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Terceira chamada para o curso de Pedagogia Bilíngue EAD – inscrições até sexta-feira (2/3)

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines/MEC) acaba de divulgar a terceira chamada do processo seletivo do curso de Pedagogia Bilíngue – Licenciatura EAD, para ingresso no primeiro semestre de 2018. Os candidatos selecionados para o polo da UFLA devem realizar a matrícula na Diretoria de Educação a Distância, no câmpus histórico, sexta-feira (2/3), das 8h às 11h e 14h às 17h.

Confira aqui a lista dos selecionados na 3ª chamada. 

No ato da matrícula, o candidato deverá apresentar cópia simples dos seguintes documentos:

  1. Comprovante de conclusão do Ensino médio – Histórico Escolar e Certificado de Conclusão, ou declaração de conclusão do ensino médio, acompanhada do Histórico Escolar;
  2. Certidão de nascimento ou de casamento;
  3. Carteira de identidade (RG) ou CPF;
  4. Comprovante de endereço com CEP;
  5. Uma foto 3×4 recente;
  6. Certificado de Reservista, atestado de alistamento militar ou atestado de matrícula em CPOR ou NPOR, para os brasileiros maiores de 18 anos do sexo masculino;
  7. Título de Eleitor, para os brasileiros maiores de 18 anos;

*Os candidatos surdos devem entregar todos os documentos requeridos acima, juntamente com laudo médico comprobatório de surdez, contendo assinatura, carimbo e CRM do médico, acompanhado do exame de audiometria realizado nos últimos seis meses.

A falta de qualquer um dos documentos exigidos implicará a perda do direito à matrícula.

Os candidatos aprovados deverão realizar a matrícula pessoalmente ou representado por outra pessoa mediante procuração simples, acompanhada da documentação exigida.

Veja detalhes da matrícula no edital em Libras

UFLA: entre as 12 melhores da América Latina pelo QS em Ciências Agrárias e Florestais

De acordo com o QS World University Rankings by Subject 2018publicado nesta quarta-feira (28/2), a Universidade Federal de Lavras (UFLA), na área de Ciências Agrárias e Florestais, está entre: as 150 melhores instituições do mundo,  sete do Brasil e 12 da América Latina. O ranking é realizado anualmente pela empresa inglesa Quacquarelli Symonds, uma das mais importantes avaliadoras acadêmicas do mundo.

QS World University Rankings by Subject classifica as melhores universidades do mundo em disciplinas individuais, abrangendo nesta edição 48 disciplinas e 74 países. O ranking visa ajudar os futuros alunos a identificar as escolas líderes mundiais no seu campo escolhido. “O trabalho realizado por toda a nossa comunidade acadêmica reflete neste resultado, com melhorias contínuas a cada ano. É uma construção coletiva, com o empenho dos nossos professores, técnicos e discentes para avançarmos cada vez mais nos rankings internacionais de altíssima credibilidade, destaca o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo.

A avaliação do QS World University Rankings by Subject baseia-se em três indicadores: reputação acadêmica, reputação perante o empregador e impacto da pesquisa científica. Entre as universidades brasileiras, na área de Ciências de Agrárias e Florestais, a UFLA alcançou a 4ª posição nos indicadores reputação perante o empregador e reputação acadêmica.

Reputação acadêmica

QS World University Rankings baseou-se em respostas de 75.015 acadêmicos de todo o mundo. Os entrevistados identificaram os países, regiões e áreas de faculdade com os quais têm maior familiaridade. Os respondentes são convidados a listar até 10 instituições nacionais e 30 internacionais que eles consideram excelente para a investigação na área determinada. Eles não podem selecionar sua própria instituição.No QS World University Rankings por Assunto, os resultados da pesquisa são filtrados de acordo com a estreita área de especialização identificada pelos respondentes.

Reputação do empregador

QS World University Rankings é o único em incorporar empregabilidade como um fator chave na avaliação de universidades internacionais. Foram 40.455 respostas de pesquisa de empregadores graduados em todo o mundo.A pesquisa de reputação do empregador trabalha em uma base similar à acadêmica, mas sem a canalização para diferentes áreas de faculdade. Os empregadores são convidados a identificar até 10 instituições nacionais e 30 internacionais que consideram excelente para o recrutamento de diplomados. Eles também são convidados a identificar as disciplinas a partir das quais eles preferem recrutar. Examinando a interseção dessas duas questões, é possível inferir uma medida de excelência em uma determinada disciplina.

