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BRFair, CLAC e UFLA realizam Semana FairTrade em comemoração ao Dia do Comércio Justo

Em maio, mais especificamente no segundo sábado do mês, é comemorado o Dia Internacional do Comércio Justo. Com o intuito de celebrar a data, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediará, nos dias 21 a 25, uma série de atividades envolvendo o projeto “Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo”. A iniciativa será coordenada pela Associação das Organizações de Produtores Fairtrade do Brasil (BRFAIR) e pela Coordenadora Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Trabalhadores do Comércio Justo (CLAC), em parceria a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) e a Cafeteria Escola CafEsal. 

A programação terá início no dia 21, na CafEsal, com a Semana dos Cafés Certificados Fairtrade. Ao longo de toda a semana, será ofertado um cardápio especial com cafés de diferentes produtores servidos em métodos especiais de preparo. A Sugestão da Barista (opção de bebida à base de café que varia semanalmente) também será diferenciada, por meio da harmonização de suco de laranja com certificação FairTrade com os cafés da semana.  

Os dias 22 e 23 serão destinados a reuniões de organizações certificadas e de pequenos produtores. Já no dia 24, no anfiteatro da InovaCafé, acontece reunião da comunidade acadêmica com os produtores da BRFAIR e de associações de cafeicultores e produtores de laranja vinculados ao Fairtrade, apresentando demandas e ideias relacionadas à área de pesquisa e extensão, de acordo com a necessidade de suas cooperativas, comunidades e organizações. À tarde, haverá a culminância das atividades na Cafeteria CafEsal.      

A UFLA é reconhecida pelas suas ações focadas em sustentabilidade e é considerada a instituição de ensino mais sustentável da América Latina. Em 2014, a BRFAIR e a CLAC iniciaram seu relacionamento com a universidade, apresentando o projeto de Universidades Latino-Americanas pelo Comércio Justo. Após cumprimento de alguns critérios, a UFLA foi reconhecida pelo comitê internacional como a primeira Universidade pelo Comércio Justo do Brasil.  

Sobre o Comércio Justo (Faitrade)

O Fair Trade contribui para o desenvolvimento sustentável ao proporcionar melhores condições de troca e a garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado. Trata-se de uma parceria comercial, baseada no diálogo, na transparência e no respeito, visando maior equidade no comércio internacional. Além disso, busca-se contribuir para o desenvolvimento sustentável, por meio de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores à margem do mercado, principalmente no Hemisfério Sul.

Ascom InovaCafé

UFLA recebe Swami Ramananda em palestra sobre paz e compaixão em tempos de conflito

Na última segunda-feira (14/5), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) recebeu o monge americano de Yoga, Swami Ramananda na palestra “Cultivando a paz e compaixão em tempos de conflitos”, realizada no Anfiteatro do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA).

Na ocasião, o palestrante abordou sobre como os ensinamentos e práticas do Yoga podem auxiliar as pessoas a encontrar solo firme em meio a tantas turbulências do mundo, tornando-as consciente dos seus medos e conflitos internos, para assim fazer as pazes com seu próprio coração e transmitir essa mensagem de paz.

Swami Ramananda é um monge do Yoga Integral reconhecido mundialmente, que tem se dedicado à prática por mais de 40 anos. Atualmente mora na cidade de Buckingham, Virginia, nos Estados Unidos.

A palestra contou com a presença de cerca de 80 pessoas de Lavras e região, sendo arrecadados alimentos não perecíveis, bem como roupas e calçados, que foram destinados para entidades filantrópicas da cidade.

O evento foi promovido em parceria com o projeto da UFLA de “Yoga e Qualidade de Vida”, coordenado pela professora do DAE, Viviane Santos Pereira e o Centro de Yoga Integral Satchidananda (CYIS).

Interessados em acompanhar outras informações podem solicitar a participação no grupo Yoga na Capela do Facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA, com colaboração da professora do DAE, Viviane Santos Pereira.

Pint of Science: festival leva ciência e inovação aos bares de Lavras

A primeira edição na cidade envolveu cerca de 600 pessoas durante três noites de palestras, debates e diversão

A primeira edição do Pint of Science lotou os estabelecimentos durante as três noites de evento

Lugar de ciência não é apenas na Universidade. Entre os dias 14/5 e 16/5, a UFLA promoveu o Pint of Science – maior festival de divulgação científica do mundo –, levando o debate sobre ciência e tecnologia para bares de Lavras. Durante as três noites, as atividades gratuitas foram realizadas, simultaneamente, nos estabelecimentos Barão Steakhouse e UaiMaki, levando à comunidade novos conhecimentos e a oportunidade de debater com pesquisadores de diversas áreas. O festival aconteceu em 21 países e em 56 cidades brasileiras.

