Entre agosto de 2018 e julho de 2019, a Universidade Federal de Lavras realizará a maior expedição de conservação da biodiversidade brasileira. A Expedição Urubu na Estrada vai percorrer mais de 25 mil km para avaliar os efeitos de estradas, rodovias e ferrovias das Unidades de Conservação e espécies ameaçadas no País. A ação será realizada pelo professor do Departamento de Biologia Alex Bager, coordenador do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE).
A ação tem como objetivo produzir um diagnóstico didático, técnico e científico do real impacto das estradas, rodovias e ferrovias na biodiversidade brasileira. Os resultados serão convertidos em estratégias de conservação em nível local, regional ou nacional. As estratégias envolverão atores locais, órgãos de diferentes esferas políticas, pesquisadores e estudantes, entre outros.
Confira as entrevistas da TVU com o pesquisador Alex Bager e saiba mais sobre o projeto:
Acompanhe todo o trabalho da Expedição, por meio dos grupos abaixo:
Unidades de Conservação: destinado para analistas e gestores de Unidades de Conservação que são afetadas por impactos de estradas e/ou ferrovias. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser inclusa no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.
Espécies Ameaçadas & Rodovias “do mal”: destinado a projetos de conservação de espécies ameaçadas, centros de especializados, zoológicos que realizem ações de conservação ex-situ com espécies ameaçadas e afetadas por atropelamento ou regiões que sabidamente matam muitos animais. Clique nesta categoria se desejar se cadastrar e receber mais informações para ser incluso no roteiro da Expedição Urubu na Estrada.
Patrocínios e apoios: destinado a empresas, órgãos governamentais, associações, ou qualquer instituição que deseja apoiar a Expedição Urubu na Estrada. Nessa categoria também estão empresas e instituições que podem colaborar com serviços, bens de consumo e/ou equipamentos para a execução da Expedição.
Quero ficar informad@: se destina a todos que não se encaixam nas categorias anteriores, mas que desejam receber notícias dos avanços da Expedição Urubu na Estrada. Tanto na fase de organização, como durante sua realização.
Com o alerta aceso para a queda dos índices de vacinação no Brasil e no mundo, pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) desmistificaram um fenômeno sem base científica, mas que se populariza cada dia mais e ameaça a saúde: o movimento antivacinas.
O estudo, realizado por estudantes de graduação de Medicina, sob orientação da professora do Departamento da Saúde (DSA) Cynthia Silva, foi apresentado recentemente pela estudante Júlia Rezende Ribeiro no Congresso Mineiro de Pediatria, onde recebeu o prêmio Ennio Leão. Desenvolvido com apoio da Liga Acadêmica da Saúde da Mulher e da Criança (Lasamc/UFLA), a pesquisa foi elaborada a partir de 22 artigos sobre o tema publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, notas da Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações.
Júlia explica que, contrário ao que prega os partidários da não imunização, pesquisas científicas confirmam as conquistas da vacinação na prevenção de várias doenças e redução da mortalidade. “Graças às vacinas, doenças sérias e altamente contagiosas foram quase erradicadas. Algumas, como a varíola, praticamente não existem mais”, explica.
De acordo com Júlia , há diversos fatores que podem estar por trás do crescimento do movimento antivacinas. Um deles é o esquecimento de doenças sérias e fatais que foram controladas no passado pela imunização da população. “Algumas quase não são mais vistas hoje. Rubéola e a poliomielite, por exemplo, foram erradicadas no Brasil. Então, parte da população, principalmente aqueles que vivem em melhores condições socioeconômicas e de saúde, esquece dos benefícios da vacinação e enfoca apenas nos efeitos adversos”, critica.
