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Com base na experiência da UFLA, residência de Lavras tornou-se geradora de energia elétrica

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O comerciante Maurício (à esq.) recebe em sua casa os professores da UFLA Joaquim (à dir.) e Silvia (centro).

Contando com o apoio de professores e estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), o comerciante Maurício Villela de Gouvêa Júnior transformou sua casa em uma mini-usina de geração de energia elétrica, iniciativa inédita em Lavras. Dando sua contribuição à causa da sustentabilidade, ele instalou na residência 13 células fotovoltaicas que geram energia elétrica a partir da luz solar.

Essa energia é utilizada na rotina da casa e o excedente é transferido para a rede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Com isso, ele já registra uma economia de aproximadamente 70% em sua conta de energia, além de ceder à rede aproximadamente 150 kW/mês, energia suficiente para abastecer uma residência com quatro moradores. Os valores de geração variam de acordo com o período do ano, com a incidência de chuvas e com a presença de nuvens.

Maurício conta que em 2014, quando se tornou preocupante o baixo nível de água nas represas, ele resolveu buscar formas de consumo mais sustentáveis. Pesquisou sobre a geração de energia fotovoltaica em fontes do Rio de Janeiro, São Paulo e outros locais. “Um dia, minha esposa leu em um jornal local sobre um projeto da UFLA que envolvia essa tecnologia. De posse do nome do professor responsável por aqueles trabalhos, fui procurar por ele, buscando ajuda para transformar meus planos em realidade”. Foi então que o professor do Departamento de Física (DFI) da UFLA Joaquim Paulo da Silva começou a dar suporte ao projeto de Maurício, com o apoio de estudantes e outros interessados no tema.

Além de ajudar o comerciante com os conhecimentos técnicos, a equipe da UFLA tem a oportunidade, com o projeto, de image026desenvolver pesquisas sobre a geração de energia fotovoltaica. “Embora seja um sistema de alta confiabilidade, ainda precisa ser acompanhado e analisado. São necessários estudos que avaliem a qualidade da energia gerada e seu impacto para a rede elétrica da concessionária”, explica a professora do Departamento de Engenharia (DEG) Silvia Costa Ferreira, que também acompanha os trabalhos. Para Joaquim, a participação da UFLA nos projetos de Maurício é muito positiva, principalmente para os estudantes, que podem observar na prática um projeto inovador na área. “Essa experiência complementa a dos ecobicicletários instalados do câmpus. Há uma série de dados e técnicas a serem analisados”, explica.

Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, inclusive, pode fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Portanto, residências podem se transformar em minigeradoras ou microgeradoras de energia, o que pode lhes trazer redução de custos e levar benefícios ao sistema elétrico do país, com baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, minimização das perdas e diversificação da matriz energética

O funcionamento da produção de energia na residência

As 13 células fotovoltaicas instaladas no telhado da casa do Maurício reagem com a luz do sol e produzem energia elétrica, em tensão contínua. Elas estão ligadas ao um aparelho chamado inversor solar, que transforma a tensão contínua em tensão alternada, compatível com a rede elétrica da Cemig.

A energia elétrica resultante desse processo de transformação é utilizada na residência durante todo o dia, enquanto houver geração a partir da luz solar. No caso de Maurício, a energia produzida é suficiente para cobrir toda a sua demanda no período diurno. Eletrodomésticos, iluminação e qualquer aparelho elétrico funcionam com a energia produzida na própria casa.

Há ainda o excedente, ou seja, energia produzida e não utilizada, que é transferida para a rede elétrica da Cemig após passar por um relógio de luz bidirecional. Esse relógio permite medir tanto a energia da rua que é consumida na residência quanto a energia da residência que é cedida para a rede elétrica. O excedente transmitido à rede gera créditos para Maurício.

Na conta de luz de uma residência com esse sistema de geração são cobrados os impostos e a energia da Cemig eventualmente utilizada, principalmente a que mantém a casa no período noturno. O professor Joaquim explica que, mesmo para a noite, é possível aproveitar a energia fotovoltaica produzida, mas é necessária uma bateria que a armazene, recurso no qual Maurício ainda não investiu. “É prudente que primeiro possamos observar como esse sistema vai se comportar para depois evoluir no projeto”, explica Joaquim.