Entre os temas das palestras estiveram a ciência do café, a inteligência artificial e o desenvolvimento de robôs, as tecnologias do futuro, a biodiversidade das cavernas, os mistérios do espaço sideral e os nano-satélites, além da apresentação dos futuros empreendimentos da UFLA voltados para inovação tecnológica e para a saúde e bem-estar da comunidade lavrense: o Lavrastec – parque científico e tecnológico – e o Hospital Universitário.   

O secretário de Cultura de Lavras, Alexandre Belo, prestigiou e parabenizou o evento. “A construção do conhecimento é feita continuamente. Trazer um evento de Ciência e Tecnologia para um espaço em que a cultura está sempre presente é uma iniciativa que certamente vai gerar bons frutos. Dessa forma, a ciência pode alcançar toda a nossa comunidade”, explicou.

Para a estudante de Engenharia Florestal, Laura Ribeiro, conhecer sobre um tema diferente, em um local descontraído como o bar, permite a interação de todos. “Achei sensacional. Mal começou e já quero outras edições. O debate aqui extrapola o conteúdo abordado em sala de aula”, contou a graduanda, que assistiu à palestra sobre buracos negros e nano-satélites.

O pequeno Luca e os pais se divertiram e aprenderam mais sobre biodiversidade nas cavernas

E até quem buscava lazer com a família se surpreendeu positivamente com a chance de conhecer mais sobre a ciência das cavernas. Foi o caso da advogada Letícia Pedroso e do empresário Daniel Carvalho, que juntos do pequeno Luca, de 4 anos, assistiram à palestra sobre biodiversidade em ambientes cavernícolas. “Achei bem interessante, inclusive para o Luca, que gosta muito de animais. Com essas ações, a comunidade pode ficar sabendo o que é feito dentro da universidade e sobre as novidades de outras áreas de estudo, que normalmente não temos acesso”, ressaltou Letícia.

Primeira edição em Lavras superou expectativas

Foi a primeira vez que o Pint of Science foi realizado em Lavras, e o desafio da organização ficou a cargo do professor do Departamento de Física (DFI/UFLA), José Alberto Casto Nogales, e da equipe do projeto “A Magia da Física e do Universo”, que já promove atividades similares de divulgação científica em bares e restaurantes, como o evento “O trem da ciência”. De acordo com Nogales, o festival na cidade superou expectativas, envolvendo 600 pessoas nos três dias de atividades. 

Parte da equipe organizadora e palestrantes no último dia do Pint of Science

A estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária, Jhenifer Silva Honorato, é integrante do “A Magia da Física e do Universo” há três anos e considerou uma oportunidade ímpar participar da organização de um evento internacional. “O Pint of Science tem um objetivo muito  importante de compartilhar a ciência. Fiquei feliz em ver o local cheio e as pessoas participando, fazendo perguntas e interagindo com os professores”, contou.

Fotos e texto com a colaboração de Ana Eliza Alvim, Camila Caetano, Mayara Toyama, Karina Mascarenhas e Pollyanna Dias

 

Arduino Day 2018/Lavras será realizado neste sábado na UFLA

 O Grupo de Pesquisa NanoMat do Departamento de Física da Universidade Federal de Lavras (DFI/UFLA) promoverá o Arduino Day 2018 – Lavras, no próximo sábado (19/5), das 8h às 18h, no Anfiteatro do DFI. Na sua segunda edição, o evento contará com palestras, minicursos e espaços para mostra de projetos e troca de experiências.

O evento marca o aniversário da plataforma Arduino,  uma ferramenta aberta e livre para o desenvolvimento de projetos de hardware e software. Com ele, é possível, por exemplo, realizar projetos de robótica e automação residencial. Na data ocorrem eventos simultaneamente em vários lugares do mundo, organizados pela comunidade de aficionados com o Arduino ou pelos seus fundadores.

O dia será destinado a palestras, conversas e minicursos para os diversos níveis de conhecimento sobre o assunto. A programação ainda contempla uma automação de tarefas por meio de programação de microcontroladores. Os participantes terão a oportunidade de expor projetos na área e os três melhores ainda serão premiados em dinheiro: 1º lugar- R$300; 2ª lugar- R$150; 3º lugar- R$50.