Doutorando da UFLA é selecionado para o Startup Universitário – iniciativa do programa Minas Digital estimula empreendedorismo nas instituições de ensino

O doutorando Rafael Machado Felix de Lima, do programa de Pós-Graduação em Agroquímica (Química/Bioquímica), do Departamento de Química (DQI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi selecionado para o Startup Universitário, do programa Minas Digital. Ele é orientado pela professora Adelir Aparecida Saczk. Rafael, que é professor na Faculdade Una de Pouso Alegre, foi um dos 100 docentes de instituições de ensino superior selecionados no estado para participar do projeto.  

A iniciativa do Governo do Estado, capitaneada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SEDECTES), visa despertar a cultura empreendedora e o desenvolvimento dos ecossistemas universitários nas Instituições de Ensino, capacitando e apoiando os professores universitários a criarem ações e programas que deem aos alunos a oportunidade de desenvolver um comportamento empreendedor,

Por meio dos educadores selecionados, o programa pretende apoiar até 100 startups em instituições de ensino na criação de protótipos e ambientar 34 espaços de ideação nos campus das instituições dos professores selecionados, com o montante total de até R$700.000,00.

A capacitação dos professores envolverá os temas de educação empreendedora para que possam desenvolver ecossistemas inovadores nas instituições de ensino. Os educadores também receberão, em suas instituições, uma equipe especializada para assessorá-los na construção do plano de trabalho de atividades voltadas ao fomento do empreendedorismo e inovação.

Além disso, o Programa apoia a criação de empresas de base tecnológica, estimulando ciência e tecnologia. Nesta etapa, o apoio será em material de consumo, equipamentos e serviços especializados para a construção de protótipos viáveis para startups universitárias orientadas por professores participantes do programa Startup Universitário.

Na UNA de Pouso Alegre, Rafael ministra disciplinas de Química e Bioquímica para os cursos de Engenharia Civil, Mecânica, Elétrica, Agronomia, Nutrição, Biomedicina, Fisioterapia, Medicina Veterinária. O projeto do Startup Universitário ainda irá contemplar os cursos de Administração e Arquitetura e Urbanismo.

Na UFLA, no Laboratório de Analítica e Eletroanalítica (LAE-DQI), como discente de doutorado do PPAG, desenvolve pesquisa científica voltado a eletroquímica e eletroanalítica, no desenvolvimento e aplicação de sensores químicos. Pesquisa principalmente eletrossíntese de novos materiais para uso como sensores em análises residuais. Realiza desenvolvimento de protocolos de validação de metodologias
analíticas envolvendo diferentes guias de figuras de mérito (FDA, Eurochem, Anvisa, Inmetro, IUPAC, MAPA). Aplicando na área de caracterização de fármacos e compostos bioativos; Síntese química e eletroquímica de polímeros condutores; líquidos iônicos para a aplicação como eletrólito de suporte; análise por injeção em batelada (BIA); utilização de ferramentas estatísticas em eletroquímica; desenvolvimento de sensores eletroquímicos.

Além do doutorando, a professora Jenaina Ribeiro Soares, do Departamento de Física (DFI), também é uma das selecionadas para o Startup Universitário.

 

Confira aqui os 100 professores selecionados para o Startup Universitário

Balanço de 2017 demonstra a evolução da pós-graduação na UFLA

Aumento de 13% de estrangeiros nos Programas de Pós-Graduação, 35% de teses redigidas em inglês, e 30% de discentes participando de doutorado sanduíche, entre outros fatores, têm impulsionado o crescimento dos programas de pós-graduação na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Esses são os últimos resultados referentes ao ano de 2017, em comparação a 2016.

O pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, explica que também houve um equilíbrio na relação média de número de orientados por orientador, quesito que estava desbalanceado. Além disso, ocorreu uma redução drástica do número de projetos de pesquisas cadastrados na plataforma sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por docente. “Isto é muito positivo para nós. Tínhamos programas com 240 projetos cadastrados na plataforma, por exemplo, uma média de dez projetos por orientador. O ideal é termos um a dois projetos por professor, para garantir que estejam vinculados às titulações, produções intelectuais e inseridos em uma linha de pesquisa com a devida orientação”, destaca o pró-reitor.