A estimativa é de que, para recuperar o investimento feito no sistema, o comerciante precise de  três a cinco anos em economia nas contas mensais de energia elétrica. Para ele, os cálculos são positivos. “Mesmo com retorno em médio prazo, vale a pena o investimento porque é uma contribuição com o meio ambiente, é uma forma de gerar energia limpa e renovável e, quem sabe, estimular outras pessoas a fazer o mesmo”, diz.

Energia fotovoltaica é diferente do sistema coletor solar térmico. Nesse último caso, os raios de sol são usados para gerar calor, principalmente para aquecimento de água e ambientes. A energia solar utilizada para geração de energia elétrica é chamada fotovoltaica.

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Preserva Jr recolherá óleo usado na Praça Augusto Silva, neste domingo (17)

curso-oleoO descarte incorreto do óleo usado pode contaminar a água. Para minimizar esse problema e conscientizar a população a respeito, a Preserva Jr receberá o óleo de cozinha usado por moradores de Lavras. Membros da empresa júnior estarão neste domingo (17) na Praça Dr. Augusto Silva, das 9 horas ao meio-dia para receber o material. Quem quiser contribuir deverá levar o óleo de cozinha usado em frituras, preferencialmente em garrafas PET ou de óleo, devidamente tampadas, ao estande.

O óleo para descarte pode ser utilizado, por exemplo, para a fabricação de sabão. Posteriormente, a Preserva Jr, o Núcleo de Estudos em Soluções Ambientais (Nesamb) e  a ONG Engenheiros Sem Fronteiras – Núcleo Lavras promoverão um curso sobre economia e reuso de água, no qual o descarte e reuso do óleo serão abordados. Nesse curso, o óleo coletado na campanha será reaproveitado. O curso é um dos que compõem o Catálogo de Cursos de Extensão 2015 da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da UFLA.

 

A Preserva Jr Projetos e Consultoria Ambiental e Sanitária é a empresa júnior do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UFLA. Fundada em 2012, é composta por estudantes daquele curso, orientados pelo professor André Ribeiro. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, com fins educacionais, que atua em vários segmentos da área ambiental e sanitária.

Campanha do Agasalho

No estande, a empresa também arrecadará agasalhos para uma campanha. Quem não puder levar, mas pretende contribuir, poderá doar os agasalhos na UFLA nos seguintes pontos: sala da Preserva Jr (prédio da Engenharia Ambiental), Diretório Central dos Estudantes, Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental ou sala dos Engenheiros Sem Fronteira.

 

 

Portaria do MEC para o uso racional de recursos originou-se de pesquisa do PPGAP/UFLA

capa da Coletânea Desafio da Sustentabilidade
capa da Coletânea Desafio da Sustentabilidade

Um dos resultados gerados pelo Desafio da Sustentabilidade, realizado em parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e UFLA, foi a publicação de uma portaria do MEC: nesse documento, o Ministério recomenda que órgãos, autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas a ele realizem esforços para o desenvolvimento de ações voltadas à redução de custos e promoção da sustentabilidade. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União em 16 de abril.

Acesse aqui a Portaria 370/2015 do MEC.

A criação deste documento foi originada de investigações feitas no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública da UFLA (PPGAP). O Desafio da Sustentabilidade foi o resultado de pesquisas dos alunos do Mestrado Profissional desse programa, Wagner Vilas Boas de Souza (secretário-executivo adjunto do MEC) e Carolina Cristina Martins Cavalcante (coordenadora de Programação e Monitoramento da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento do MEC). Eles foram orientados pelos professores Paulo Henrique de Souza Bermejo e José Roberto Pereira.

O Desafio da Sustentabilidade teve como objetivo identificar, avaliar e selecionar propostas inovadoras para a redução de custos com energia elétrica e água nas instituições federais de ensino. Constituiu-se por uma grande consulta pública, na qual os internautas representaram as instituições de ensino, enviando as ideias. Universidades, Institutos Federais e internautas foram premiados.

O Desafio da Sustentabilidade baseou-se em conceitos como a participação social, a sustentabilidade e a eficiência do gasto público, e utilizou-se de uma nova técnica em Tecnologia da Informação (que incentiva a inovação aberta), chamada crowdstorming.

