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Mais de 350 pessoas participaram na UFLA do Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas

De 24/5 a 26/5 foi realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a quarta edição do Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas (IV SBDN). No total, mais de 350 pessoas participaram das atividades, que envolveram oficinas, minicursos, mesas-redondas, palestras e conferências. Além do público acadêmico, profissionais que atuam em redes de saúde de Lavras e região tiveram a oportunidade, por meio da programação, de ampliar seus conhecimentos sobre  doenças como leishmanioses, hanseníase, arboviroses (que incluem, por exemplo, dengue, zika, febre chikungunya e febre amarela), doença de chagas, helmintoses (ascaridíase, teníase e esquistossomose são exemplos), sífilis e HIV.

O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Renato Vieira Alves, esteve na cerimônia de abertura e realçou a importância do intercâmbio entre academia e sociedade para controle e prevenção dessas doenças. “Designamos doenças negligenciadas, mas é o público afetado por tais doenças que, na verdade, é negligenciado; isso porque são as populações socialmente mais vulneráveis que estão mais expostas aos riscos. Por isso, não basta investir em cura e tratamento. É necessária uma atuação mais sistêmica e completa. Nesse ponto, a parceria com as universidades é uma saída fundamental”. Esta edição do SBDN teve justamente um tema focado nessa perspectiva: Reconstruindo a ponte entre a academia e a sociedade.

Para a vice-reitoria da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho, a extensão e a importância que o Simpósio alcançou são indicativos do avanço da UFLA em uma nova área do conhecimento e da qualidade com a qual esse avanço vem se dando. O chefe do Departamento de Saúde (DSA/UFLA), Thales Augusto Barçante, lembra também a importante missão do evento, ao colaborar com a formação dos estudantes e colocá-los em interação com os profissionais que estão nas redes de saúde.

De acordo com a presidente da comissão executiva Simpósio, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, 51 palestrantes e moderadores, de diferentes regiões do País, juntaram-se à UFLA e aos participantes na tarefa de debater um tema relevante para a saúde pública.  “Apesar de todos os problemas relacionados ao transporte, em meio à paralisação nacional, o evento superou positivamente todas as nossas expectativas: membros da equipe organizadora, participantes e palestrantes ultrapassaram os obstáculos e a programação científica foi cumprida integralmente, com pequenas adaptações nos horários. Ao final, o saldo foi extremamente positivo. Os palestrantes convidados elogiaram muito quesitos como receptividade, acolhimento, programação científica, organização e espaço físico da Universidade. Foram especialmente importantes para nós os comentários dos participantes acerca das ações de extensão que temos desenvolvido na área, pelas quais criamos um intercâmbio de conhecimentos muito grande com os profissionais dos programas de saúde da família, da unidade de pronto atendimento da cidade e dos hospitais. O projeto Minuto da Saúde e a comunicação com a sociedade demonstraram que, na UFLA, estamos conseguindo realmente fazer essa ponte tão necessária entre Universidade e sociedade”, resume Joziana.

Por eleição, ficou definido que o prêmio ofertado aos melhores trabalhos do Simpósio será denominado “Prêmio Carlos Chagas”. Nesta edição, três trabalhos de apresentação oral e três da modalidade de apresentação em pôster foram agraciados. O evento registrou 140 trabalhos inscritos.

Um pouco da programação

Entre as 27 atividades do IV SBDN estava a mesa que tratou do tema “Populações negligenciadas – abordagens inovadoras”, tendo como palestrantes professores da UFLA. Conheça pouco do conteúdo discutido nesse momento do evento:

População rural

A professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Miriam Graciano explicou que as doenças negligenciadas acabam replicando, em populações atingidas, ciclos de pobreza e desenvolvimento infantil deficitário. “A maioria das doenças negligenciadas são transmissíveis por parasitas ou infecções, colocando em risco a saúde, sobretudo, da população rural que não tem acesso à água tratada, esgoto sanitário e coleta de resíduos”, salientou.

