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Pesquisa da UFLA comprova que silagem de espiga de milho nutre mais e estimula mastigação dos rebanhos

A presença da palha e do sabugo aumenta a concentração de fibras na dieta dos animais

Pesquisa do Departamento de Zootecnia (DZO) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) comprovou os benefícios de uma nova técnica utilizada para alimentar gado de corte e de leite no País: a silagem de espiga de milho. Testes apontaram que a alternativa garante uma dieta rica em fibras e estimula a mastigação dos animais. Com o procedimento, o resíduo da palha do milho ainda prepara o solo para plantio.

Os produtores rurais já investem na plantação de milho para a produção de silagem (alimento fermentado à base de milho). Mas, se antes era usado planta inteira, grãos úmidos ou reconstituídos, o diferencial da nova tecnologia está na extração da espiga de milho por uma plataforma despigadora adaptada à máquina autopropelida.

Segundo o professor do DZO, Thiago Bernardes, que estuda o processo há oito meses, a silagem de espigas garante uma ração que, além dos grãos, inclui palhas e sabugo. O composto aumenta a concentração de fibra na dieta dos ruminantes. “Hoje, a pecuária intensiva tem utilizado alimentos que não promovem a mastigação do animal. Então, a composição proposta pela pesquisa da UFLA pode suprir essa necessidade”, recomenda.

Outra vantagem é a quantidade de colmo e folha que permanece no campo após a colheita.  “O resíduo tem sido aproveitado como palha para o sistema de plantio direto e como fonte de potássio para o solo”, afirma o pesquisador.

A técnica ainda facilita o dia-a-dia do médio e grande produtor rural. Alugada por aproximadamente R$ 500 por hectare, a máquina colhe e processa as espigas, além de armazenar o composto no silo.  “Não há necessidade de maquinário específico para a colheita de grãos, como ocorre com a silagem de grãos úmidos ou a necessidade das operações de adição de água e moagem (grãos reconstituídos)”, acrescenta.

Para chegar aos resultados, pesquisadores da UFLA coletam amostras do milho ensilado em fazendas do sul de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

Pesquisa

A originalidade do estudo do Departamento de Zootecnia da UFLA, em destaque na revista do setor publicada na Alemanha Maiskomitee, está nos ajustes da tecnologia para a realidade do campo brasileiro. Isso porque a silagem de espiga de milho nasceu na Itália na década de 1960, migrou para os Estados Unidos e chegou às propriedades rurais brasileiras há apenas cinco anos. “Até então, o produtor reproduzia as recomendações técnicas dos norte-americanos e europeus. O objetivo da pesquisa é detectar se a silagem de espiga é viável do ponto de vista econômico e técnico para os produtores brasileiros”, informa o professor do DZO, Thiago Bernardes.

Os produtores rurais desconheciam, por exemplo, o percentual de umidade da espiga necessária para evitar perdas na silagem, que deve ser de 35%.  O estudo busca solucionar dois problemas ainda encontrados pelos pecuaristas e agricultores no País: tipos de híbridos de milhos mais adequados para a silagem de espiga e os efeitos da umidade da espiga sobre moagem a conservação da ração. 

Para isso, pesquisadores da UFLA testam quais híbridos são mais recomendados para a silagem de espiga de milho em território nacional. “Estudamos mais de 100 tipos de híbridos tendo em vista a viabilidade econômica das sementes, controle de pragas, entre outros fatores”, comenta o pesquisador.

Indústria brasileira de milho

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho e o segundo maior exportador, atrás apenas dos Estados Unidos. O plantio do milho cresceu nas últimas décadas, principalmente no uso de ração para gado, já que o país é o maior exportador mundial de carne.

A silagem, a base de milho, tem sido uma alternativa para alimentar o rebanho no mundo inteiro. Por isso, produtores rurais investem na plantação de milho para a produção de silagem, principalmente para superar os transtornos da seca e degradação dos pastos. 

Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

3º Workshop sobre Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande é realizado na UFLA

A Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), realizou na última semana, quinta (26/4) e sexta-feira (27/4), o terceiro workshop do projeto “Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande”.

