O príncipe herdeiro da República de Camarões, Bernard Ndouga, está no Brasil pesquisando temas relacionados à agricultura e sobre a cultura do café e, nesta semana, esteve em visita à Universidade Federal de Lavras. Camarões já foi um dos maiores produtores de café do mundo, mas com a queda brusca dos preços nas décadas de 70 e 80 houve uma crise agrícola no país e muitos produtores abandonaram a produção. Em seguida, os preços subiram e a população voltou a ter interesse neste cultivo, mas tem enfrentado muitas dificuldades. Exatamente estas dificuldades motivaram a visita do príncipe à Universidade Federal de Lavras, acompanhado pelo professor do Departamento de Ciências do Solo, João José Granate de Sá e Melo Marques e pelo assessor da Casa Imperial do Brasil, Hélio Brambilla, para conhecer os projetos desenvolvidos na Universidade.
“A UFLA tem muito conhecimento na área agrícola e é do interesse de nosso país participar da rede de contatos da Universidade para que possamos desenvolver formas de cooperação mútua”, disse o príncipe, acrescentando que se alegrou ao ver o espírito de pioneirismo do Brasil com relação a agricultura. “Os brasileiros gostam de agricultura e todos trabalham duro pelos seus objetivos. Isso é louvável”, concluiu.
O próximo passo, de acordo com o príncipe, é a elaboração de um programa de metas, adaptando o que foi visto durante a visita à realidade de Camarões. O programa será enviado aos representantes da Universidade para que, juntos, possam concretizar as ações. “Neste programa vamos discutir como fazer em Camarões algo parecido com o que é feito por aqui. Passo a passo, faremos com que a agricultura do nosso país volte a ser o que era”, afirmou.
O príncipe ainda demonstrou grande afeto pelo Brasil. “O Brasil é um país com grandes qualidades e está emergindo cada vez mais. Os brasileiros não precisam de lutas entre raças ou classes, pois existem grandes possibilidades”, completou.