Para ilustrar a gravidade do problema, a médica informou que exames feitos em mais de 1.200 moradores da zona rural de Alfenas, no sul de Minas Gerais, apontaram que 60% deles sofriam de intoxicação crônica e insuficiência hepática . “Os estudos evidenciaram  alto índice de mutagenicidade de células cancerosas, o que nos faz pensar que o principal motivo é o uso incorreto de agrotóxicos”, disse.

Indígenas

 A professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Débora Cristina de Carvalho trouxe a tona o impacto da barreira cultural entre a medicina tradicional e a crença dos indígenas. “O maior problema é a reprodução de protocolos médicos universais dos quais os agentes de saúde têm extrema dificuldade de traduzir para o indígena”, frisou.

A socióloga colocou em pauta a necessidade de restabelecer a ponte entre a academia e a sociedade. “Para a população indígena ter acesso à saúde, professores e estudantes da área precisam ampliar a responsabilidade social e adotar o lugar do senso comum, dos saberes tradicionais”, argumentou.

Patentes

Segundo o professor do Departamento de Direito e coordenador-geral do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), Fellipe Guerra, a indústria farmacêutica despreza a busca por remédios para tratar as doenças negligenciadas devido ao alto custo das pesquisas e desenvolvimento dos fármacos  para atender as áreas pobres do planeta. “A patente é o estímulo fundamental para o interesse da empresa. Mas, infelizmente, a legislação brasileira acatou os interesses da política de patentes dos Estados Unidos. Para nós, é extremamente difícil inovar e, quando conseguimos, a logística de produção e distribuição. Como resultado, exportamos conhecimentos em forma de artigo científico e importamos medicamentos”, explicou.

Para Renato Vieira Alves, do Ministério da Saúde, é fundamental ampliar o acesso das populações de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aos remédios eficientes que já estão no mercado para tratamento das doenças negligenciadas.

Assista à matéria da TVU sobre a abertura do IV SBDN

Clique e assista também a íntegra da cerimônia de abertura e da palestra de encerramento (O trabalho dos Médicos sem Fronteiras em vigilância epidemiológica de Doenças Negligenciadas) 

Doenças Negligenciadas

As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) afetam, todos os anos, milhões de pessoas no mundo, principalmente de baixa renda. Causadas por vírus, bactérias, vetores e protozoários, esses males, muitas vezes, são consequências da falta de moradia e de saneamento básico. 

Tais enfermidades estão mais presentes do que se imagina: dengue, zika, chikungunya e leishmaniose são apenas algumas das doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como negligenciadas. Acesse o texto com informações mais detalhadas sobre as doenças negligenciadas.

No canal da UFLA no YouTube é possível saber um pouco mais sobre algumas das doenças negligenciadas, sobre doenças que agravam as doenças negligenciadas e vacinas (clique na miniatura e acesse os vídeos do Núcleo de Divulgação Científica):

Textos: Ana Eliza Alvim, Pollyanna Dias

Fotos: Laís Diniz, Melissa Vilas Boas e Pollyanna Dias

Matéria TVU: Laís Diniz e Melissa Vilas Boas

 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

 

 

   

 

Lanchonete e restaurante do Centro de Convivência têm alteração no horário de funcionamento durante suspensão de atividades acadêmicas

A Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão (Proplag) comunica sobre o funcionamento da lanchonete e do restaurante do Centro de Convivência durante o período de suspensão das atividades acadêmicas ocasionada pelas consequências da paralisação nacional dos caminhoneiros.

Será praticado o horário previsto para períodos de férias: segunda a sexta-feira, das 6h30 às 18h (exceto feriados).

O restaurante Saúde e Cia não funcionará na sexta (1º/6) e no sábado (2/6).

No sábado (2/6), a lanchonete conhecida como Cantina do Saulo também não funcionará. 