O evento possibilitou o compartilhamento de informações e resultados parciais das pesquisas realizadas pela UFLA  através do  Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) nas  áreas de: diversidade florística, ecologia de ecossistemas florestais, melhoramento genético de espécies florestais, monitoramento da fauna, manejo de micro bacias hidrográficas, quantificação de biomassa e estoque de carbono em remanescentes florestais, mapeamento do uso e cobertura do solo da bacia com imagens de satélite, entre outros levantamentos.

O projeto teve início em 2013, com intuito de dar subsídio a programas de revitalização das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e propiciar o desenvolvimento sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Grande. O workshop é realizado no   Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf/UFLA), vinculado ao Departamento de Ciências Florestais (DCF).

Karina Mascarenhas, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

 

 

Professor da UFLA participa de Grupo de Pesquisa da Universidade Estadual do Arizona

O professor Gasperim Ramalho de Souza, do Departamento de Estudos da Linguagem (DEL), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi convidado pelo pró-reitor de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Arizona (ASU, EUA), professor Alfredo Artiles, a participar do Grupo de Pesquisa intitulado Sociocultural Research Group.

Durante a sua visita, o professor Gasperim falou de suas atividades de ensino e pesquisa na UFLA bem como sua pesquisa de doutorado que relaciona o ensino de inglês e a inclusão. Além disso, ele frisou a importância da internacionalização das pesquisas acadêmicas e intercambialidade para a formação de professores e alunos.

O professor Gasperim está na ASU desde janeiro fazendo cursos de liderança internacional, tecnologias, educação inclusiva, letramentos e realizando docência em uma escola pública do país. Além de sua formação continuada, o professor tem buscado realizar parcerias para que docentes da ASU possam ministrar palestras e/ou cursos na UFLA.

UFLA lamenta o falecimento de servidor aposentado

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) comunica e lamenta o falecimento do técnico-administrativo Valmiro Marques, servidor aposentado da Instituição. O sepultamento ocorreu domingo (29/4).

Valmiro Marques foi um dos homenageados na comemoração dos 99 anos da UFLA. Foram prestadas homenagens aos servidores que coordenavam atividades diretamente relacionadas às obras no câmpus, dotando a Universidade da infraestrutura necessária para abrigar o expressivo desenvolvimento institucional experimentado nos últimos anos. Na época, Valmiro era responsável pelo setor de telefonia.

Os homenageados receberam um certificado em reconhecimento ao exemplo de competência, dedicação e empenho profissional, revelados no desempenho de suas funções e aos serviços prestados à comunidade universitária da UFLA e uma réplica da Medalha Comemorativa do Centenário de fundação da Instituição.

Departamento de Ciências Florestais mapeia maior diversidade de mamíferos em Minas Gerais

Trabalho, apresentado no 3 ºworkshop do P&D456, catalogou 29 mamíferos em onze áreas de floresta estacional semidecidual

O estudo da biodiversidade brasileira deu um grande salto, com um trabalho que registrou 29 espécies de mamíferos no sul de Minas Gerais. O número representa 59% das espécies de mamíferos de médio e grande porte encontradas em todo o Estado. É o maior inventário desses tipos de animais já desenvolvido de uma só vez em território mineiro.

O trabalho foi apresentado no 3 º workshop do P&D456, Modelo Fitogeográfico do Rio Grande, realizado no anfiteatro do Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf), vinculado ao Departamento de Ciências Florestais (DCF) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).  O evento é uma parceria entre UFLA e Cemig, com o objetivo de difundir os resultados da revitalização da Bacia do Rio Grande.

O mapeamento foi elaborado por uma equipe do DCF, sob coordenação do professor da área de conservação e manejo de fauna, Antônio Carlos da Silva Zanzini. Para elaborar o estudo, primeiramente foi realizada a identificação das trilhas de mamíferos existentes em onze fragmentos de floresta estacional semidecidual (mata fechada caracterizada por árvores altas) que perdem folhas na época de seca. Em seguida, armadilhas fotográficas com sensores capazes de detectar movimento e calor foram colocadas nas áreas durante 30 dias.

Com o monitoramento, foram descobertas seis espécies em risco de extinção: onça-parda, jaguatirica, lobo-guará, cateto, gato-do-mato-pequeno e cachorro- do-mato.   Além das dispersoras de sementes – por exemplo, guaxinim e quati. Entre mamíferos predadores foram catalogados gato mourisco, raposa-amarela, entre outros.