O Arduino Day é gratuito e aberto a toda a comunidade. Os interessados em participar devem se inscrever aqui. Acesse a programação na imagem acima. 

Mais informações podem ser obtidas no site ou no evento no Facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA.

Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira dá início às atividades da Expocafé 2018

 O 9º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira deu início, nessa terça-feira (15/5), à programação da Expocafé 2018, realizada na cidade de Três Pontas/MG. Organizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), por intermédio do professor do Departamento de Engenharia, Fábio Moreira da Silva, e de equipe técnica da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig/Lavras), o evento permitiu o intercâmbio de informações sobre tecnologias e produção mecanizada, por meio de palestras vinculadas ao tema central “Manejo mecanizado e colheita seletiva visando à qualidade do café”.  

O simpósio reuniu pesquisadores, professores, universitários, técnicos e cafeicultores de diversos estados brasileiros.   O dispositivo de honra foi composto pelo professor Fábio Moreira da Silva, o diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo José de Paula Júnior, a responsável da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café), Roseane Vilela, e o coordenador técnico da Expocafé e pesquisador da Epamig, César Elias Botelho.  

Idealizador do simpósio em 2010, Fábio Moreira referiu-se à Expocafé como “a maior feira da cafeicultura mundial com foco em manejo de lavoura, colheita e toda a tecnologia destinada à melhoria da produtividade do café no Brasil”. Em sua fala de abertura, o professor ressaltou o avanço da cafeicultura em termos tecnológicos. “A atividade, hoje, está mais moderna e renovada, permitindo que a safra seja mais estável. Temos muito o que comemorar em termos de avanços, mas é preciso que momentos como este aconteçam para que possamos debater, aprender e crescer sempre mais, sobretudo em um momento em que a demanda por cafés especiais aumentou substancialmente”, destacou.  

Trazilbo José de Paula Júnior, por sua vez, mencionou a importância do tema cafeicultura para a Epamig, sendo um dos 12 programas de pesquisa da instituição. “Estamos cada vez mais convencidos do importante papel das tecnologias agrícolas e da inovação em todas as etapas, do plantio à pós colheita. O dia de hoje é fundamental para que conheçamos os resultados do que vem sendo realizado, de forma muito proveitosa”, disse.     

Palestras

Após os pronunciamentos, foi aberto o ciclo de palestras. A primeira delas, “Tecnologia de preparo do solo e plantio do cafeeiro”, ministrada por Daniel Veigas Soares, da Reagro, trouxe exemplos de lavouras mecanizadas, destacando fatores como o alinhamento de plantio, com maior comprimento de rua em linhas que facilitam a atuação das máquinas. “Buscamos sempre o bom plantio, o preparo adequado do solo e uma carga equilibrada de produtividade ao longo dos anos”, informou.  

O palestrante mencionou a necessidade de um planejamento prévio, que envolve, antes da preparação do solo, definição de área, variedade, maturação, espaçamento, época do plantio, entre outras necessidades. Ele também explicou sobre a sistematização do terreno, com o cumprimento de etapas que abrangem a aplicação de calcário, se necessário, a passada de grades pesada e leve, a subsolagem e a detecção do ponto de umidade do solo. Ele ainda trouxe informações relativas a plantadeiras e apresentou um exemplo de dimensionamento de máquinas e mão de obra com vistas à melhor organização da atividade.    

O consultor e engenheiro Hélio Casale foi o responsável pela segunda palestra do dia, intitulada “Diferentes manejos para sustentabilidade econômica”. Sua apresentação teve início com a seguinte definição: “O café é uma cultura que dá estabilidade ao proprietário, à economia da região, distribui melhor a renda, ocupa mão de obra na seca, não é perecível e valoriza o solo que ocupa”.

Em termos de manejo, Casale citou quatro tipos. Segundo definiu, o manejo dos matos é feito para manter o solo sempre recoberto de matos mortos ou semimortos, visando reduzir a erosão superficial, regular a temperatura do solo, manter a biodiversidade vegetal e aumentar o teor da matéria orgânica do solo.   O manejo das águas é realizado de forma a cuidar para que toda a água de chuvas ou de irrigação fique retida, sendo lentamente cedida para as plantas, evitando estresse que causa a interrupção do crescimento normal. Já o manejo das plantas objetiva manter hastes verticais com desbrotas logo após a colheita e um repasse em fevereiro de cada ano, visando o Índice de Áreas Foliar (IAF) ideal. Por fim, o manejo equilibrado da fertilidade prevê a análise do solo a cada dois anos, assim como das folhas, que deve acontecer antes de cada adubação e da florada principal.  

