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Programa de Pós-Graduação em Tecnologias e Inovações Ambientais teve primeira defesa nesta semana

primeira-defesa-invacoes-ambientais1O Programa de Pós-Graduação em Tecnologias e Inovações Ambientais, modalidade Mestrado Profissional, teve sua primeira defesa de dissertação. A pesquisa, de autoria de Beatriz Terezinha Rosa, deu origem a um roteiro metodológico para certificação da cafeicultura familiar no sul de Minas. A defesa ocorreu na segunda-feira (21/7), no Anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf).

A abertura dos trabalhos foi realizada pelo pró-reitor de Pós-graduação em exercício, professor Tadayuki Yanagi Junior, e pela coordenadora do Programa, professora Adelir Aparecida Saczk. A professora Adelir agradeceu a todos que vêm colaborando para o desenvolvimento do Programa e comemorou o fato de os processos seletivos virem recebendo número crescente de inscritos. Na última seleção, foram 58 candidatos para 15 vagas. Ela ressaltou que profissionais de diferentes regiões do país  têm manifestado interesse pelas linhas de pesquisa desenvolvidas no Programa.

Já o professor Tadayuki lembrou as etapas que são necessárias para a estruturação de um programa de pós-graduação, considerando a primeira defesa como “a efetivação processual da formação de um pós-graduando, o que traz benefícios para ele próprio, para o Programa e para a nação”. Ressaltou o grande esforço necessário em cada uma das etapas e o desafio da consolidação, que agora se apresenta ao Mestrado Profissional em Tecnologias e Inovações Ambientais.

O fato de a Universidade Federal de Lavras (UFLA) possuir hoje 32 programas de pós-graduação, sendo sete deles na modalidade mestrado profissional, também foi citado pelo professor Tadayuki, que destacou, ainda, a importância do caráter multidisciplinar do mestrado em Tecnologias e Inovações Ambientais. “Os temas tratados neste Programa vão ao encontro de demandas nacionais e das políticas ambientais nas quais a UFLA vem investindo”.

Criado no início de 2012, o Programa de Pós-Graduação em Inovações e Tecnologias Ambientais teve o ingresso da primeira turma em dezembro daquele ano. Atualmente, são 27 estudantes matriculados e um corpo docente com 100% de doutores, sendo 17 professores permanentes e 5 professores colaboradores, o que envolve os departamentos de Química (DQI), Ciências Florestais (DCF), Engenharia (DEG) e Ciências do Solo (DCS).

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Beatriz Terezinha Rosa, acompanhada dos professores da banca.

O tema da defesa

A Associação dos Agricultores Familiares de Santo Antônio do Amparo (Afasa) foi o objeto da dissertação defendida por Beatriz, sob orientação do professor do Departamento de Ciências Florestais (DCF) Luís Antônio Coimbra Borges e co-orientação do pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas Sérgio Parreiras Pereira.

A então mestranda Beatriz, considerando a demanda do mercado por produtos mais sustentáveis e a importância atribuída a processos de certificação que agregam valor ao produto, aplicou um questionário semiestruturado a 31 produtores da Afasa, com o objetivo de identificar seu perfil e o emprego de boas práticas agrícolas em suas propriedades. Entre as muitas variáveis pesquisadas, estavam a existência de registro para a quantidade café vendido, a armazenagem correta de produtos fitossanitários, o respeito ao tempo de seca do café, o emprego de estratégias de conservação do solo, entre outros.

Com base nos resultados, ela construiu um roteiro metodológico a ser utilizado pela Associação para busca da certificação Fair Trade. Ao final, visitou cinco propriedades ligadas à Associação para testar a aplicabilidade do instrumento e encontrou boa aceitação.

Beatriz considera que o produto final de seu trabalho resulta em transferência de tecnologia para o produtor. Graduada em Biologia, com especialização em cafeicultura, Beatriz diz que o fato de protagonizar a primeira defesa gerou nela o anseio em poder atender às expectativas de todos, mas mostrou-se segura. “Tive uma boa orientação, e isso foi essencial”, diz. Ela atualmente é bolsista da Fapemig e atua na Agência de Inovação do Café.

Na banca, além do orientador e do coorientador, estavam a professora Sara Maria Chalfoun de Souza, ligada à Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), e o professor do Departamento de Ciências Florestais (DCF) José Luis Pereira de Resende.

Mestrado Profissional em Genética e Melhoramento de Plantas teve a primeira dissertação defendida

image017O Mestrado Profissional em Genética e Melhoramento de Plantas da Universidade Federal de Lavras (UFLA) atribuiu o primeiro título de mestre a um aluno do Programa. A defesa da dissertação aconteceu no dia 12 de fevereiro, no auditório do Anfiteatro 2 do Departamento de Biologia (DBI). Orientado pelo professor João Cândido de Souza, Fabiano dos Santos Ferreira ingressou na primeira turma do curso, em 2012.

A avaliação que Ferreira faz do Programa é boa. Ele enfatiza a capacitação dos professores. “Aprendemos muito, não só o com o conteúdo das disciplinas, mas com o exercício do pensamento crítico e da nossa capacidade analítica, sempre estimulados por professores muito preparados”, relata. Ele também conta que os conhecimentos adquiridos ao longo dos dois anos de curso já contribuíram para elevar o nível do trabalho na empresa em que atua – a Dow Agroscience. Pelos resultados, Ferreira afirma que valeu a pena o esforço de sair de Maringá, no Paraná, para participar das atividades do curso.

O relato de Ferreira vai ao encontro do objetivo principal do Programa, que é o de promover a qualificação de recursos humanos que atuam em empresas e necessitam de treinamento para realizar tarefas relacionadas a programas de melhoramento de plantas.

Na solenidade de abertura, a mesa de honra foi composta pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação, professor Alcides Moino Júnior, que representou o reitor da UFLA (professor José Roberto Scolforo); pelo sub-chefe do Departamento de Biologia (DBI), Renato Gregorin; pelo coordenador da Área de Ciências Agrárias I da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Moacir Pasqual; pelo coordenador do Mestrado Profissional em Genética e Melhoramento de Plantas, professor José Airton Rodrigues Nunes e o pelo principal idealizador do curso, professor Magno Antônio Patto Ramalho.

 

O Programa

Considerado pioneiro no Brasil na área de Genética e Melhoramento de Plantas, na modalidade Mestrado Profissional, o Programa tem hoje 21 alunos, todos de empresas privadas. O coordenador enfatiza que a procura de profissionais pelo curso tem crescido bastante. Atualmente, a seleção é anual e são disponibilizadas 12 vagas. O Programa tem conceito 4 atribuído pela Capes, avaliado por ele como um índice louvável para um Mestrado Profissional.

O professor Ramalho, ao falar sobre a criação do curso, destacou que foi preciso coragem para enfrentar o desafio de criar um programa novo, com uma nova mentalidade. “Tivemos todo o apoio dentro da UFLA, mas algumas resistências na Capes”. Foi preciso persistir. “O grupo de Genética acreditou, e hoje estamos assistindo ao sucesso de um curso que vem atendendo aos seus objetivos iniciais”. Ele destaca quatro desses objetivos:  contribuir para ampliar o número de melhoristas existentes no Brasil, treinando profissionais que já trabalham nas empresas e não possuem os conhecimentos básicos de Genética e Melhoramento de Plantas; estreitar o relacionamento da Universidade com as empresas; contribuir para a solução de problemas  apresentados pelo mercado e promover a troca de experiências entre alunos que já têm vivência profissional e os que estão no mestrado acadêmico, muitas vezes vindos diretamente da graduação.

Para o representante da Capes, professor Moacir Pasqual, esses objetivos coincidem exatamente com aqueles preconizados pela Coordenação para mestrados profissionais.  Ele elogiou a iniciativa da UFLA. “Nossa expectativa é de que este Programa torne-se uma referência na área”, acrescentando a informação de que hoje há 230 programas na área de Ciências Agrárias e só 15 são mestrados profissionais. O desejo da Capes é receber muitas propostas na área e poder aprová-las. Para isso, é necessário que os projetos sejam bem preparados.

Já o Pró-Reitor de Pós-Graduação afirmou que a equipe com a qual trabalha já pensa em mudanças para valorizar os programas de mestrado profissional dentro da estrutura institucional, considerando a importância que eles têm alcançado e a alta demanda de empresas por esses cursos. Atualmente, a UFLA oferece sete cursos de mestrado profissional.

 

 A primeira dissertação

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Com o título “Consequências da piramidação de transgênicos por meio de hibridação”, a dissertação defendida por Ferreira tem o objetivo de mostrar que não é necessário nenhum novo processo de liberação comercial quando se obtém um híbrido de milho de dois ou mais eventos transgênicos via hibridação-melhoramento clássico. A informação pode contribuir para reduzir o custo das sementes híbridas, devido à eliminação da necessidade do processo de liberação comercial do novo híbrido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A próxima defesa do Programa está agendada para 24 de março.