Entre os dias 19 e 21 de outubro foi realizado em Bogotá, na Colômbia, o Cafés de Colombia Expo 2017. O professor do Departamento de Engenharia (DEG) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Fábio Moreira, esteve presente para apresentar o projeto de pesquisa do qual é orientador, em parceria com o professor Carlos Eduardo Silva Volpato (coorientador) e com o estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Engenharia Agrícola Miguel Ángel Díaz Herrera.
O professor Fábio abordou a revolução no processo produtivo agrícola desde a invenção dos motores, com o qual a maioria das máquinas agrícolas se move. Ele afirma que esse foi um marco para aumentar a produtividade no campo; porém, devido ao aumento da população mundial e o crescimento da procura por alimentos, os agricultores estão cada vez mais sob pressão para garantir a produção, ainda mais com o agravante da redução da mão de obra rural.
Fábio ressaltou as pesquisas desenvolvidas na UFLA sobre o desenvolvimento de máquinas agrícolas seletivas, em que os derriçadores portáteis, junto com a habilidade de manejo do operador, selecionam os frutos maduros. Na ocasião, o projeto de doutorado de Miguel foi aprovado integralmente.
“As menores inclinações das áreas de produção são mais suscetíveis à mecanização”, afirma Fábio. Nesse sentido, demonstrou os parâmetros de desempenho operacional da mecanização da cafeicultura brasileira e explanou sobre o terraceamento das lavouras em áreas mais inclinadas no Brasil. “Essa prática permite utilizar máquinas portáteis, pequenos tratores e triciclos para o manejo da lavoura no método sanitário do cultivo e na colheita semimecanizada” – concluiu.
Em um momento em que a Federação Nacional de Produtores de Café (FNC) está explorando maneiras de tornar a coleta seletiva de café mais eficiente na Colômbia, Moreira alertou que os solos vulcânicos do país podem ser um complicador para o terraceamento, devido a problemas de erosão, e sugeriu atenuações nesse sentido.
Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.