Reunião realizada no Salão dos Conselhos com os coordenadores dos programas da pós-graduação

Os indicadores referentes ao ano de 2017 foram disponibilizados pelos coordenadores dos programas da UFLA. “No início da gestão criamos diversas planilhas com o intuito de fazer um acompanhamento mais direto dos programas de pós-graduação. No primeiro momento a ideia era tentar identificar algumas fragilidades para tentarmos estabelecer algumas ações. Por exemplo, criamos uma resolução visando o aumento do número de teses em inglês e outra para incentivar a disponibilização de cotas de bolsas da Capes/PRPG para estrangeiros”, comenta Rafael.

O pró-reitor ressalta que a qualificação do corpo docente, o incentivo à produção científica de impacto, a criação de novos programas em áreas estratégicas, integração entre graduação e pós-graduação, a formulação de parcerias interinstitucionais e a busca pela inserção internacional é o que tem possibilitado essa evolução da pós-graduação na UFLA. 

Colaboradores da CafEsal participam de minicurso sobre torra de cafés

Colaboradores da Cafeteria CafEsal participaram, na manhã de 27/2, na Unidade de Torrefação da Agência de Inovação de Café (InovaCafé/UFLA), de um minicurso de Noções de Torra de Cafés. O objetivo foi fornecer e expandir conhecimentos práticos sobre esta etapa do processo de industrialização do grão. O treinamento foi ministrado pelo técnico agropecuário do setor de Cafeicultura da Departamento de Agricultura (DAG) Mauro Magalhães, que realizou uma demonstração da curva de torra.

De posse do café beneficiado, colhido nas lavouras da UFLA, os presentes tiveram contato com o processo ocorrido no torrador, desde a etapa da recepção até a chegada ao tambor de resfriamento. Após atingir a temperatura de 240ºC e aguardar uma média de 15 minutos para atingir o ponto (detectado visualmente), os grãos descem para serem resfriados, onde há uma turbina que puxa o ar quente. Se os grãos forem moídos, seguem para os equipamentos de moagem. Do contrário, seguem para a embalagem manual.

Também houve demonstração em máquina de menor porte, onde foi torrado o café especial destinado aos métodos diferenciados da Cafeteria CafEsal. “Como estamos falando da CafEsal, que é uma cafeteria com fins educativos, considero muito importante que os colaboradores saibam todas as etapas do processo, a fim de replicarem o conhecimento àqueles que tiverem interesse”, destacou o ministrante.

A gestora da CafEsal, Emanuelle Costa, corroborou a opinião de Magalhães. “O café que está sendo torrado na Unidade de Torrefação é o que comercializamos na cafeteria em pacotes e aquele que servimos com o padrão de café especial. Apresentar um dos processos da cadeia produtiva vai ao encontro da nossa missão, que é educar, conscientizar e promover conhecimento sobre cafés”, pontuou.

Ascom InovaCafé

InovaCafé adquire novo equipamento de moagem e empacotamento

A Agência de Inovação do Café (InovaCafé) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT-Café), adquiriu um conjunto de moagem e empacotamento, visando otimizar, ainda mais, os processos ocorridos na unidade de torrefação.

O novo equipamento – acoplado ao já existente sistema de torra – permite maior agilidade nos fluxos, graças à capacidade de produção de 300 Kg/h, alto desempenho na moagem e sistema de embalagem a vácuo, proporcionando a entrega de um café de qualidade ímpar ao consumidor final. Vale lembrar que o café utilizado (100% arábica) é produzido nas lavouras da Universidade e possui alto padrão de bebida.

Depois de embalados, os cafés, disponíveis nas versões moído e em grãos, podem ser adquiridos na Cafeteria CafEsal, localizada no Centro de Convivência da UFLA.

Ascom InovaCafé

UFLA marca presença na Femagri, em Guaxupé

Representantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participaram, entre os dias 21 e 23 de fevereiro, da 17ª Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri). Promovido pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), o evento teve como tema a “Produção responsável para uma cafeicultura de sucesso” e trouxe novidades voltadas à melhoria do futuro da produção nas lavouras de café.

A Instituição foi representada por integrantes do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT do Café), do Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf), do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé), da Enagri Jr – Projetos e Consultoria, do Grupo de Estudos em Máquinas e Mecanização Agrícola (Gemma) e do Núcleo de Estudos em Qualidade de Alimentos (Nuquali).Os participantes da Universidade puderam apresentar as pesquisas desenvolvidas em cafeicultura, além de o evento proporcionar conhecimento técnico e atualização acerca das principais tendências e perspectivas do setor cafeeiro.