Dando sequência às palestras, o engenheiro agrônomo da UTZ-Certified, Eduardo Sampaio, trouxe a temática “Desafios e soluções para a cafeicultura do Brasil em relação às variabilidades climáticas”. Segundo ele, ao produzir cafés é preciso levar em consideração pontos como fraquezas, fortalezas, ameaças e oportunidades. “Como fraquezas ressalto a questão da união, o pouco conhecimento dos concorrentes e das tarifas internacionais e a desconexão entre urbano e rural”, disse. Como fortalezas, foram citados fatores como tradição, pesquisa, clima, cadeira organizada, maquinário, produção e processamento e mercado interno.  

Já em relação às ameaças, Sampaio mencionou o uso intensivo de insumos, temperaturas extremas, radiação excessiva, legislação trabalhista não atualizada, qualidade de mão de obra e custo da terra. Quanto às oportunidades, teve especial menção a demanda por cafés especiais. Como adequações à variabilidade climática, foram destacados o melhoramento genético e plantas modificadas, novas metodologias de implantação/manejo e melhoria da condição climática para o café, independentemente da variedade.    

Outras contribuições

O professor do Instituto Federal do Sul de Minas, José Marcos Angélico de Mendonça, abordou o tema “Inovações na pós-colheita e qualidade do café”. Ele trouxe questões como a fermentação do café, processo de alta complexidade com fatores de ampla variação. “Quando conseguimos atingir o equilíbrio, as condições e o tempo adequado, criamos uma nova roupagem para um café que era tido como defeituoso”, ressaltou. Sobre a secagem, Mendonça reforçou que o limite máximo para que ela ocorra é de 40º. A palestra também trouxe informações sobre as metodologias de avaliação de café utilizadas no Brasil e a descrição de padrões sensoriais, conforme instruções normativas.  

O engenheiro agrícola da Penagos, Ezequiel de Oliveira, deu prosseguimento às atividades, abordando o tema “Novas tecnologias de pós colheita e secagem do café”. Para ele, é preciso atuar na redução da “janela” de colheita do café, por meio de investimentos em tecnologias e máquinas, a fim de processar maior volume em um período mais curto. Promovendo a redução, diminui-se a incidência de café no chão, colhe-se mais cedo e mais rápido, reduz-se os custos de colheita e pós colheita e melhora-se os resultados de bebida da propriedade.  

O tema subsequente, “Estratégias para maior uniformidade de maturação e qualidade de bebida”, foi conduzido pelo agrônomo e suporte técnico da Satis, César Pirajá. Ele trouxe como exemplo de inovação de um produto que promove um ganho na quantidade de frutos cereja e um menor índice de café de chão, por meio de aplicação via folha. Como aconselhamento aos produtores, Pirajá destacou a procura por informações advindas de universidades e centros de pesquisas, assim como novas tecnologias disponíveis, que podem apresentar uma boa relação custo/benefício.  

Por sua vez, a palestra “Gestão da qualidade na produção de café” foi ministrada pela cafeicultora e presidente da Brazil Specialty Coffee Association (BSCA), Carmen Lúcia Chaves de Brito. Ela tratou da importância dos processos de gestão na produção de cafés especiais, dando um testemunho do que ocorre em sua propriedade. Segundo acredita, a construção de uma equipe comprometida e sensibilizada com a produção irá garantir a qualidade do resultado final. Ela também mencionou questões estratégicas do negócio, como investimentos e a constante busca por inovações e melhoramentos genéticos visando resultados qualitativos.  

Encerrando as contribuições do dia, foi ministrada pelo professor Fábio Moreira (DEG/UFLA) a palestra “Avanços tecnológicos na colheita seletiva visando à qualidade do café”. Ele dissertou sobre os parâmetros necessários para realizar a colheita seletiva, como regulagem de máquinas e indicações de duas e até 3 passadas de colhedora, o que tem aumentado a possibilidade de o Brasil fornecer cafés especiais. Ele explicou, ainda, como calcular o índice de colheita, que correlaciona a velocidade com a vibração da máquina, visando a maior eficiência do processo.  

Ascom InovaCafé 

Estande da UFLA na Expocafé traz resgate histórico da feira

O estande da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Agência de Inovação do Café (InovaCafé) na Expocafé 2018,  maior evento nacional de transferência de tecnologias para a cafeicultura e apresentação de novidades em máquinas e equipamentos, foi sucesso de público logo em seu primeiro dia de visitação, nessa quarta-feira (16/5). O local reuniu centenas de pessoas, que puderam passear pela história da feira, cujos primórdios datam de 1998.  

Concebida por uma equipe da UFLA, a Expocafé buscou, logo em sua primeira edição, atuar frente à significativa carência em relação aos equipamentos destinados à cafeicultura, praticamente desconhecidos dos produtores do Sul de Minas, de elevado preço e de baixa eficiência. Assim, o estande conta os principais fatos ligados a essa trajetória, por meio de painéis contendo fotos, artes gráficas e principais marcos ano a ano.  

O estande temático contempla, ainda, ilha da Cafeteria Escola CafEsal, comandada por estudantes da Universidade, com oferta de café e bebida gelada à base de café, além de espaço destinado à Editora UFLA, que comemora 20 anos de existência, com a comercialização de volumes ligados à cafeicultura e demais atividades agrícolas.  

Alisson Mesquita Assunção e Rosilena Mendonça Assunção ficaram encantados com os painéis adesivados no local, ressaltando que a história da feira é a própria história de evolução da cafeicultura. “Eu, que sou cafeicultor, fico impressionado ao constatar o quanto avançamos em termos tecnológicos e de conhecimento. Lembro bem, logo nas primeiras edições, da derriçadora de azeitonas adaptada para a cafeicultura, importada da Itália e trazida para apresentação em dinâmicas de campo”, destacou Alisson.  O estande da UFLA/InovaCafé pode ser visitado até as 18 horas de sexta-feira (18/5).  

Abertura oficial

Na manhã de quarta-feira, aconteceu a abertura oficial da Expocafé 2008, na tenda de eventos local, com a presença maciça de autoridades locais, da região e do estado, entre as quais esteve o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, João José Granate de Sá e Melo Marques, no ato representando o reitor José Roberto Soares Scolforo.  

A solenidade também contou com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em exercício, Amarildo José Brumano Kalil, o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Rui da Silva Verneque, o deputado estadual Emidinho Madeira, o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel), Marco Valério Araújo, o prefeito municipal de Três Pontas, Luiz Roberto Laurindo Dias, além de representantes de órgãos, instituições e cooperativas.  

Após a solenidade, o pró-reitor da UFLA, durante visitação ao estande, destacou a contribuição, ao longo de 21 anos, da universidade pública, que tem como uma de suas principais atribuições servir à sociedade. “Hoje a feira atingiu um nível de profissionalismo e dinamismo tal que permite à UFLA considerar sua missão como inteiramente bem sucedida, permitindo que concentremos em nossas finalidades de ensino, pesquisa e extensão”, pontuou.

Ascom Inovacafé

Mais de 17 mil alunos do Ensino Médio marcaram presença no IV UFLA de Portas Abertas

Foto: Camila Caetano

Mais de 17 mil alunos do Ensino Médio, de 220 escolas de Minas Gerais, marcaram presença no IV UFLA de Portas Abertas, nessa quarta-feira (16/5). A mostra de profissões, organizada pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), foi sucesso no câmpus, superando novamente o público das últimas edições, com movimento intenso das 7h às 18h.

O evento contou com a colaboração de toda a comunidade acadêmica. Membros de núcleos de estudos, empresas juniores, programas de educação tutorial, centros acadêmicos, atléticas e demais estudantes, além de técnicos, terceirizados e professores das mais diversas áreas de atuação, engajaram-se na elaboração de programações atrativas e se comprometeram com toda a organização.

Foto: Mayara Toyama

A comunidade acadêmica esteve organizada nos diferentes departamentos da Universidade recebendo os participantes com visitas guiadas, palestras, demonstrações e apresentações, possibilitando o maior conhecimento dos cursos e projetos da UFLA, além da estrutura da Instituição e das pesquisas desenvolvidas. 

A estudante Larissa Emanuele Alves Rodrigues, 17 anos, veio de Formiga para participar do evento e teve a confirmação do curso que pretende fazer. “Meu sonho é cursar Agronomia e agora tenho plena certeza do que desejo. Os estudantes da UFLA foram muito receptivos e mostraram o quanto são apaixonados pelo curso e pela Universidade. Também achei muito interessante os projetos sociais que eles realizam”.