Coletânea

Outro produto gerado por esse projeto foi a “Coletânea Desafio da Sustentabilidade”, que reúne as ideias mais viáveis e boas práticas para a economia de água e energia elétrica. A coletânea está disponível para download em: http://premioideiaportal.mec.gov.br/

 

Centro Acadêmico de Engenharia de Alimentos promove VI Troca de Materiais

troca-materiais-caealUma iniciativa simples, mas capaz de gerar economia para os estudantes e reaproveitamento de material escolar: o Centro Acadêmico de Engenharia de Alimentos (Caeal) promove, até o dia 12, em sua sede (Centro de Convivência), a Troca de Materiais. Por meio dessa ação, um estudante do curso que possui cópias usadas de artigos, trechos de livros, anotações e apostilas, pode trocá-las por de outras disciplinas, que cursará neste período. Os materiais devem estar conservados, organizados e identificados

Os interessados podem trocar seus materiais até o dia 12, das 9 às 17 horas. A participação também é aberta aos calouros. “A intenção é diminuir os gastos com xerox para o estudante, bem como reduzir a geração de material, estimulando a sustentabilidade”, explica a coordenadora geral do Caeal, Ariella Menegucci.

O Centro Acadêmico mantém um registro com todas as trocas, desde a primeira edição, em 2012. Mais de 260 itens já foram trocados nas seis edições. Além desse resultado, “a troca já estimulou outros estudantes a fazerem o mesmo. O curso de Administração criou um evento semelhante”, conta Caio Labegalini, segundo coordenador geral do Caeal.

Os alunos que não comparecerem à troca, mas têm interesse em fazer uma permuta, poderão ir ao Centro Acadêmico posteriormente: “Durante o período, o material fica disponível aqui. Mas, durante a Troca, o estudante tem a vantagem de encontrar todas as cópias e apostilas organizadas”, explica a tesoureira Ligia Fragallo.

Processo seletivo – Caeal

Os estudantes do curso de Engenharia de Alimentos que desejam integrar o Caeal poderão se inscrever no processo seletivo até o dia 18. Para participar da seleção, devem enviar o nome, período e telefone para o e-mail: caeal_ufla@hotmail.com.

 

Plano Ambiental da UFLA é objeto de estudo em tese da UNB – foco para sustentabilidade hídrica

Professora Zuy Magriotis recebe a doutoranda Luciana Nóbrega: em prol de uma cultura sustentável nas universidades
Professora Zuy Magriotis recebe a doutoranda Luciana Nóbrega: em prol de uma cultura sustentável nas universidades

A doutoranda Maria Luciana da Silva Nóbrega, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, da Universidade de Brasília (UNB), tem pela frente um grande desafio. Sua tese de doutorado tem como tema o desenvolvimento sustentável, e deverá apresentar as contribuições das universidades com recorte especial para a sustentabilidade hídrica. Para o estudo comparativo, ela escolheu seis universidades em três países: Brasil, EUA e Israel. Entre as universidades de referência selecionadas, a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A escolha da UFLA se deu em virtude de seu posicionamento como a universidade mais sustentável do Brasil, segundo o ranking internacional – UI GreenMetric World University Ranking – que sinaliza os esforços em sustentabilidade e gestão ambiental das instituições de ensino superior em todo o mundo. Neste ranking a UFLA ocupa a 26ª posição no mundo.

Para a contextualização da tese, que tem a orientação do professor Elimar Pinheiro do Nascimento, Luciana Nóbrega fez uma visita à UFLA no período de 10 a 19 de fevereiro, o que permitiu o levantamento de uma série de indicadores no campo dos recursos hídricos. Professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf – câmpus Piauí), na área ambiental, a doutoranda ressalta que leva uma ótima impressão da UFLA, tendo confirmado diversas ações que poderão servir de referência para o estudo e também servir de exemplo para outras universidades do País.

Além de uma equipe de apoio durante sua visita à UFLA, Luciana Nóbrega foi recebida pela diretora de Meio Ambiente da UFLA, professora Zuy Magriotis, que apresentou as ações estratégicas do Plano Ambiental, em desenvolvimento na Instituição desde 2009. Defensora das práticas sustentáveis no câmpus, Zuy disse estar orgulhosa de abrir as portas da Universidade para mostrar as ações que têm se tornado referência para outras instituições, sobretudo, porque representam um exemplo de boas práticas para os estudantes em formação.