O INCT do Café apresentou, na ocasião, os coprodutos obtidos pela extração do óleo do café – ricos em antioxidantes e outros compostos bioativos – para serem utilizados na formulação de cosméticos e produtos nutracêuticos.“Mais uma vez, a experiência nos permitiu entender a força da representatividade da UFLA na cafeicultura e no agronegócio. Outro ponto positivo foi a oportunidade de estudantes ampliarem o universo acadêmico, por meio do contato com produtores, empresas e novas tecnologias”, ressaltou o coordenador do INCT do Café, professor Mário Lúcio Vilela Resende.

Este ano a feira recebeu 35.398 visitantes e foram registrados no centro de negócios 10.726 orçamentos. Segundo a organização da Femagri, o perfil de compras na edição apresentou uma procura maior por maquinários do processo pós-colheita, o que significa que os produtores estão buscando um maior ganho de qualidade.

Ascom InovaCafé

Convite a pesquisadores para projeto da University of Georgia

A Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI) convida os pesquisadores da UFLA, docentes e estudantes de pós-graduação, para manifestarem interesse em participar de um projeto que a University of Georgia (UGA) está submetendo junto a agência de fomento norteamericana. O objetivo é o financiamento de pesquisas voltadas para o desenvolvimento tecnológico internacional. A previsão de verba para esse fundo é de U$ 25,000,000.00 (vinte e cinco milhões de dólares). 

Caso a UGA seja contemplada, poderá abrir editais de fomento para universidades e pesquisadores que previamente demonstrarem interesse, via preenchimento de um formulário online, disponível em http://oie.uga.edu/usaid. A instituição estendeu a oportunidade à Rede Uniminas e às universidades que fazem parte da FAUBAI, como é o caso da UFLA. A instituição solicita que os interessados acessem o link e preencham o formulário o mais breve possível.

Mais informações na Diretoria de Relações Internacionais (DRI), pelo (35) 3829 1858.

Niesp promove workshops para seus integrantes

Entre 19 e 22 de fevereiro, os integrantes do Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Setor Público (Niesp), do Departamento de Administração e Economia (DAE), participaram de dois workshops referentes a dois projetos do núcleo. Ambos foram ministrados pela coordenadora do grupo e professora do DAE, Daniela Meirelles Andrade.

O primeiro, chamado de “Workshop: Rodadas de Ações do Projeto Ações Empreendedoras”, contempla o projeto de pesquisa “Ações Empreendedoras”, com destaque para apresentação de trabalho, discussão de artigos e levantamento de questões voltadas à ação empreendedora. Além disso, foi ministrado um minicurso sobre análise de dados.

A segunda atividade diz respeito ao projeto de extensão “Empreendedorismo na Escola” e teve como objetivo tratar da reestruturação do material que será utilizado na nova fase em 2018. Durante o encontro, cada integrante apresentou uma proposta de tema que será abordada na nova apostila e, posteriormente, entregue a cada aluno participante. Nessa nova fase do projeto, será realizado um acompanhamento semanalmente com uma turma de 9º ano de uma escola pública municipal de Lavras durante um semestre letivo e, ao final haverá, uma culminância sobre empreendedorismo.

Projeto “Ações Empreendedoras”

O projeto vislumbra investigar as ações empreendedoras dos agentes políticos e servidores públicos que atuam em órgãos públicos da microrregião de Lavras e Varginha, sobretudo na área de educação.

Projeto “Empreendedorismo na Escola”

O projeto tem o objetivo de levar o tema empreendedorismo aos estudantes do 8º e 9º ano do ensino fundamental, promovendo uma visão sobre o papel que os mesmos devem exercer na sociedade, mediante cidadania ativa e participativa, levando a uma discussão do empreendedorismo social.

Veja mais em:

UFLA na comunidade: projeto sobre empreendedorismo estimula o debate e a resolução de problemas nas escolas de Lavras

Empreendedorismo na Escola: propondo soluções

UFLA na Comunidade: projeto Empreendedorismo na Escola atende mais duas escolas de Lavras

Saiba mais sobre o Niesp pelo site ou na página no Facebook.

Luciana Tereza- estagiária Dcom/UFLA. 