Outro motivo da queda na vacinação é a disseminação de informações na internet. As redes sociais são um dos principais meios de propagação das ideias do movimento antivacinas, muitas vezes, atrelados a site e blogs com conteúdo de baixa credibilidade. “A população busca grande parte das informações médicas na internet, o que faz o movimento ganhar força entre os leigos no assunto. Por exemplo, pelo menos 13 mil pessoas integram um dos grupos fechados no Facebook sobre o tema”, informa.
Consequentemente, temerosos, muitos pais se recusam em vacinar seus filhos. As justificativas vão desde o medo das reações adversas da vacina, à crença de que a imunização adquirida com a doença seria melhor do que a adquirida com a imunização; além de que as políticas de vacinação são autoritárias e que as vacinas são fabricadas para gerar lucro para a indústria farmacêutica.
No Brasil
Nos últimos anos, o movimento antivacinas no Brasil vem arrebanhado seguidores e explica o porquê da queda da cobertura de vacinação para doenças como caxumba, sarampo e rubéola ano a ano. Dados apurados pela estudante da UFLA apontaram redução nas taxas de vacinação em muitos dos estados brasileiros. “A taxa de imunização das camadas mais ricas chega a ser menor que entre os mais pobres”, conta a estudante de Medicina.
A tendência preocupa autoridades públicas e profissionais da saúde por causar risco de surtos e epidemias de doenças fatais. “Quando uma pessoa deixa de ser vacinada, cria-se um grupo de pessoas suscetíveis a contrair a doença. Não é caso apenas de escolha pessoal, vira problema de saúde pública. Quem prefere deixar de se vacinar, coloca em risco aqueles que não podem ser imunizados, como pessoas com doenças imunossupressoras, crianças transplantadas e alérgicos a componentes das vacinas”, esclarece Júlia.
Foi o que aconteceu no Ceará e em Pernambuco entre 2013 e 2015. Por cerca de dez anos, o Brasil não tinha um único caso de sarampo autóctone (de origem local). Os poucos episódios decorriam de pessoas que vinham do exterior. Mas, em 2013, houve uma queda na vacinação de sarampo, seguida de um surto que se espalhou entre os dois estados.
O Brasil é reconhecido no mundo inteiro por seu programa de vacinação, que disponibiliza vacinas gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Criado em 1973, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi reforçado com a Constituição Federal de 1988, e, desde essa época, a cobertura das vacinas sem custos subiu de quatro para 27 tipos oferecidos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente ainda determina que os pais vacinem seus filhos de acordo com a faixa etária. “O problema é que o País não teve uma legislação firme. Se ninguém denunciar quem escolheu não se vacinar, a pessoa não é punida. É da autonomia de cada um”, avalia.
Movimento contagioso
O movimento antivacinas ganhou força no mundo a partir de 1997, quando o médico inglês Andrew Wakefield publicou um estudo que relacionava a vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo.
Vários estudiosos refizeram pesquisas científicas e nunca encontraram ligação entre essa vacina e o autismo. “Na verdade, foi provado por uma comissão de ética que o pesquisador fraudou dados de seu estudo”, lembra Júlia. Wakefield teve sua licença médica cassada e o estudo foi retirado das publicações.
No entanto, apesar do descrédito do estudo, a teoria se espalhou, sobretudo, na internet entre pais receosos de que a vacina pudesse causar problemas a seus filhos.
No Brasil, a onda antivacinas também ganhou visibilidade em 2014 quando, após vacinação contra HPV, algumas adolescentes associaram a imunização à paralisia dos membros inferiores. “Após estudos, não foi provada nenhuma relação entre os eventos de paralisia e a vacinação”, ressalta Júlia Rezende Ribeiro.
Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig
Edição do Vídeo: Mayara Toyama – bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
A casca fina tem cor amarelo claro. A massa carrega o sabor marcado pela leve acidez. Esse queijo, do tipo Minas artesanal produzido na região Serras daIbitipoca – que pertence à Zona da Mata e ao Sul do estado – era um dos prediletos dos poderosos do Brasil Colônia. A receita tem mais de duzentos anos. Mas foram resultados de uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que forneceram os requisitos para o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) iniciar o registro da iguaria. A conquista do reconhecimento, que está prevista para julho, deve incentivar a economia de 15 municípios e aumentar a competitividade do produto.
