conseguem vivenciar na prática o que foi ensinado na teoria. “Agora eles estão estudando a possibilidade de estender essas ações além do câmpus da UFLA, para auxiliar a população de Lavras como um todo”, afirma a professora.
O curso de Nutrição da Universidade Federal de Lavras (UFLA) é o segundo mais bem avaliado do país, de acordo com o Conceito Preliminar de Cursos (CPC), divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, do Ministério da Educação (Inep/MEC). O conceito dos cursos é um dos indicadores que compõem o Índice Geral de Cursos (IGC), pelo qual a UFLA está posicionada como a melhor Universidade de Minas Gerais pelo quinto ano consecutivo e como a terceira melhor do Brasil, considerando-se dados de 2013. Além do curso de Nutrição, que obteve conceito máximo (5) no CPC, os cursos de Educação Física, Zootecnia, Medicina Veterinária e Agronomia, também avaliados, obtiveram conceito considerado ótimo (4).
O CPC é calculado agrupando-se diferentes medidas de qualidade dos cursos, como a infra-estrutura e a organização didático-pedagógica, a avaliação do corpo docente e os resultados alcançados pelos concluintes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Os dois primeiros itens são apurados pelo Questionário do Estudante, preenchido pelos alunos concluintes e inscritos no Enade. Um indicador de considerável peso nos cálculos é a Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (NIDD), que leva em consideração a nota média dos ingressantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a proporção de ingressantes com pais que possuem ensino superior e a razão entre concluintes e ingressantes.
Em 2013 a avaliação englobou os cursos da chamada área verde (ciências da saúde e agrárias). A cada três anos, um grupo diferente de cursos é avaliado. Esta é a primeira vez em que o curso de Nutrição da UFLA, criado em 2009, obtém o conceito do CPC. Para o sub-chefe do Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA), professor Wilson Cesar de Abreu, o esforço conjunto explica o resultado. “Apesar de relativamente recente, o curso alcança uma conquista que é mérito e fruto da dedicação de professores, de estudantes e de servidores técnico-administrativos”, diz. “O apoio da Reitoria às nossas atividades também tem sido fundamental. Já temos hoje quatro núcleos de estudos, além de várias atividades de pesquisa e extensão”.
Ao todo, 245 cursos de Nutrição do país foram conceituados pelo CPC, e sete deles obtiveram conceito máximo. A primeira colocação foi da Universidade Paulista (Unip – São José dos Campos). A mesma instituição ocupa o terceiro lugar, com o curso oferecido em Araçatuba. Na quarta posição aparece o curso da Universidade Federal de Viçosa (UFV), seguido pelo da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Desempenho geral
Os outros quatro cursos da UFLA avaliados em 2013 também alcançaram colocações de destaque no cenário geral: Educação Física figura entre os 5% melhores; Medicina Veterinária aparece entre os 10% primeiros; Agronomia entre os 15% e Zootecnia entre os 20% mais bem conceituados no país. O CPC é um indicador prévio da situação dos cursos de graduação no Brasil. Caso a instituição esteja de acordo com o conceito obtido, o CPC irá se consolidar no Conceito de Curso (CC).
Para a reitora em exercício da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho, os resultados demonstram consolidação da qualidade que vem sendo construída na instituição ao longo dos anos. Apesar de ter havido mudança na forma de cálculo do CPC, o desempenho dos cursos da UFLA foi considerado muito bom. “Estamos ampliando nossa presença como universidade, expandindo a atuação em diferentes áreas do conhecimento e primando pelo desenvolvimento com qualidade – os resultados demonstram que precisamos continuar a investir nessas premissas”, diz.
No CPC, cursos com conceito 1 e 2 são automaticamente incluídos no cronograma de visitas dos avaliadores do Inep. Aqueles de conceitos maiores ou igual a 3 são os que atendem plenamente aos critérios de qualidade para funcionarem. Os cursos considerados de excelência, constituindo referência para os demais, estão no conceito 5.