Abordagem Integrada

Entre outras contribuições, a tese pretende propor indicadores de sustentabilidade para nortear as ações das universidades brasileiras. No estudo, ela defende o conceito de “ambientalização”, que indica uma internalização da temática ‘Meio Ambiente’ nas diferentes esferas sociais. Esse conceito implica transformações no Estado, nas organizações e nos indivíduos, refletidas nas diversas áreas (política, institucional, profissional, cotidiana, dentre outras). Nesse sentido, Ambientalização Acadêmica denotaria o processo desencadeado especificamente nas universidades em estimular práticas de defesa do Meio Ambiente e ao uso sustentável dos Recursos Naturais.

Com base neste conceito, Luciana Nóbrega destaca a existência de uma cultura orgânica de sustentabilidade na UFLA, confirmada pela prática sistemática de ações que envolvem a comunidade acadêmica, além da produção de tecnologias, pesquisas e projetos de extensão. “O objeto da tese é identificar a relação das práticas realizadas nas universidades com o seu contexto regional, no âmbito dos Recursos Hídricos”, reforça, explicando ainda que o atual contexto de mudanças climáticas, a escassez hídrica e suas implicações para a manutenção da qualidade vida das populações, motivaram a escolha do tema.

A pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí – Fapepi.

 

Sistema de reuso de água, desenvolvido no Lemaf, economiza mais de 80 mil litros por mês

Simples e de baixo custo, sistema pode ser replicado em outros laboratórios, visando à economia de água

sistema-reuso-agua-lemaf-1Um dos projetos desenvolvidos pela UFLA é o Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande, que auxiliará programas de revitalização em áreas de preservação permanente na Bacia. O projeto realiza o inventário florestal; mapeamento da diversidade florística; mapeamento do uso do solo; estudo da diversidade genética de espécies arbóreas, monitoramento hídrico e análise de carbono.

Essa última análise diz respeito à mensuração da quantidade de carbono armazenada no solo e nas plantas. Para que as amostras de raízes, galhos e serrapilheira (camada orgânica que recobre o solo) sejam enviadas ao laboratório, é necessária a sua limpeza, para retirada de todo o solo. Essa etapa é feita no Laboratório de Estudos e Projetos em Manejo Florestal (Lemaf) e consumia cerca de 4 mil litros de água por dia. Mas a preocupação em usar racionalmente os recursos hídricos levou a coordenação do projeto e engenheiros florestais do Lemaf a desenvolverem um processo de reuso da água – que vai, aliás, ao encontro dos objetivos do projeto.

Como funciona o sistema

Cortina d'água e caixa de coleta, caixa de passagem e caixa de mil litros
Cortina d’água e caixa de coleta, caixa de passagem e caixa de mil litros

A água é distribuída, por gravidade, de uma caixa d’água de 500 litros a um sistema de limpeza, composto por cortinas d’água projetadas em caixas de coleta. Assim, a água usada segue para uma caixa de passagem e, posteriormente, para um reservatório com capacidade de armazenar 1.000 litros d’água. Nesse estágio, a água passa por um processo de decantação, sendo bombeada novamente para a caixa de 500 litros em um nível superior ao das caixas de limpeza.

O sistema funciona com cerca de 1.200 litros de água, que são utilizados por até três semanas. Isso significa uma economia mensal de mais de 80 mil litros de água. “Essa quantia é passível de abastecer dez casas, com três moradores, durante um mês [1]”, ressalta o técnico administrativo Thiago Magalhães. Para este cálculo, foi considerado o consumo médio mensal por pessoa de 5,4m³, divulgado pelo Procon/SP.

“Por mês, a economia gerada é de quase R$ 600,00 [2]. Considerando os gastos que tivemos com os materiais (caixas d’água, tubulações, bomba e outros), o sistema ‘se pagou’ em dois meses e meio”, analisa um dos desenvolvedores, o técnico administrativo Kalill Páscoa. O sistema já é utilizado há quase 4 meses.

“A ideia é simples e barata, sendo o reuso uma alternativa viável e racional ao consumo desse recurso. Trata-se de uma medida que respeita o ambiente”, considera o professor Lucas Rezende Gomide (DCF), integrante do projeto.