*Informações atualizadas em 30/5

 

Funcionamento das portarias da UFLA nesta semana

As portarias 2 (entrada das Goiabas) e 3 (do SindUFLA) estarão disponíveis das 6h às 19h30, apenas para pedestres até quarta-feira (30/5). De quinta-feira (31/5) a domingo (3/6) estarão fechadas até para pedestres. Isso devido à limitação de combustível no setor de vigilância para realizar a ronda móvel. 

Já a entrada principal estará disponível das 6h à meia-noite para pedestres e veículos todos os dias. 

Nota da Reitoria da UFLA- ponto facultativo para técnicos, funcionários e docentes

Prezados membros da comunidade da UFLA,

Devido ao agravamento das condições de locomoção na cidade, inclusive com o decreto de estado de emergência publicado pela Prefeitura Municipal de Lavras, e com a total falta de perspectivas de abastecimento dos postos de Lavras e região (com combustíveis de toda espécie), a Diretoria Executiva realizou ainda hoje (28/5) uma nova pesquisa, constatando que com o aumento da precariedade e insegurança das condições de locomoção das pessoas para chegar a seus postos de trabalho na UFLA e pelo esforço hercúleo de nossa comunidade de técnicos, funcionários e docentes, integralmente comprometidos com o trabalho e o desenvolvimento institucional, e face às notícias divulgadas no período noturno desta segunda-feira (28/5), as quais deixaram claro que não haverá condições mínimas de locomoção, é necessário estabelecer:

  1. Ponto facultativo nos dias 29/5, 30/5 e 1/6;
  2. Manter em funcionamento na Instituição os serviços essenciais, exemplificando alguns como: Diretoria de Comunicação; Restaurante Universitário; transporte emergencial; almoxarifado; estação de tratamento de água; estação de tratamento de esgoto; tratamento de animais; Hospital Veterinário e Clínica Cirúrgica; irrigação de plantas e experimentos; serviços de internet; gestão da informação e banco de dados básicos na DGTI; vigilância; serviços de manutenção emergencial e também o Núcleo da Direção Executiva, composto pelos pró-reitores e diretores acadêmicos e administrativos. Com relação aos serviços de zeladoria e manutenção, a definição ficará a cargo do pró-reitor da Proinfra.

Por fim, estaremos avaliando permanentemente a situação para tomadas de novas decisões se necessárias.

Solicitamos a todos que busquem informações constantemente no site oficial da Instituição.

José Scolforo

Reitor

UFLA suspende atividades acadêmicas, processos seletivos e concursos até quarta-feira (30/5)

Diante da continuidade do movimento nacional de paralisação dos caminhoneiros e do consequente desabastecimento na região, as atividades acadêmicas (graduação e pós-graduação), os processos seletivos e concursos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estarão suspensos até às 23h59 de quarta-feira (30/5). O transporte interno não circulará nesse período.

A suspensão das atividades acadêmicas só ocorre porque o comparecimento de um grupo expressivo de estudantes que moram em cidades vizinhas torna-se inviável, segundo levantamento feito pela Pró-Reitoria de Graduação (PRG).

O Restaurante Universitário (RU) também continuará servindo o almoço, apenas com adequações no cardápio, levando em consideração os alimentos em estoque. Em substituição ao jantar, continuará sendo oferecido o marmitex, durante o horário regular de almoço (as atividades no período noturno serão normalizadas quando as aulas retornarem). O setor de recarga de cartões funcionará normalmente.

As portarias 2 (entrada das Goiabas) e 3 (do SindUFLA) estarão disponíveis das 6h às 19h30, apenas para pedestres até quarta-feira (30/5). De quinta-feira (31/5) a domingo (3/6) estarão fechadas até para pedestres. 

A cada dia será feita uma reavaliação do quadro. Todos os servidores, terceirizados e estudantes da UFLA devem acompanhar o portal da Instituição (www.ufla.br/portal), pois qualquer atualização, referente a essa situação, poderá ser divulgada a qualquer momento. Toda a comunidade acadêmica deve acompanhar. 

