Em março de 2015, o reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), professor José Roberto Scolforo, nomeou uma comissão especial para o estudo e dimensionamento de pessoal da Universidade. Após ações internas de avaliação, nessa terça e quarta-feira (15 e 16/9), membros dessa comissão reuniram-se com representantes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) para o compartilhamento de experiências sobre o processo de dimensionamento realizado desde 2010 na instituição.
De acordo com a diretora de Gestão de Pessoas da UFLA, Cristina dos Santos Dias Daúd, presidente da comissão para o dimensionamento, os estudos sobre o tema e a complexidade exigida na avaliação apontam que essa será uma tarefa árdua e de longa duração. “Convidamos os profissionais da UFTM para nos orientar nessa tarefa, já que eles concluíram o processo e podem indicar os melhores caminhos”, considerou.
A experiência do processo de dimensionamento de pessoal da UFTM foi apresentada pela diretora de Desenvolvimento de Pessoas, Patrícia Ribeiro Costa, e pelo assessor em Gestão de Recursos Humanos, Tiago José Chaves Touso.
Eles ressaltaram que o dimensionamento vem atender aos dispositivos legais do Decreto Nº 5.825 e as necessidades institucionais de parametrização e planejamento da força de trabalho do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação. De acordo com o Decreto, “dimensionamento” é o processo de identificação e análise quantitativa e qualitativa da força de trabalho necessária ao cumprimento dos objetivos institucionais, considerando as inovações tecnológicas e modernização dos processos de trabalho no âmbito da Instituição Federal de Ensino (IFE).
A UFTM iniciou o trabalho de dimensionamento em 2010 e o primeiro relatório foi finalizado em 2012. Atualmente, a comissão realiza a atualização dos dados referentes a um conjunto aproximado de 600 técnicos administrativos do quadro efetivo. O dimensionamento envolveu também cerca de 400 profissionais terceirizados. Inclui-se nesse processo o levantamento geral por ambiente organizacional, por unidades e áreas.
Para Patrícia Costa, a dificuldade maior sentida na UFTM é que não havia um sistema específico para o levantamento, feito de forma manual e com visitas em todos os setores da Universidade. Todavia, revela muitos benefícios do levantamento, como importante ferramenta para identificar a força ideal de trabalho necessária para cada setor e para gestão de recursos humanos. Como resultado secundário, o dimensionamento favoreceu até mesmo a construção de um Banco de Talentos, com o perfil de todos os servidores.