Antônio Batista Santana, 17 anos, de Campo Belo, apesar de já ter vindo diversas vezes a Lavras, conta que essa foi a primeira vez que esteve na UFLA. “Fiquei admirado com a estrutura, e o quanto todos são acolhedores. Estou gostando de tudo. E será ótimo para eu conseguir ter certeza da minha escolha, pois ainda estou em dúvida entre Direito e Ciências Biológicas”.

Antônio Batista Santana. Foto: Camila Caetano

Muito além da qualidade de ensino. Para realizar o sonho de estudar Medicina, a estudante de Itumirim Tatiana Faustina, 17 anos, também procura por instituições que ofereçam estrutura de acessibilidade, com apoio às pessoas com deficiência física. “O mérito de estudar na UFLA vem do reconhecimento dos cursos no mercado de trabalho e acessibilidade para percorrer o câmpus de cadeira de rodas. Eu ainda preciso de auxílio de terceiros para chegar até os lugares”, comenta.

Conceitos ligados à computação e à robótica também atraíram o interesse do estudante com microcefalia e baixa visão, Matheus Siqueira, 17 anos, de Nazareno. “Aqui eu posso ter uma chance de reconhecimento no mercado”, afirmou. A professora, de apoio ao estudante com necessidades especiais, Nazaré Aparecida dos Reis, explicou que o evento da UFLA mudou a perspectiva de vida do aluno. “Independentemente das dificuldades, agora ele quer chegar à universidade”, disse.

Avaliação institucional

Foto: Mayara Toyama

Para o pró-reitor adjunto da Proec, professor Dany Flávio Tonelli, o sentimento é de gratidão, após oito meses de trabalho intenso de toda a comissão organizadora. “Agradecemos a todos que se engajaram. A toda a Universidade que acreditou no evento, desde terceirizados até a direção executiva e estudantes. Só foi possível entregar este evento porque grande parte da Instituição se envolveu ativamente. A cada ano consolidamos mais o UFLA de Portas Abertas, e desta vez foi fantástico. E um agradecimento especial a todas as escolas, entre professores e alunos, pois, a quantidade de pessoas que recebemos só demonstra a confiança que estamos adquirindo ao longo do tempo”.

A organização do evento também contou com a plena colaboração do professor Lucas Amaral de Melo. Para ele, a missão foi cumprida. “Todos trabalharam muito para o sucesso do evento. Cumprimos nosso papel como integrantes de uma instituição pública federal. Nada mais que nossa obrigação de receber esses alunos”.

Texto com a colaboração de Pollyanna Dias- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Fotos: Camila Caetano

Fotos: Mayara Toyama

Fotos: Karina Mascarenhas

Fotos: Pollyanna Dias e Raphaela Mendonça

Fotos: Luciana Tereza

Fotos: Ana Eliza Alvim e equipe TVU

“Mamute” passará por manutenção a partir de 18/5 – transporte interno mantém funcionamento com outros veículos

A Pró-Reitoria de Infraestrutura da Universidade Federal de Lavras (Proinfra/UFLA) comunica à comunidade acadêmica que o ônibus interno articulado (“Mamute”) deixará de circular, por uma semana, a partir da próxima sexta-feira (18/5). O veículo passará por manutenção nesse período, o que é essencial à qualidade do serviço de transporte prestado.

O atendimento aos deslocamentos no câmpus será feito por meio do “Elefantinho”, assim como de outros veículos, quando houver necessidade.

UFLA participou de evento em Brasília para discussão das estatísticas brasileiras de café

O chefe do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), professor Renato Fontes, participou na última sexta-feira (11/5), em Brasília, do Seminário Estatísticas Brasileiras de Café, que teve como tema o “Aprimoramento Doméstico e Alinhamento Internacional”. O evento abordou a questão das estatísticas nacionais e as formas necessárias para que sejam aprimoradas e equiparadas ao modelo internacional, tendo em conta o impacto do tema para o agronegócio do café.

Durante o seminário, o professor apresentou o trabalho da UFLA na área e as possibilidades de contribuição com os agentes do agronegócio do café. “A Universidade, com a constante geração de conhecimento, assume importância no cenário nacional e internacional e contribui para o desenvolvimento de produtos e processos essenciais a esse ramo do agronegócio”, comenta Renato.

O evento foi realizado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a organização foi do Conselho Nacional do Café (CNC). O presidente executivo do CNC, deputado Silas Brasileiro, e o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Dauster Sette, conduziram as atividades, que contaram com a presença de presidentes de cooperativas cafeeiras do Brasil, diretores do Mapa e superintendentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), diretores da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Associação Brasileira de Café Solúvel (Abics), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafe) e Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA).