É necessário ressaltar que a nota oficial que vale é a divulgada no portal da UFLA

*Atualizada às 10h50 do dia 29/5

Veja tambémhttp://www.ufla.br/dcom/2018/05/28/nota-da-reitoria-da-ufla/

Já está disponível a primeira edição do Jornal UFLA de 2018- acesse a versão digital

A Diretoria de Comunicação (DCOM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) já disponibilizou a versão digital da primeira edição do Jornal UFLA deste ano. Acesse o conteúdo pelo link: https://bit.ly/JornalUFLA 

Uma edição de conquistas

Começar algo novo e complexo, como uma escola infantil pública e gratuita, em um cenário de desafios para o Brasil, é a demonstração de uma gestão ousada, responsável e voltada para o bem-comum e a justiça social. Essa foi apenas uma das conquistas históricas da Universidade Federal de Lavras neste ano. As aulas iniciaram-se em fevereiro e, por meio do Núcleo de Educação da Infância (Nedi), muitos sonhos de pais e crianças de toda a comunidade de Lavras e região poderão ser concretizados.

Também teve início, no primeiro semestre deste ano, o novo curso de Pedagogia Bilíngue Português-Libras semipresencial (licenciatura), que visa a atender a demanda de formação de professores na educação de crianças surdas do País.

Driblar todas as adversidades para possibilitar mais oportunidades à sociedade é um dos deveres de uma instituição pública. Por isso, essas conquistas não são destinadas apenas à UFLA, e sim a toda a nossa comunidade.

Tendo em mente esse objetivo, outro projeto também é destaque nesta edição. As ações de combate à Leishmaniose Visceral em Lavras, que são realizadas desde 2013. Agora, a novidade é que a UFLA, em parceria com a Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFMT), teve um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemig) em edital Universal. As principais finalidades são a implantação de um novo método para diagnóstico rápido da doença e teste de um aplicativo de celular desenvolvido pela UFTM, que tem a função de ajudar as equipes de saúde na agilidade do diagnóstico. A parceria da UFLA com as outras entidades ligadas ao projeto serve como parâmetro de controle da doença em todo o território nacional.

Outro motivo para ser comemorado é a concretização de um sonho da Diretoria de Comunicação: o Núcleo de Divulgação Científica, que tem obtido resultados positivos, também em parceria com a Fapemig. Diversas pesquisas desenvolvidas na Instituição têm chegado à sociedade por meio de uma ampla divulgação no site e nas redes sociais da UFLA, além da veiculação em demais meios de comunicação, como: G1, EPTV, Bom dia Minas, Record, Alterosa e, ainda, jornais da cidade. É o conhecimento gerado na Universidade sendo compartilhado com todos da comunidade.

Além de todas essas novidades relatadas, podemos e devemos enaltecer projetos já fortalecidos na UFLA, como o Plano Ambiental, que completa 10 anos de atuação, com mais de 135 mil mudas de espécies arbóreas nativas plantadas em todo o câmpus, com o objetivo de proteger as nascentes e as áreas de preservação permanentes da Universidade. Hoje, o câmpus conta com 15 nascentes, responsáveis por abastecer toda a demanda de água da Instituição, gerando uma significativa economia de quatro milhões de reais por ano.

Ter uma edição com tantas conquistas históricas e poder compartilhar projetos em crescente ascensão é a comemoração de uma vitória conjunta, que só é possível devido ao envolvimento de toda a nossa comunidade acadêmica. Cada pequena ação faz toda a diferença no avanço da nossa Instituição. 

Nota da Reitoria: novas orientações sobre suspensão das atividades serão publicadas na segunda-feira (28/5)

Diante da continuidade do movimento nacional de paralisação dos caminhoneiros e do consequente desabastecimento na região, a Direção Executiva da Universidade Federal de Lavras (UFLA) orienta toda a comunidade universitária a acompanhar o Portal da Instituição e as páginas oficiais da UFLA nas mídias sociais.

Será realizada nova avaliação da situação, para definição sobre como ficarão as atividades acadêmicas e administrativas da Universidade nos próximos dias.

A previsão é de que nova nota, com orientações, seja publicada nesta segunda-feira (28/5).

Acesse aqui as informações sobre a suspensão das atividades acadêmicas da UFLA publicadas na última quinta-feira (24/5)

New Chance Peace Race Brasil é adiada para 17/6

Em consequência da paralisação nacional no setor de transportes, a New Chance Peace Race Brasil – corrida que seria realizada na UFLA no próximo domingo – foi adiada para o dia 17/6. A decisão relaciona-se à dificuldade de entrega de produtos e materiais que serão utilizados na corrida, além da falta de combustível que impede o transporte interno e outros serviços contratados.

A Associação dos Esportistas de Lavras e Região (Asdela) e o Circuito Unificado de Corrida de Rua de Lavras informam que todos os inscritos para o evento possuem a vaga garantida para a nova data. Aqueles que não puderem comparecer poderão solicitar o ressarcimento da inscrição até o dia 30 de maio ou realizar a transferência para outro participante. Clique aqui para saber mais.

A Fundação New Chance é uma organização humanitária não-governamental com base na Noruega que acolhe crianças vítimas da guerra e dos conflitos armados no leste da RDC. Nesta edição, a corrida é promovida em prol da paz na República Democrática do Congo (RDC), arrecadando fundos para ampliar as ações e atender ainda mais crianças que vivem em situação de risco.

Na UFLA, a atividade é organizada com a colaboração da Coordenadoria de Esportes e Lazer da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) e do projeto de atletismo Cria Lavras. A iniciativa marca a retomada da realização de corridas no câmpus da Universidade.

Página do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1910009582384957/permalink/1936561499729765/

Empreendedorismo na escola: uma nova etapa do projeto

O projeto Empreendedorismo na Escola, atuante desde 2015, já contemplou quinze escolas, da rede pública e privada de Lavras. Foram apresentados conhecimentos teóricos e práticos sobre o empreendedorismo, assunto que para muitos ainda soa como desconhecido. Os alunos sempre foram incentivados a começarem a refletir suas realidades e propor medidas inovadoras para problemas que possam estar dentro da vivência de cada um, tendo como objetivo, estimular o espírito empreendedor em cada uma das crianças.

A coordenadora do projeto, professora Daniela Meirelles Andrade, destaca que o projeto passará por uma nova etapa. “Após análise dos resultados obtidos em cada escola, chegamos a conclusão que é hora de aprofundar mais o assunto. Assim, para atender a esse propósito optamos por concentrar as atividades em uma escola da cidade e realizar um trabalho de imersão com esses alunos, o que envolverá desde conhecimentos relativos aos elementos fundamentais do empreendedorismo, considerando as características que um empreendedor deve ter até a formulação de um modelo e plano de negócios”. Com esse novo enfoque, espera-se que ao final do projeto os alunos possam futuramente empregar o conhecimento aprendido em suas vidas pessoais e nas comunidades em que estejam inseridos.

A escola escolhida foi a Paulo Meniccucci, onde o contato já foi iniciado, a fim de envolver os diferentes atores, quais sejam: diretora, supervisora, professores e alunos. A nova fase do projeto se iniciará em agosto de 2018 e serão contempladas três turmas do nono ano. “Será uma versão piloto e ao final esperamos realizar uma feira dos empreendedores mirins na UFLA”, destaca Daniela. 