O procedimento foi subsidiado pelo levantamento histórico, caracterização da região e da relevância social do queijo de Minas artesanal na economia local, elaborado pela mestranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável e Extensão do Departamento de Administração e Economia da UFLA (DAE) Maria Dalva Pereira, em parceria com produtores rurais e prefeituras da região.
“Produzido desde o século XVIII, antes da criação da legislação sanitária e do crescimento dos laticínios no país, o tipo Minas artesanal maturado tinha grande relevância na região das Serras da Ibitipoca. Porém, com a proibição da produção de queijos com leite cru, os produtores da região caíram na informalidade”, explicou.
A falta de uma certificação desvalorizou o produto e desmotivou a produção do queijo tão tradicional. Com a regularização, o preço do tipo maturado vendido na informalidade pode saltar de R$ 25 a R$ 40. “É a forma de agregar valor e fazer justiça social para centenas de produtores. Esse queijo é o único sustento de muitas famílias”, ressaltou.
Desde 2002, normas estaduais possibilitaram a produção do queijo maturado, sem pasteurização do leite. Para se adequar às exigências atuais, os produtores terão que modernizar a produção. “No modo tradicional de fazê-lo empregava-se muita madeira, que hoje pode ser usada apenas na prateleira. São exigidos materiais que permitem a sanitização, como bancadas de inox ou pedra”, informou.
Turismo
O reconhecimento do queijo de Minas artesanal ainda abre um novo nicho para o mercado turístico entre vales e colinas da região das Serras da Ibitipoca: é a rota do queijo. “Para expandir as vendas, os produtores vão poder organizar um tour para visitantes pela propriedade”, frisou a pesquisadora.
Registro
Sonho antigo dos produtores rurais da região Serras da Ibitipoca, o registro beneficiará mais de 450 queijeiros que trabalham na informalidade. O título é concedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com a solicitação da portaria que regulamenta a atividade pelo presidente da Emater.
Após a obtenção do reconhecimento, os produtores recebem assistência técnica para regularizar a produção do queijo maturado a partir de boas práticas de ordenha, sanidade do rebanho, sanitização, adequação da infraestrutura local, entre outros. Além de aumentar lucratividade, o selo permite até a comercialização do queijo em outros países.
Sete microrregiões produtoras já se destacam quando o assunto é queijo de Minas artesanal com certificação de origem: Araxá, Campo das Vertentes, Cerrado, Serra da Canastra, Serra do Salitre, Serro, e Triângulo Mineiro.
Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Muito além do fator preço, os fatores institucionais – como a legislação e os costumes de um país – têm o poder de influenciar as relações econômicas. É isso que comprova a tese de doutorado “Os efeitos dos fatores institucionais sobre o desenvolvimento das economias cafeeiras”, de autoria de Eduardo Cesar Silva, apresentada à Universidade Federal de Lavras (UFLA) em junho de 2018, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA).
Orientada pelo professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, a pesquisa baseou-se nos conceitos da Nova Economia Institucional (NEI) e utilizou como metodologia a detecção de outliers em séries de tempo, ou seja, observações de valor atípico geralmente causadas por intervenções políticas, mudanças econômicas ou fenômenos meteorológicos.
No trabalho, foram analisadas as séries de exportação de café verde de 16 países concorrentes do Brasil: Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Congo, Costa do Marfim, Etiópia, Madagascar, Quênia, Tanzânia, Uganda, Índia, Indonésia e Vietnã. Também foram objeto de estudo as séries de produção de café de cinco estados brasileiros: Bahia, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais. “Foi possível comprovar que a instabilidade política, entre outros fatores, afeta negativamente a exportação de café. Além disso, programas governamentais de expansão da área cultivada foram responsáveis pela consolidação de algumas das principais regiões produtoras de café atualmente”, explicou o pesquisador.