Avanço do desmatamento

O levantamento também traz um alerta contra o avanço do desmatamento. “Existe apenas um caminho para os animais silvestres com a derrubada das árvores. Eles migram para as fazendas em busca de comida e algumas espécies, como capivara e javali, destroem as lavouras. Por isso, é fundamental manter a floresta intacta”, destaca Zanzini.

Um filhote de javali foi encontrado em Passa Quatro. “Isso significa que os pais estão por perto. O estudo apontou que houve expansão do animal em Minas Gerais. O dado é preocupante porque javali é agressivo ao ser humano, além de cavar até destruir as nascentes dos rios e atacar vários plantios”, afirmou. 

Pollyanna Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig. 

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

UFLA na mídia: EPTV destaca projeto que oferece fisioterapia veterinária a animais de pequeno e grande porte

O jornal da EPTV 1ª edição de quarta-feira (25/4) trouxe uma entrevista ao vivo com o professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (DMV/UFLA), Marcos Rodrigues de Mattos, para falar sobre o projeto de extensão que oferece fisioterapia veterinária a animais de grande e pequeno porte.

O grupo pioneiro na região de Lavras começou suas atividades em novembro de 2017 e, na época, atendiam somente equinos. Com o aumento da demanda pelo serviço, estenderam os atendimentos a animais de pequeno porte, como cães e gatos.

O coordenador Marcos explica como a fisioterapia se tornou um serviço ofertado pelo hospital veterinário da UFLA, “o projeto começou com atendimento em equinos e diante da demanda, o conselho do hospital se reuniu e passou a oferecer como um serviço prestado e não só como projeto de extensão”.

O projeto atende pessoas de toda a comunidade, e os interessados podem entrar em com a equipe pelo telefone (35) 3829-1245 ou no hospital veterinário, localizado no câmpus da UFLA.

Confira a entrevista ao vivo aqui.

Veja mais em:

UFLA na Comunidade: projeto oferece fisioterapia veterinária a animais de grande e pequeno porte

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA

Confira o horário de funcionamento do Restaurante Universitário durante o feriado

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), informa os horários de funcionamento do Restaurante Universitário (RU) na próxima semana:

Dia 30/04- Serviço de almoço e jantar.

Dia 01/05- Serviço de almoço e marmitex, das 11h30 às 12h30.

Em ambos os dias, o setor de recarga dos cartões não abrirá para atendimento. A unidade volta a funcionar normalmente no dia 02/05 (quarta-feira), oferecendo almoço e jantar. 

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA

Congresso Nacional de Milho e Sorgo será realizado na UFLA- envio de trabalhos até 1/7

De 10/9 a 14/9, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediará a XXXII edição do Congresso Nacional de Milho e Sorgo, um dos eventos mais importantes do País na área de Ciências Agrárias. O congresso é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e realizado pela parceria entre UFLA e Embrapa. A submissão de trabalhos deve ser realizada até primeiro de julho no site do evento.

Trata-se da terceira vez que o evento será realizado em Minas Gerais e a primeira na região do Sul de Minas Gerais. O estado de Minas Gerais é um dos mais importantes produtores de milho do Brasil, destacando-se a região Sul. O evento é um dos mais importantes realizados no País na área de Ciências Agrárias. Pelo histórico das edições anteriores é esperada a participação de mais de mil pessoas, entre elas, produtores, pesquisadores, estudantes, e técnicos de indústrias.

Este evento é o principal Fórum brasileiro para a discussão de assuntos técnico-científicos sobre as culturas do milho e do sorgo. O congresso será desenvolvido com uma gama de métodos de difusão como palestras, painéis, workshops, apresentação de trabalhos científicos e em paralelo contemplará uma área de showroom tecnológico, constituída de estandes, tendas e áreas descobertas para a exposição de máquinas e implementos agrícolas.

Saiba mais sobre o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo.