 

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Esquema de funcionamento do sistema

 

 

Sobre o projeto

O Modelo Fitogeográfico da Bacia do Rio Grande vem sendo realizado desde 2013, em parceria entre a UFLA e a Cemig. Será concluído em 2016 e, como produto, fornecerá informações para produtores rurais interessados na recomposição de áreas ciliares: uma série de recomendações sobre quais as espécies mais adequadas e boas práticas de manejo para uso e conservação do solo e da água, para cada um dos ambientes monitorados.

O Modelo Fitogeográfico tem a coordenação do professor José Roberto Soares Scolforo e a participação de 15 pesquisadores dos Departamentos de Ciências Florestais (DCF) e de Engenharia (DEG). Esse projeto é interessante para a construção de um planejamento estratégico de revitalização da Bacia do Rio Grande, a manutenção dos recursos hídricos e, consequentemente, conservação dos equipamentos das usinas hidrelétricas.

Bacia do Rio Grande

A Bacia do Rio Grande apresenta uma área de 8.605.029 hectares, ocupando aproximadamente 15% da área total do Estado de Minas Gerais. Doze usinas hidrelétricas estão no curso do Rio Grande, incluindo as de Furnas, Funil e Camargos. A Bacia possui expressiva cobertura vegetal nativa e é responsável pela geração de quase 70% de toda a energia gerada em Minas Gerais.

[1]  Considerando um consumo médio de 5,4 m3/pessoa (fonte: Procon-SP).
[2] Foi considerado para o cálculo um valor de R$ 7,429/m3, o que refere a tarifa praticada pela Copasa para Instituições Públicas com intervalo de consumo de >40 – 100 m3 (fonte: Copasa-MG).

 

Ranking internacional destaca UFLA como a 26ª universidade mais sustentável do mundo

green-metricAnualmente, é divulgado um ranking internacional – UI GreenMetric World University Ranking – que sinaliza os esforços em sustentabilidade e gestão ambiental das instituições de ensino superior em todo o mundo. No ranking 2014, que acaba de ser divulgado pela Universitas Indonesia, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) está na 26ª posição geral e na primeira do País, colocando a bandeira do Brasil no seleto grupo das universidades mais sustentáveis.

Pelo terceiro ano consecutivo, a UFLA conquistou o primeiro lugar entre as instituições de ensino superior brasileiras. Na edição de 2013, ocupava a 42º colocação em todo o mundo – e melhor pontuação em praticamente todos os quesitos. Comparado a 2012, quando a UFLA ocupou a 70ª posição geral no mundo, o salto no ranking internacional foi ainda mais significativo.  Considerando a classificação por “Instituições de Ensino Superior Especializado” (Specialized Higher Education Institution), a UFLA figura como a 14ª no mundo.

A pontuação é dada segundo seis critérios principais: estrutura do câmpus e áreas verdes, consumo de energia, gestão de resíduos, uso e tratamento de água, políticas sobre transportes e atividades acadêmicas relacionadas ao meio ambiente.

A pontuação da UFLA é particularmente alta nos quesitos Uso e Tratamento de Água, em que a Universidade conquistou a pontuação máxima (1000) e Gestão de Resíduos, com a segunda maior pontuação (1725). Outro destaque foi o expressivo aumento no quesito “Atividades acadêmicas relacionadas ao meio ambiente”, com a segunda colocação no mundo (996).

Nesse quesito, os indicadores são: número de cursos relacionados ao tema meio ambiente e sustentabilidade; número total de cursos oferecidos; recursos totais de pesquisa dedicados ao ambiente e sustentabilidade; recursos totais de pesquisa; número de publicações acadêmicas sobre meio ambiente e sustentabilidade; número de eventos acadêmicos relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade, número de organizações estudantis relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade e, por fim, existência de um site sobre a gestão da sustentabilidade na universidade.

Orgulho UFLA

Para o reitor, professor José Roberto Scolforo, a posição no ranking 2014 consolida a imagem da Universidade como uma das instituições mais preocupadas e atuantes no que tange à gestão ambiental. Fato a ser comemorado, já que a sustentabilidade está aliada a um processo de franca expansão. “O mais importante é que estamos ensinando aos nossos estudantes o valor do crescimento sustentável, contribuindo para a formação de profissionais comprometidos com a preservação ambiental, por meio de diversas ações que podem ser vivenciadas na própria universidade. Este é o resultado de um esforço coletivo, que envolve toda a comunidade acadêmica”, reforça.