Os resultados mostraram que, em determinados momentos e circunstâncias, ocorrem mudanças na estrutura das séries de exportação e produção, causadas por fatores institucionais. Como uma das constatações da pesquisa, Silva trouxe como exemplo os países africanos, cuja instabilidade política após a independência, marcada por ditaduras, golpes de estado e guerras, causou diversos outliers nas séries temporais. “Vários autores apontam que a situação precária de muitas comunidades é causada pela estrutura da cadeia produtiva, marcada pelo poder de mercado de algumas poucas empresas de exportação, importação e torrefação que deprimem os preços pagos pelo grão. Os resultados do estudo atestam que o ambiente institucional pode ser o fator preponderante, indicando um novo caminho: como construí-lo de forma inclusiva para que fomente o desenvolvimento não só da cafeicultura, mas da economia”, pontuou.
Com relação aos estados brasileiros, os resultados revelaram que os programas de renovação e ampliação de lavouras realizados nas décadas de 1960 e 1970 tiveram grande impacto sobre a produção das principais regiões cafeeiras do país. Os estados de Minas Gerais e Espírito Santo foram os que mais se beneficiaram desses programas e das novas tecnologias desenvolvidas posteriormente. “Esta pesquisa comprovou que o desenvolvimento da cafeicultura depende de um ambiente institucional estável e inclusivo, que gere segurança aos cafeicultores e fomente a pesquisa”, finalizou o pesquisador.
Ascom Inovacafé
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA) deu um passo a mais na descoberta de uma tecnologia que promete revolucionar a indústria de eletrônicos. O professor do Departamento de Física (DFI) da UFLA, Alexandre Cotta, descobriu inéditas interações entre materiais magnéticos e grafeno (uma nanoestrutura de Carbono), que se aplicadas aos discos rígidos de computadores os tornarão mais velozes e ampliarão a capacidade de armazenamento de informações.
A empreitada foi materializada no artigo “Significante interação o Dzyaloshinskii-Moriya em interfaces grafeno-ferromagneto devido ao efeito Rashba”, publicado na prestigiada revista Nature Materials, edição de maio (https://www.nature.com/articles/s41563-018-0079-4).
A pesquisa começou em 2013, quando o Alexandre Cotta, na época doutorando, acompanhou experimentos elaborados com grafeno de diferentes grupos de pesquisas no Brasil e no exterior junto ao Centro de Microscopia do instituto norte-americano de pesquisa Lawrence Berkely National Laboratory.
Para auxiliar na parte teórica do estudo, o pesquisador contou com a ajuda do vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2007, o físico francês Albert Fert, responsável pelo auxílio na elaboração da parte teórica da pesquisa.
Alexandre Cotta explica que o grafeno pode ser mais eficaz como condutor de eletricidade, e sua interação com materiais magnéticos gera pequenas mudanças em sua estrutura eletrônica, ampliando propriedades magnéticas e elétricas, o que aplicado aos processadores os tornará mais rápidos, resistentes e com maior capacidade de armazenamento de informações.
O sub-chefe do Departamento de Física (DFI), professor Joaquim Paulo da Silva, reforçou que a descoberta abre novos rumos na consolidação do curso e na internacionalização da universidade. “Contamos com um grupo de jovens professores que vem mostrando sua importância para o país, com a publicação de artigo científico numa revista desse porte, apoiado por um Prêmio Nobel. O potencial inovador dos nossos pesquisadores é muito grande e veio para consolidar o grupo da Física na universidade”, comemorou.
Pollyanna Dias, jornalista- bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) orienta que todos os 23 cursos de doutorado deverão realizar a seleção das teses defendidas no ano de 2017 para o Prêmio Capes.
O Programa deverá estabelecer uma comissão que irá realizar a avaliação, seguindo as recomendações do edital Prêmio Capes Tese 2018.
Os Programas deverão enviar o resultado da seleção da melhor tese defendida no ano de 2017 à Pró-Reitoria de Pós-Graduação até o dia 20 de junho de 2018, através do email: andreina.lima@prpg.ufla.br. Os Programas também deverão enviar as documentações para a Capes até o dia 27 de junho.
É válido destacar que as teses escolhidas serão avaliadas na Capes para o prêmio Tese 2018 e a melhor tese escolhida por cada Programa será premiada no Congresso anual da Pós-Graduação da UFLA.
As teses, para concorrerem ao Prêmio Capes de Tese, devem, necessária e obrigatoriamente, atender aos seguintes critérios de elegibilidade:
I- Estarem disponíveis na Plataforma Sucupira da Capes;
II- Terem sido defendidas em 2017;
III. Terem sido defendidas no Brasil, mesmo em casos de cotutela ou outras formas de dupla diplomação;
IV- Terem sido defendidas em Programa de Pós-Graduação que tenham tido, no mínimo, três teses de doutorado defendidas em 2017.
Cada Programa de Pós-Graduação deverá instituir uma comissão de avaliação, que terá as seguintes atribuições:
I- Verificar a adequação das teses inscritas aos critérios e ao elevado patamar de qualidade exigido para a premiação;
II- Decidir pela desclassificação das teses inscritas, se não atenderem aos critérios de seleção definidos no Edital;
III. Selecionar para indicação apenas uma tese vencedora;
IV- Elaborar uma ata da reunião, de acordo com as orientações do Item 4.1, Subitem I.
Na reunião da comissão de avaliação de cada curso de doutorado, deverão ser computados, no mínimo, três votos para a indicação da tese vencedora.
Serão utilizadas as seguintes diretrizes na escolha da melhor Tese:
I – Impacto da pesquisa para o avanço da inovação tecnológica, da cadeia produtiva, geração de produtos ou processos;
II – Qualidade da redação;
III – Artigos científicos aceitos para publicação ou publicados em periódicos de elevado fator de impacto e nos extratos A1 ou A2, segundo a classificação do Qualis Capes periódico, da área de avaliação o qual o Programa de Pós-Graduação está inserido;
IV – Redação da Tese, preferencialmente, integral ou parcialmente em língua estrangeira, desde que o título da Tese seja em língua estrangeira;
V – Parte da pesquisa resultante de estágio no exterior, na modalidade doutorado sanduíche;
VI – Originalidade e relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico ou social.
(A PRPG solicita que sejam considerados os Subitens I, IV e V, na escolha na melhor tese de cada Programa da UFLA).
A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (PRP/UFLA) informa que estão abertas as inscrições e renovações de bolsas de iniciação científica nas modalidades Pibic/CNPq e Pibiti/CNPq. O prazo para inscrições vai até 30/5, às 16h.
As bolsas na modalidade Pibic/CNPq concedem aos estudantes de graduação a oportunidade de atuar em projetos de iniciação científica; já as bolsas no sistema Pibiti/CNPq consistem na atuação em projetos de iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação. Ambas são desenvolvidas sob orientação de pesquisadores da UFLA.
Entre as exigências, o estudante precisa ter currículo Lattes atualizado; participar do curso de inglês “My English Online” ou possuir comprovante do Toefl ITP realizado após maio de 2016, com nota superior a 336, ou comprovante de proficiência em inglês; estar regularmente matriculado em curso de graduação da Universidade que tenha relação com o projeto de pesquisa apresentado na proposta; cadastrar seus dados no SIGAA e possuir coeficiente de rendimento acadêmico (CRA) igual ou superior a 60 (exceto estudantes matriculados no primeiro período).
Depois de selecionado, o estudante deve dedicar 20 horas semanais às atividades da bolsa, de maneira a cumprir o plano de trabalho estabelecido pelo orientador, mencionar a condição de bolsista do Pibic/CNPq ou Pibiti/CNPq nas publicações e apresentações das quais participar, apresentar os resultados da pesquisa no Congresso de Iniciação Científica (Ciufla) e enviar o relatório final no término das atividades.
Para renovação, o orientador precisa apresentar o relatório parcial das atividades realizadas conforme proposto no edital da bolsa em vigor.
Você se alimenta e lê texto ao mesmo tempo? Na hora da refeição usa smartphone? Essas duas práticas, comuns para muitas pessoas, podem aumentar a ingestão de alimentos no fim do dia e, assim, levar ao ganho de peso. O alerta é resultado de uma pesquisa do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), coordenada pelo professor Luciano José Pereira.
O estudo mostrou que quem come entretido com smartphone na hora do lanche consome 15% a mais de calorias, o que equivale, em média, a 79 calorias (um folhado de salsinha). Já a leitura de um texto faz subir pra 20% o número de calorias extras, isto é: 101 calorias (nada menos que dois filés de frango de 100 gramas cada um).
A pesquisa contou com a participação de 64 pessoas, com idades entre 18 e 40 anos. Luciano José Pereira explica que os voluntários participaram de quatro sessões. Na primeira, foi avaliado o perfil de mastigação de cada um. “Distribuímos bloquinhos de silicona, que é um material de moldagem em ortodontia, para enumerar quanto aquela pessoa mastiga até engolir, número de ciclos mastigatórios e o grau de fragmentação da matéria”, conta.
Na sequência, a equipe ainda mediu o IMC (Índice de Massa Corporal) dos voluntários e levantou as preferências alimentares dos participantes durante o lanche da tarde. Em um laboratório, estudantes em jejum por, no mínimo, quatro horas receberam um lanche com variedade de frutas, pães, biscoitos, chocolate, água, entre outros. A quantidade que eles comeram também foi medida. “Em sessões aleatórias, cada pessoa fez uma alimentação sem nenhuma distração, outra lendo um texto de revista e também usando o smartphone”, conta.
Segundo o professor, os resultados comprovam que pessoas comem mais quando estão distraídas porque o indivíduo tem dificuldade de perceber as mensagens químicas que o corpo envia para mostrar que está satisfeito. “Pode parecer pouco o aumento de 15% ou 20%, mas, se considerar que esse padrão é repetido várias vezes ao dia e no mês, o valor é significativo”, ressalta.
Contrário ao que muita gente acredita, a pesquisa não apontou interferência do tipo de mastigação na quantidade de comida ingerida.
Sobrepeso
Durante o lanche, smartphone e texto são obstáculos ainda maiores na alimentação de quem está com sobrepeso. Para quem come e usa celular ao mesmo tempo, a diferença é de 53 calorias extras entre quem está com o IMC normal e quem está acima do peso ideal – um total de 615 calorias na refeição. O número salta para 83,7 calorias extras quando a atenção de quem tem IMC superior está presa na leitura – no total, foram 656 calorias.
As mulheres também se mostraram mais propensas a saborear alimentos gordurosos, enquanto os homens preferiram carboidratos.
Pesquisa do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) comprovou os benefícios de uma nova técnica utilizada para alimentar gado de corte e de leite no País: a silagem de espiga de milho. Testes apontaram que a alternativa garante uma dieta rica em fibras e estimula a mastigação dos animais. Com o procedimento, o resíduo da palha do milho ainda prepara o solo para plantio.
Os produtores rurais já investem na plantação de milho para a produção de silagem (alimento fermentado à base de milho). Mas, se antes era usado planta inteira, grãos úmidos ou reconstituídos, o diferencial da nova tecnologia está na extração da espiga de milho por uma plataforma despigadora adaptada à máquina autopropelida.