Trabalho publicado na Scientific Reports/Nature discute a sustentabilidade do fósforo no Brasil – pesquisadores da UFLA participaram do estudo

Pesquisadores de renomadas instituições brasileiras publicaram recentemente um trabalho na Scientific Reports/Nature, que apresenta possibilidades de melhorar a eficiência da agricultura brasileira com tecnologias alternativas que visem à sustentabilidade na gestão do fósforo. Participaram do estudo o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Luiz Roberto Guimarães Guilherme e o pós-doutorando Teotônio de Carvalho.

A enorme base terrestre do Brasil e ainda o clima geralmente favorável oferecem um grande potencial para expandir ainda mais a produção agrícola do país, tanto por intensificação agrícola quanto por expansão controlada das terras cultivadas. “Uma grande consideração econômica e ambiental na expansão da agricultura brasileira é o aumento da demanda de fertilizantes, exigência para uma maior produção agrícola, e em particular o fósforo. E 60% desse fósforo é importado. A alta demanda por esse fertilizante e a forte dependência das importações tornam a agricultura brasileira particularmente vulnerável à futura escassez de fósforo. Assim, as estratégias para reduzir essa dependência e usá-lo de forma mais eficiente tornar-se-ão cada vez mais importantes”, afirmam os pesquisadores.

Hoje, cerca de 70% das reservas mundiais de fósforo estão no Marrocos. E desse valor, 80% são destinados para fertilizantes, utilizados em solos como os do Brasil, pobres em fósforo. “Um desafio fundamental para a sociedade é alcançar a intensificação agrícola de forma sustentável, sem degradação do meio ambiente ou ameaças ao bem-estar humano”, destacam.

Algumas alternativas já são aplicadas com o intuito de diminuir o uso do fósforo, como cultivar em solos que possuem mais matéria orgânica ou fazer calagem (ação ou efeito de adubar a terra com cal). “Há um cenário de utilização alta no Brasil, mas, existe uma série de estratégias. Está sendo construída uma poupança de fósforo no País, eventualmente, em certo momento, ficaremos como nos Estados Unidos, com produção em alta e taxa de fósforo constante”, comenta o professor Luiz Roberto.

Nesse estudo, após fazer uma nova análise estratégica da demanda/oferta atual, os pesquisadores constataram que os recursos secundários de fósforo que são produzidos anualmente (por exemplo, estrumes de gado, resíduos de processamento de cana-de-açúcar) poderiam potencialmente fornecer até 20% da demanda de fósforo da safra em 2050. “Os cenários para intensificação agrícola no Brasil até 2050 foram construídos com base em tendências e dados do censo nacional da área de cultivo total brasileira, produção de cultura, número de animais e consumo de fertilizantes”, explicam.

Mas, de acordo com os pesquisadores, ainda é necessário buscar outras fontes alternativas de fósforo, até mesmo em razão de novas áreas que ainda serão adaptadas para a agricultura. “Temos áreas novas, como na região de Matopiba (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com cerca de 70 milhões de hectares de fronteira agrícola e um solo igual ao que o professor Alfredo Scheid Lopes estudou há 40 anos no cerrado. Mas, hoje, já são aplicadas estratégias ainda mais modernas para construir a fertilidade desse solo”.

Sendo assim, uma das atuais propostas é a reciclagem do fósforo por meio de um sistema de tratamento de lodo. “Esta é uma importante solução. Quando você pega uma planta, crescida em um solo fertilizado com fósforo, e a utiliza como alimentação tanto em humanos como em animais, por exemplo, suínos, após o consumo, 80% do fósforo sairão nas fezes. Uma cidade como Lavras, por exemplo, são 50 toneladas de lodo sendo produzidas diariamente. Em alguns países do mundo, como nos Estados Unidos, esse material, ao ser reciclado, vira adubo. Mas, primeiramente, você tem que ter saneamento básico”, relatam os pesquisadores da UFLA.

O Paraná é o principal estado que deseja trabalhar com lodo no Brasil, sendo o que mais incentiva essa alternativa de reciclagem. Pela primeira vez, no País, uma usina produzirá energia a partir da combinação entre resíduos orgânicos e o lodo de esgoto. “A Dinamarca foi o primeiro país a desenvolver esse processo: após incinerar o lodo para gerar energia, você ainda pode utilizar as cinzas como fertilizante”, explica o professor Luiz Roberto.

Acesse aqui o trabalho completo.

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.