Instituto Brasileiro de Paisagem – IBP, fundado em abril de 2014, realizou sua 1º reunião científica na Universidade Federal de Lavras (UFLA), nos dias 5 e 6 de agosto. Participaram da reunião a professora Patrícia Paiva (DAG/UFLA), o professor Rubens de Andrade (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), professor Afonso Zuin (Universidade Federal de Viçosa – UFV), professora Schirley Alves (Centro Universitário de Lavras – Unilavras) e Paulo Roberto da Silva (Ministério da Educação – MEC/consultoria).
Na pauta, além de assuntos ordinários, houve a discussão para elaboração do estatuto da entidade, com ênfase em seus objetivos em prol do desenvolvimento do paisagismo no Brasil. Finalizada essa etapa de elaboração do Estatuto, ele deverá ser discutido e submetido à aprovação dos associados-fundadores.
Paisagismo reconhecido
Outro tema em debate foi a proposta para que a profissão de paisagista seja reconhecida. Em tramitação na Câmara, o PL-2043/2011, do deputado Ricardo Izar (PV-SP), regulamenta a profissão de paisagista, que passará a ter registro próprio expedido pelo Ministério do Trabalho. Segundo a proposta, a atividade poderá ser exercida por diplomados em curso superior de paisagismo ou arquitetura da paisagem, expedido por instituições brasileiras e estrangeiras.
Caberá ao paisagista, segundo o PL 2043/11, elaborar projetos e estudos de áreas verdes, em ambientes abertos ou fechados, rurais ou urbanos. Também está entre as suas funções prestar consultorias a órgãos públicos e privados, elaborar pareceres, relatórios, planos e laudos técnicos sobre paisagismo, e exercer o magistério na área. O texto determina ainda que as entidades que prestam serviços na área de paisagismo, como órgãos municipais, deverão manter em seu quadro de pessoal, ou em regime de trabalho terceirizado, paisagistas legalmente habilitados.
O IBP já encaminhou ao MEC a proposta das Diretrizes Curriculares para os Cursos de Graduação de Paisagismo. Este é o primeiro passo para que as universidades expandam a oferta desses cursos. O primeiro Curso de Graduação de Paisagismo foi criado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1971, e reconhecido pelo MEC em 1979.
A UFLA mantém atualmente o curso de pós-graduação Agronomia/Fitotecnia, que mantém como uma das linhas de pesquisa o Paisagismo, sendo ofertados Mestrado e Doutorado. De acordo com o PL-2043/2011, o exercício da profissão somente será permitido aos graduados em paisagismo, arquitetura da paisagem ou composição paisagística. Porém, caso cursem pós-graduação nessas áreas, os formados em curso superior de Arquitetura, Urbanismo, Agronomia, Engenharia Florestal ou Artes Plásticas também poderão exercer o ofício.