 

UFLA e Expocafé: contribuições históricas para a cafeicultura

Em 2018, a Expocafé, a maior feira nacional de transferência de tecnologia e de extensão do agronegócio café, completa 21 anos de existência. Realizado atualmente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o evento teve, em seus primórdios, a fundamental contribuição da Universidade Federal de Lavras (UFLA) como idealizadora e realizadora das edições de 1998 a 2009 e, hoje, como parceira e integrante do conselho gestor. Com a intenção de relembrar alguns momentos emblemáticos da história da Expocafé, a UFLA, por intermédio da Agência de Inovação do Café (InovaCafé), desenvolveu um estande, aberto à visitação de 16 a 18 de maio.  

O público poderá ter acesso aos principais marcos da feira ao longo dos anos, além de fotos e materiais gráficos que marcaram sua trajetória. E para entender em que circunstâncias se deu o surgimento da Expocafé, é preciso voltar no tempo, mais precisamente ao cenário da cafeicultura no Sul de Minas encontrado na década de 1990.  

Em 1997, o projeto “Avaliação de métodos de colheita de café” – capitaneado pelo professor de Engenharia Agrícola da UFLA, Nilson Salvador, em parceria com o também professor da área, Fábio Moreira da Silva – era responsável por avaliar máquinas de arruação, colheita e limpeza. A fazenda do “Sr. Juquinha”, um dos grandes produtores de café da região, localizada em Santana da Vargem/MG, foi o local escolhido para a realização do trabalho.   Durante as avaliações, observou-se uma significativa carência em relação aos equipamentos destinados à cafeicultura.

O maquinário existente no mercado era praticamente desconhecido dos produtores, de elevado preço e de baixa eficiência. À época, a colheita era praticamente manual e não havia a preocupação de programar a lavoura para a mecanização de todas as suas etapas. Além disso, as máquinas não eram projetadas para as condições de manejo do café na região, como alinhamento e distância entre ruas, cultivar/variedade de café, número de plantas por cova, declividade do terreno e arruação, por exemplo.  

Outra constatação é de que havia um grande interesse por parte dos produtores de resolver os seus problemas inerentes ao alto custo da colheita e à dificuldade de mão de obra qualificada para a colheita do café. “Mediante essas observações, veio a ideia de procurar atender aos anseios dos produtores e auxiliar, ainda, a indústria no que se refere à divulgação dos equipamentos disponíveis”, relata Salvador.  

A UFLA, dessa forma, resolveu promover a junção do ensino, da pesquisa e da extensão com o sistema envolvendo a mecanização do café. “A ideia era fazer com que aprendêssemos mais, buscássemos problemas no campo para trazer para a universidade e centros de pesquisa, além de usar a extensão para divulgar o que existia em termos de mercado”, resume.  

O professor Fábio Moreira, por sua vez, lembra da primeira pesquisa na área de mecanização realizado no âmbito do programa BIOEx-Café, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1997. A temática envolvia a utilização de máquinas portáteis para manejo e colheita semimecanizada. No ano subsequente, ele participou de visita à Itália, juntamente com representantes de cooperativas da região, e retornou com muitas novidades em termos de maquinário, entre elas derriçadoras de azeitona para serem aplicadas na cafeicultura. Logo, as inovações passaram a integrar a programação da Expocafé por meio de demonstrações diretamente no campo.  

O evento

Nilson Salvador conta que logo veio o questionamento de onde fazer um evento que pudesse atender todas as necessidades e alcançar bastante êxito. Até então, as feiras de maior porte estavam restritas aos grandes centros e capitais, locais aonde os cafeicultores não chegavam. Foi então que se decidiu pela realização no campo, que era a verdadeira “casa” do produtor, além de ser um espaço que possibilitaria a demonstração de máquinas diretamente na lavoura.   Em abril de 1998, após conversas junto à presidência da União Cooperativa de Agropecuária Sul de Minas (Unicoop), aventou-se a possibilidade de realização do evento no município de Três Pontas/MG.

No mesmo mês, também foi apresentada proposta junto à Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel). Ambas as cooperativas se dispuseram a patrocinar o projeto da feira. Paralelamente, houve visita à fazenda São Sebastião, de propriedade do Sr. Deca Miranda, e o local demonstrou possibilidades de atender à proposta do evento, com energia elétrica, fácil acesso e uma lavoura ao lado. Nilson Salvador relata que saiu de lá com uma responsabilidade enorme: realizar o evento em pouco tempo, mais especificamente em 24 de julho de 1998.   