Colaboração direta de Stephan Araújo Costa e Daniela Meirelles Andrade

Reunião aproxima produtores Fairtrade e comunidade acadêmica da UFLA

Mais uma importante ação integrou a programação da Semana Fairtrade (Comércio Justo) na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Nessa quinta-feira (24/5), no auditório da Agência de Inovação de Café (InovaCafé), organizações pertencentes à Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair) e seus representantes junto às cooperativas e associações de café e suco de laranja com certificação Fairtrade puderam estreitar laços com a comunidade acadêmica da Universidade, expondo suas principais necessidades.

Na ocasião, onze cooperativas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Paraná estiveram representadas. A reunião foi proposta dentro do projeto “Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo”, por intermédio da Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFair) e da Coordenadora Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (CLAC), com o apoio da InovaCafé.

A iniciativa teve como principal objetivo promover a aproximação da teoria e da prática, em uma via de mão dupla: de um lado, os produtores com sua experiência e as associações/cooperativas certificadas como objeto de estudo; de outro, a Universidade, como propagadora dos conceitos de comércio justo e produtora de conhecimentos na área.  

Presente à abertura, o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, João José Granate de Sá e Melo Marques, mostrou-se satisfeito com a realização do evento. “Fazemos questão de promover momentos de interação como este, mostrando a relevância da universidade pública para a sociedade que a financia. Somos abertos às mais diversas parcerias e, caso possuam problemas em que possamos colaborar para a sua resolução, oferecemos um corpo de especialistas bastante forte nas mais diversas áreas”, afirmou.

O diretor da InovaCafé, professor Luiz Gonzaga de Castro Junior, corroborou as palavras do pró-reitor, ressaltando o importante e histórico papel da UFLA junto aos produtores rurais. “Nós trabalhamos no background, gerando grande parte da extensão que chega até o produtor. Mas pretendemos melhorar ainda mais essa capilaridade, contribuindo através de parcerias que se abrem, ainda mais, a partir de hoje”.  

O presidente da BRFair e da Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Renato Teodoro, apresentou dados que atestaram a relevância econômica e social do Fairtrade no país. “Contabilizamos 44 organizações de pequenos produtores, somadas a cinco plantações de fruta, e 27 mil famílias envolvidas no processo.

Em 2017, somente na área da cafeicultura, foram vendidas 330.970 sacas pelo Faitrade”. Teodoro ainda informou que os produtores Fairtrade arrecadaram um prêmio de mais de US$ 8 milhões no último ano e que o total de vendas de produtos com certificação (café, suco de laranja, fruta em natura e processada, mel, castanha do pará e soja) foi de US$ 67 milhões.  

O professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) e coordenador de Inovação e Parque Tecnológico da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec), Paulo Henrique Leme, resumiu o resultado da reunião. “A partir de agora, a BRFair vai consolidar as demandas do que foi debatido, elaborando um documento em que constarão os eixos de trabalho que são de comum interesse entre Universidade e produtores. Com esse alinhamento, estudaremos como proceder, avaliando se as demandas poderão se tornar projetos de pesquisa, extensão ou parcerias”, explicou. Segundo ele, o documento será público e há a intenção de que seja estruturada uma rede de pesquisas baseadas nas demandas e nos projetos que surgirão.  

Semana de Cafés Certificados

Até esta sexta-feira (25/5), na Cafeteria Escola CafEsal, estão sendo servidos cafés em diferentes métodos de preparo das seguintes cooperativas certificadas: Cooperativa dos Cafeicultores do Sul do Estado do Espírito Santo (Cafesul), Cooperativa Regional Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas do Povo que Luta (Coorpol), Cooperativa Mista Agropecuária de Paraguaçu (Coomap), Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo (Coopfam) e Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança (Dos Costas).

A Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar (Coperfam) também está presente por meio de suco de laranja certificado, que está sendo harmonizado com café.  

Sobre o Fairtrade

O Fairtrade contribui para o desenvolvimento sustentável ao proporcionar melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores. Trata-se de uma parceria comercial, baseada no diálogo, na transparência e no respeito, visando maior equidade no comércio internacional. Além disso, busca-se contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul.  

Ascom InovaCafé