Além disso, o destaque no ranking de sustentabilidade contribui para atingir a meta da atual direção, que envolve o estabelecimento de ações e diretrizes para que a UFLA seja reconhecida, em médio prazo, entre as melhores instituições de ensino superior do mundo.

Pontuação da UFLA no ranking GreenMetric

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Visibilidade Internacional

A University of Nottingham (Reino Unido) foi a primeira colocada no ranking 2014. Ela foi seguida pela University College Cork National University of Ireland (Irlanda) e Nottingham Trent University (Reino Unido).

As universidades brasileiras que participaram são: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ (157ª), Universidade de São Paulo – USP (199ª), PUC/Rio Grande do Sul (271ª), Pontifícia Universidade de Campinas – Puccamp (280ª), Universidade Federal de São Paulo – Unifesp (286ª), Universidade Federal de Itajubá (291ª) e Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (323ª).

O objetivo deste ranking é fornecer o resultado da pesquisa sobre o estado atual e as políticas relacionadas à sustentabilidade e preocupação ambiental nas universidades de todo o mundo. De acordo com os organizadores, as medidas tomadas pelas instituições precisam ser identificadas e tomadas como exemplo para a implementação de políticas sustentáveis e ecológicas. Espera-se que, chamando a atenção de dirigentes universitários e demais partes interessadas, mais prioridade seja dada às energias limpas, conservação da água, combate à mudança climática global, reciclagem e temas relacionados.

ranking GreenMetric 2014 pode ser visualizado aqui

Ambientalmente correta

As ações que destacam a UFLA no ranking internacional integram o Plano Ambiental e Estruturante, que vem sendo implementado na UFLA desde 2009. Entre elas, a renovação de todo o sistema de energia elétrica; sistemas de coleta e tratamento de esgoto e das águas da chuva; a estruturação das bacias de drenagem; o plantio de 90 mil mudas de 53 espécies nativas e frutíferas no câmpus; medidas de preservação das nascentes, treinamento e equipagem da Brigada de Incêndio; o fim das fossas sépticas; e o programa de coleta de resíduos de todos os laboratórios, incluindo o treinamento de técnicos dos diferentes setores e de estudantes de pós-graduação para serem multiplicadores de boas práticas de uso e reuso de matérias-primas utilizadas em pesquisa.

Saiba mais sobre o Plano em: www.ufla.br/ecouniversidade

 

Desafio da Sustentabilidade: projeto é destacado pela imprensa – participe

desafio-sustentabilidadeO Desafio da Sustentabilidade, parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a UFLA, foi lançado no dia 6 de novembro e já alcança índices impressionantes. Mais de 1700 ideias para promover a sustentabilidade nas instituições federais de ensino foram geradas, pelos quase 3 mil usuários cadastrados. Os internautas têm participado intensamente: cerca de 42 mil comentários e mais de 111 mil curtidas foram registradas até o dia 13. O Desafio também tem sido destacado pela imprensa, conforme os links no final da notícia.

O projeto é uma consulta pública para identificar e avaliar ideias e boas práticas para redução de gastos com água e energia nas instituições de ensino federais. Qualquer pessoa física pode participar do Desafio, disponível no endereço: http://premioideia.mec.gov.br/.

Participação e prêmios

Ao entrar no endereço, o usuário deve fazer um cadastro e optar por representar uma das 63 universidades federais ou uma das 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica vinculadas ao MEC. Ao se inscrever, poderá enviar sugestões nos seguintes desafios: “Como reduzir os gastos com o consumo de energia elétrica nas instituições federais de ensino?” e “Como reduzir os gastos com o consumo de água nas instituições federais de ensino?”.

Além do envio de ideias para gerar economia, o usuário poderá comentar e avaliar as propostas dos outros internautas. Ideias, comentários e curtidas somam pontos para o usuário: os quatro colocados que somarem mais pontos em cada desafio serão premiados em dinheiro, assim como aquelas instituições que estiverem representando. Os valores somados chegam a R$ 20 mil para os usuários e R$ 8 milhões para as instituições de ensino. As ideias, curtidas e comentários poderão ser postados até fevereiro de 2015.