Em maio daquele ano, comitiva do evento sul mineiro, composta por integrantes da UFLA, de representantes regionais e de grandes cooperativas, encaminhou-se à Agrishow, em Ribeirão Preto/MG, com a incumbência de atrair expositores e provar que havia mercado consumidor na região. “O primeiro contato foi com uma empresa fabricante de colhedoras automotrizes de café, que se mostrou muito resistente. As próprias empresas não acreditavam que as máquinas poderiam trabalhar por aqui, somente no Cerrado Mineiro. Mas saímos de lá com parcerias no segmento de máquinas em geral, de agroquímicos e insumos, transportes, máquinas agrícolas e embalagens”, enumera.  

Com a proposta concreta e a iminência de realização de um evento de porte nacional, a equipe de colaboradores da UFLA foi crescendo. Foi montada, na ocasião, uma completa estrutura, com acessibilidade, estacionamento, restaurantes, água potável, sanitários, recepção, energia e segurança. O saldo foi muito positivo, com um público estimado de 5 mil pessoas e a garantia de continuidade em próximas edições.   “Não posso deixar de mencionar importantes parceiros que auxiliaram na construção dessa história, como cafeicultores e instituições como Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/MG), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Prefeitura Municipal de Três Pontas, cooperativas agrícolas, entre outros”, cita.  

A Expocafé foi realizada na Fazenda São Sebastião até 2002. A estrutura passou a ser insuficiente para o porte do evento, que foi crescendo ao longo do tempo e apresentando novas exigências, com a migração para novo local, que é a Fazenda Experimental da Epamig, utilizada até hoje para sediar a feira. A UFLA manteve-se como realizadora da Expocafé até 2009. Em 2010, foi concedido o direito de realização do evento à Epamig, uma das empresas parceiras e membro do conselho gestor.  

Contribuições para a cafeicultura  

Segundo o professor Nilson Salvador, a Expocafé foi uma alavanca de desenvolvimento da cafeicultura nacional. “Estamos falando do maior evento de café do mundo em relação à mecanização da cafeicultura”, destaca. Para ele, as principais contribuições da feira são inúmeras, a saber: estímulo para que os produtores tenham uma visão mais empresarial e competitiva, produção de cafés de melhor qualidade, manejo adequado da cafeicultura nacional e no exterior, ampliação do cenário de oferta de máquinas agrícolas e melhoria da eficiência operacional e na redução de custos.   Salvador cita, ainda, o aumento da demanda de cafés especiais, o desenvolvimento de insumos relacionados à pós-colheita do café e sua comercialização, o incentivo ao desenvolvimento de políticas públicas para o agronegócio café, o desenvolvimento de novos produtos derivados, o direcionamento de pesquisas voltadas às necessidades do segmento e o incentivo à formação de núcleos de pesquisa no país.  

O ex-reitor da UFLA (2004-2012) e também coordenador do programa BIOEx/Café, Antônio Nazareno G. Mendes, reconhece a importância estratégica da idealização da Expocafé pelos pesquisadores e professores da universidade há pouco mais de 20 anos. “Nos orgulhamos da participação que a UFLA tem nesta parceria, como organizadora do evento por mais de 10 anos e como colaboradora, juntamente com a Epamig, Cocatrel, Prefeitura de Três Pontas e outros parceiros. São incontáveis as contribuições que ela deu à cafeicultura brasileira, particularmente no tema ‘mecanização da lavoura cafeeira’, tornando a produção dos cafés do Brasil  ainda mais sustentável”, opina.  

O ex-presidente da Cocatrel, Francisco Miranda de Figueiredo Filho, em cujo cargo esteve por 21 anos, ressalta que a história da Expocafé se mistura à história da mecanização do Sul de Minas. “Com a feira e a disponibilização de conhecimentos e informações ao produtor, foi possível desmistificar a ideia de que a região era acidentada e inviável para o uso de máquinas. Nossos terrenos são ondulados e, com os tratos adequados e a melhoria das condições de declividade, a mecanização mostrou-se muito possível. A vontade do produtor uniu-se, assim, às possibilidades, fazendo com que mais de 60% das lavouras da região contem, hoje, com algum tipo de mecanização”, afirma.  

Ascom Inovacafé