Segundo o professor do DZO, Thiago Bernardes, que estuda o processo há oito meses, a silagem de espigas garante uma ração que, além dos grãos, inclui palhas e sabugo. O composto aumenta a concentração de fibra na dieta dos ruminantes. “Hoje, a pecuária intensiva tem utilizado alimentos que não promovem a mastigação do animal. Então, a composição proposta pela pesquisa da UFLA pode suprir essa necessidade”, recomenda.
Outra vantagem é a quantidade de colmo e folha que permanece no campo após a colheita. “O resíduo tem sido aproveitado como palha para o sistema de plantio direto e como fonte de potássio para o solo”, afirma o pesquisador.
A técnica ainda facilita o dia-a-dia do médio e grande produtor rural. Alugada por aproximadamente R$ 500 por hectare, a máquina colhe e processa as espigas, além de armazenar o composto no silo. “Não há necessidade de maquinário específico para a colheita de grãos, como ocorre com a silagem de grãos úmidos ou a necessidade das operações de adição de água e moagem (grãos reconstituídos)”, acrescenta.
Para chegar aos resultados, pesquisadores da UFLA coletam amostras do milho ensilado em fazendas do sul de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
Pesquisa
A originalidade do estudo do Departamento de Zootecnia da UFLA, em destaque na revista do setor publicada na Alemanha Maiskomitee, está nos ajustes da tecnologia para a realidade do campo brasileiro. Isso porque a silagem de espiga de milho nasceu na Itália na década de 1960, migrou para os Estados Unidos e chegou às propriedades rurais brasileiras há apenas cinco anos. “Até então, o produtor reproduzia as recomendações técnicas dos norte-americanos e europeus. O objetivo da pesquisa é detectar se a silagem de espiga é viável do ponto de vista econômico e técnico para os produtores brasileiros”, informa o professor do DZO, Thiago Bernardes.
Os produtores rurais desconheciam, por exemplo, o percentual de umidade da espiga necessária para evitar perdas na silagem, que deve ser de 35%. O estudo busca solucionar dois problemas ainda encontrados pelos pecuaristas e agricultores no País: tipos de híbridos de milhos mais adequados para a silagem de espiga e os efeitos da umidade da espiga sobre moagem a conservação da ração.
Para isso, pesquisadores da UFLA testam quais híbridos são mais recomendados para a silagem de espiga de milho em território nacional. “Estudamos mais de 100 tipos de híbridos tendo em vista a viabilidade econômica das sementes, controle de pragas, entre outros fatores”, comenta o pesquisador.
Indústria brasileira de milho
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e o segundo maior exportador, atrás apenas dos Estados Unidos. O plantio do milho cresceu nas últimas décadas, principalmente no uso de ração para gado, já que o país é o maior exportador mundial de carne.
A silagem, a base de milho, tem sido uma alternativa para alimentar o rebanho no mundo inteiro. Por isso, produtores rurais investem na plantação de milho para a produção de silagem, principalmente para superar os transtornos da seca e degradação dos pastos.
Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
O professor Gasperim Ramalho de Souza, do Departamento de Estudos da Linguagem (DEL), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi convidado pelo pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Arizona (ASU, EUA), professor Alfredo Artiles, a participar do Grupo de Pesquisa intitulado Sociocultural Research Group.
Durante a sua visita, o professor Gasperim falou de suas atividades de ensino e pesquisa na UFLA bem como sua pesquisa de doutorado que relaciona o ensino de inglês e a inclusão. Além disso, ele frisou a importância da internacionalização das pesquisas acadêmicas e intercambialidade para a formação de professores e alunos.
O professor Gasperim está na ASU desde janeiro fazendo cursos de liderança internacional, tecnologias, educação inclusiva, letramentos e realizando docência em uma escola pública do país. Além de sua formação continuada, o professor tem buscado realizar parcerias para que docentes da ASU possam ministrar palestras e/ou cursos na UFLA.