A geração e avaliação de ideias poderão contribuir com a melhor aplicação dos recursos públicos e redução do consumo de recursos naturais.

Parceria com a UFLA

O projeto deste edital nasceu no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública, elaborado por discentes servidores do MEC, sob orientação do professor Paulo Henrique Bermejo (DCC/UFLA). O docente esclarece que o projeto busca estimular a participação social e utilizar dessa participação para gerar inovações no governo.

O professor Paulo Bermejo participou do pré-lançamento do Desafio, nos dias 5 e 6/11, no Fórum de Pró-Reitores em Administração e Planejamento dos Institutos Federais (Forplan) e no Fórum dos Pró-reitores de Administração e Planejamento das IFEs (Forplad), onde apresentou o projeto, com representantes do MEC.

A plataforma PrêmioIdeia, utilizada no Desafio da Sustentabilidade, já é conhecida em Lavras, tendo sido desenvolvida pela start-up lavrense ProGolden – formada por ex-alunos dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação da UFLA. O PrêmioIdeia lança desafios propostos por instituições públicas, governos e empresas, em forma de perguntas. A Polícia Militar, por exemplo, já lançou quatro desafios para obter ideias inovadoras sobre segurança e trânsito.

O sócio Everton Almeida comemora os resultados: “Com apenas uma semana de lançamento, o Desafio da Sustentabilidade  já teve a adesão de representantes de mais de 30 Institutos e quase 50 Universidades. A iniciativa está mobilizando pessoas de todo o país na geração de muitas ideias sustentáveis”.

Desafio da Sustentabilidade na imprensa

 

Parceria entre MEC e UFLA, Desafio da Sustentabilidade será lançado no dia 6/11

Servidores, estudantes e cidadãos em geral poderão participar, concorrendo a prêmios mediante o envio de ideias para economizar energia e água em instituições de ensino

torre-energiaO Desafio da Sustentabilidade será lançado pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com a UFLA, no dia 6 de novembro. O Desafio será uma consulta pública para identificar e avaliar ideias e boas práticas para redução de gastos e promoção da sustentabilidade em instituições federais de ensino.

O projeto envolverá uma competição: qualquer pessoa física poderá participar, por meio de cadastro na página premioideiaportal.mec.gov.br/. Neste endereço, deverá optar por representar uma das instituições de ensino (universidade ou instituto federal) e poderá enviar sugestões sobre os temas: “Como reduzir os gastos com o consumo de energia elétrica nas instituições federais de ensino?” e “Como reduzir os gastos com o consumo de água nas instituições federais de ensino?”.

Poderão ser enviadas ideias, bem como comentários e avaliações de propostas de outros candidatos. Essas interações, válidas de 6/11/2014 a fevereiro de 2015, somarão pontos para o internauta. Os quatro colocados que somarem mais pontos em cada desafio serão premiados em dinheiro, assim como aquelas instituições que estiverem representando. Os valores somados chegam a R$ 20 mil para os usuários e R$ 8 milhões para as instituições de ensino.

A participação é aberta a todas as pessoas físicas, que, ao se cadastrarem, deverão optar por representar uma das 63 universidades federais ou uma das 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica vinculadas ao MEC. A geração e avaliação de ideias poderão contribuir com a melhor aplicação dos recursos públicos e redução do consumo de recursos naturais. Saiba mais e veja como participar: www.mec.gov.br/premioideia.

Parceria com a UFLA

O projeto deste edital nasceu no Programa de Pós-Graduação em Administração Pública. “Essa metodologia de geração de inovação colaborativa no governo foi trabalhada durante o mestrado, com alguns alunos, que são servidores do MEC”, conta o professor Paulo Henrique Bermejo, do Departamento de Ciência da Computação da UFLA. “O projeto Desafio da Sustentabilidade parte de duas premissas: estimular a participação social e utilizar desta participação para buscar inovação no governo”, complementa o docente.

A plataforma utilizada no Desafio da Sustentabilidade, chamada PrêmioIdeia, foi adaptada pelo MEC, mas foi desenvolvida por uma start-up lavrense formada por ex-alunos dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação da UFLA – a ProGolden. O PrêmioIdeia (disponível em www.premioideia.com) lança desafios propostos por instituições públicas, governos e empresas, em forma de perguntas.

Como no edital do MEC, os usuários cadastrados nesta plataforma enviam ideias para resolver o problema proposto e devem explicar por que elas são boas. Os demais membros podem “curtir” e comentar as ideias uns dos outros, bem como compartilhar suas propostas nas mídias sociais, a fim de conquistar avaliações positivas, que contam pontos. Os usuários que obtiverem mais pontos durante o período válido daquele desafio são os vencedores e recebem prêmios.

O sócio Everton de Almeida explica como o PrêmioIdeia capta propostas inovadoras: “Usuários, clientes ou público interno podem enviar ideias. A inovação está na captação aberta de propostas vindas do público em um sistema on-line: por um lado, a instituição é beneficiada por promover uma consulta pública com custo baixo, recebendo uma série de sugestões já avaliadas; por outro, a ferramenta permite que cidadãos gerem ideias que se transformarão em políticas. E ainda, a avaliação prévia das sugestões enviadas, pelos próprios cidadãos, estimula a participação na gestão pública”.

O professor Paulo Bermejo enfatiza a atualidade dos temas em pauta, neste edital: “Sustentabilidade e economia de recursos são temas amplamente discutidos, hoje. A contribuição da UFLA neste projeto demonstra que conseguimos desenvolver alternativas para desafios atuais, enfrentados tanto pela Administração Pública quanto pela sociedade em geral”.

Acesse o edital e inscreva-se em: www.mec.gov.br/premioideia

Curta a página do Facebook: www.facebook.com/desafiosustentabilidade

Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade recebe inscrições

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou o edital conjunto nº 60/2014, referente à edição 2013 do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, que seleciona as melhores teses e dissertações defendidas em 2013. Para esta edição serão aceitos os trabalhos nos grupos “Processos eficientes para redução do consumo de água e de energia”; “Aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos”; “Redução de Gases do efeito estufa (GEE)”; e “Tecnologias socioambientais, com ênfase no combate a pobreza”.

Na edição do Prêmio Vale-Capes de Sustentabilidade 2012, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi representada com a tese de Maria Cristina Silva, do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica, sob a orientação da professora Angelita Duarte Correa (Departamento de Química – DQI). O trabalho desenvolvido na UFLA foi  vencedor da categoria “processos eficientes para redução do consumo de água e de energia”.

Como participar

Para serem inscritos, os trabalhos devem estar disponíveis no banco de teses e dissertações da Capes, quando da submissão ao prêmio; terem sido defendidos em 2013 e no Brasil, mesmo em casos de cotutela ou outras formas de dupla diplomação; e terem sido defendidos em programa de pós-graduação que tenha tido, no mínimo, cinco teses de doutorado e/ou cinco dissertações de mestrado defendidas no ano anterior ao do edital.

A pré-seleção das teses e dissertações a serem indicadas aos prêmios ocorrerá nos programas de pós-graduação das instituições de ensino superior. Após a indicação dos trabalhos selecionados pela comissão de avaliação, o coordenador do programa de pós-graduação será responsável pela inscrição  até o dia 14 de novembro.

Premiação

As teses e dissertações selecionadas serão premiadas com passagem aérea e diária para o autor e um dos orientadores para que compareçam à cerimônia de premiação, que acontecerá em abril de 2015; certificado de premiação a ser outorgado ao orientador, coorientador (es) e ao programa em que foi defendido o trabalho; certificado de premiação e troféu para autor; e auxílio equivalente a uma participação em congresso internacional para o orientador.

Para teses de doutorado, está prevista também a premiação com bolsa para realização de estágio pós-doutoral em instituição nacional de até três anos para o autor da tese, podendo converter em um ano para estágio pós-doutoral fora do país em uma instituição de notória excelência na área de conhecimento do premiado, e a concessão de um prêmio adicional pela Vale ao autor da tese, no valor de R$ 15 mil. Para as dissertações de mestrado, bolsa para realização de doutorado em instituição nacional de até quatro anos para o autor da tese e prêmio adicional pela Vale ao autor da dissertação, no valor de R$ 10 mil.

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Fonte: CCS/Capes