UFLA na Mídia: pesquisas da UFLA são destaque no Blog Minas Faz Ciência, da Fapemig

O Blog Minas Faz Ciência, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), divulgou neste mês três reportagens a respeito de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A primeira trata-se de um projeto que utiliza como matérias-primas resíduos de sacolas plásticas e de bagaço de cana para produzir placas de MDP, sigla para Medium Density Fiberboard (um painel de fibra de média densidade). A pesquisa é desenvolvida pela estudante Nayra Diniz Nogueira em seu mestrado em Engenharia de Biomateriais na UFLA. Confira o texto na íntegra aqui.

A segunda diz respeito à técnica conhecida como polinização artificial, controlada ou manual, bastante comum na produção de frutas como o maracujá e a graviola. Os pesquisadores da UFLA estão estudando o processo também na pitaya e atualmente há dois experimentos sendo realizados sobre a técnica. Confira aqui o texto completo.

A terceira refere-se à Expedição Urubu na Estrada, que se trata da maior ação de conservação da biodiversidade para avaliar os efeitos de estradas, rodovias e ferrovias das Unidades de Conservação e espécies ameaçadas no País. A ação será realizada pelo professor da UFLA e coordenador do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE), Alex Bager. A Expedição ocorrerá entre agosto de 2018 e julho de 2019. Confira aqui o texto completo.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.

UFLA inicia capacitação para gestores da Universidade

Para criar uma gestão pública cada vez mais eficiente na Universidade Federal de Lavras (UFLA), 45 docentes e técnicos administrativos iniciaram, ontem (25/4), o curso de Capacitação para Gestores, realizado pela Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP). Em sua segunda edição, a abertura do evento ocorreu na Sala dos Conselhos do prédio da Reitoria e foi conduzida pela vice-reitora da Instituição, a professora Édila Vilela de Resende Von Pinho. 

O curso tem como objetivo oferecer ao núcleo administrativo da UFLA conhecimentos necessários para exercer as atribuições do cargo em consonância com a legislação vigente e com os objetivos estratégicos da Universidade.

Na apresentação, a vice-reitora ressaltou a importância da capacitação para orientar os gestores a respeito das boas práticas na administração pública. “Somos servidores públicos por opção e na carreira não é permitido qualquer deslize, uma vez que temos legislações específicas e rigorosas para cumprir. Praticamente toda semana é lançada uma nova legislação na área, tornando a gestão um desafio encarado com muita responsabilidade pelos reitores e gestores da UFLA”, frisou.

Para a professora, é importante que o núcleo administrativo mantenha o foco nas causas institucionais para o fomento à expansão contínua da universidade. “Em cada unidade acadêmica, é dever do gestor exercer autoridade em prol da qualidade da educação pública de qualidade, trabalho em equipe e responsabilidade financeira”, disse.

Na apresentação,  a professora Édila mostrou os números do crescimento da Universidade na oferta de cursos (de graduação e pós-graduação), ao quadro de servidores (técnicos-administrativos e docentes) e às obras no câmpus, principalmente, a partir de 2007 com o programa de expansão das universidades federais Reuni.

A vice-reitora destacou que os dados reforçam a posição de destaque da UFLA entre as melhores instituições de ensino superior do País. “Não é por menos que somos referência nas ciências agrárias e temos a certeza que as outras áreas também serão. Vale lembrar que a UFLA ocupa a segunda posição no Estado e a oitava no País no Índice Geral de Cursos, que é a melhor avaliação de infraestrutura e qualidade do ensino ”, afirmou.

Diretrizes

Nesse cenário de crescimento contínuo, a professora Édila ressaltou o principal desafio à gestão da Instituição: garantir a expansão da UFLA com qualidade independente das medidas de contenção de gastos do governo federal.  “Conseguimos driblar a crise econômica que abateu as universidades federais por meio de projetos apresentados aos ministérios da Educação, dos Esportes, do Meio Ambiente e da Ciência, Tecnologia e Inovações”, afirmou. Outra diretriz estratégica para a Universidade é a ampliação da internacionalização da UFLA, além da estruturação de novos cursos de graduação e pós-graduação. 

As palestras previstas no evento vão até o dia 11 de julho, sempre às segundas e quarta-feiras, das 14h às 16h.  As próximas atividades serão realizadas no Anfiteatro do Bloco 3 do Departamento de Administração e Economia (DAE). Para conhecer a programação do evento, clique aqui

Texto: Pollyanna Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig.