Estão abertas as inscrições para o processo seletivo 2018/2 para os programas de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Federal de Lavras (UFLA). No total, são ofertadas 166 vagas para o Mestrado, em 22 programas; e 77 vagas para o Doutorado, em 15 programas.
As inscrições têm o valor de R$ 80,00 e devem ser realizadas até as 18h do dia 27/4/2018 no site da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFLA. O prazo para pedido de isenção dessa taxa irá de 9 a 12/4/2018. Já a divulgação do resultado preliminar, na página de cada programa, será em 14/6. Em 9/7, serão publicados os resultados finais.
Os cursos de Mestrado ofertados são para os seguintes programas: Agroquímica; Biotecnologia Vegetal; Ciência da Computação; Ciência dos Alimentos; Engenharia Agrícola; Engenharia de Biomateriais; Engenharia de Sistemas e Automação; Fisiologia Vegetal; Fitotecnia; Genética e Melhoramento de Plantas; Microbiologia Agrícola; Nutrição e Saúde; Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas; Ciências Veterinárias; Tecnologia e Inovações Ambientais; Zootecnia; Estatística e Experimentação Agropecuária; Ciência e Tecnologia da Madeira; Ciência do Solo; Física; Ciências da Saúde; e Fitopatologia.
Para Doutorado, são ofertadas vagas para os seguintes programas: Biotecnologia Vegetal; Ciência Dos Alimentos; Engenharia Agrícola; Engenharia de Biomateriais; Fisiologia Vegetal; Fitotecnia; Genética e Melhoramento de Plantas; Microbiologia Agrícola; Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas; Ciências Veterinárias; Zootecnia; Estatística e Experimentação Agropecuária; Ciência e Tecnologia da Madeira; Ciência do Solo; e Fitopatologia.
Os critérios de seleção para cada programa estão especificados em seus editais.
Um estudo feito com comunidades de escaravelhos, em áreas de plantação de eucaliptos na Amazônia, concluiu que ecossistemas de plantação podem ser melhorados mantendo áreas de florestas naturais ao redor das de produção. Esta foi a conclusão da tese de doutorado de Wallace Beiroz, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada.
Wallace utilizou dados obtidos entre 2009 e 2013, de áreas de plantação de eucalipto próximas ou não de florestas naturais, na região Nordeste do Pará. Aquelas com mais floresta nativa possuíram mais possibilidade para a chegada de besouros rola-bosta, espécies sensíveis e indicadoras da saúde do ambiente. Esses animais desempenham função importante no ciclo da matéria orgânica, transportando nutrientes pelo solo (auxiliando o desenvolvimento das plantas e microrganismos). Em plantações com maior quantidade de floresta ao redor, foram encontradas comunidades com distribuição mais igualitária das características funcionais.
Parte da pesquisa foi dedicada ao registro do número de espécies encontradas nas áreas de plantação, mas Wallace também avaliou outras características, como: o peso médio dos animais; período de atividade (diurnos ou noturnos); e dieta e tratamento do esterco, entre outras características funcionais que afetam a influência das atividades dos besouros no ecossistema. Uma das conclusões foi que as plantações mais próximas das florestas naturais não tinham necessariamente mais espécies de besouros do que as outras, mas costumavam incluir mais besouros com potencial de reciclar mais matéria orgânica.
Assim, essas áreas próximas de florestas naturais tinham funcionamento mais parecido com essas últimas. “Em áreas distantes de florestas naturais (menos úmidas), bichos diurnos estão mais sujeitos a perder água, e é comum que desapareçam de plantações. Assim como animais pesados, que precisam de mais recursos e promovem mais ciclo de nutrientes”, diz o pesquisador.
Durante a pesquisa, outra conclusão foi que o funcionamento do agroecossistema pode se manter, mesmo perdendo espécies em relação à floresta – isso porque algumas delas podem apresentar redundância em relação ao papel no funcionamento. “Por isso, é importante que áreas nativas sejam preservadas, para que sirvam de fonte de espécies para áreas modificadas, promovendo a sustentabilidade”, aponta Wallace.
Uma das características das plantações para permitir mais oportunidade de entrada de espécies naturais é o aumento da área de floresta nativa e natural ao redor. “Ou seja: teoricamente, florestas próximas podem garantir uma maior ciclagem de nutrientes e fluxo de energia em plantações”.
Impactos
Wallace aponta que os resultados podem ser interessantes para a redução do uso de agrotóxicos e dos gastos de manutenção das plantações. A pesquisa sugere que a restauração ou manutenção de florestas naturais pode facilitar o movimento de espécies: “Os proprietários de plantações têm gastos para fornecer nutrientes para tornar as plantações mais produtivas, mas, caso mantenham a floresta natural ao redor das plantações, podem ter esse serviço gratuitamente dos besouros”, diz.
“Outro resultado interessante foi que apesar dos besouros rola-bosta normalmente se recuperarem, uma seca forte ou prolongada pode prejudicar a comunidade de rola-bosta. Portanto, o aumento das secas devido às mudanças climáticas pode ser um grande problema, já que esses besouros são responsáveis pela ciclagem de nutriente e até dispersão de sementes. Então, podemos estar matando as florestas indiretamente, mesmo aquelas que são consideradas protegidas”.
Dupla titulação com a Universidade de Lancaster
Wallace passou um ano na Inglaterra, no Centro de Meio Ambiente da Universidade de Lancaster, e obteve dupla titulação. A experiência no exterior foi positiva: “Incentivo todos os estudantes a tentar passar um período no exterior. Isso faz enxergar como outra cultura vive, sair um pouco da zona de conforto. Isso muda a forma de ver o mundo e elimina muitos preconceitos”.
Ele foi orientado pelo professor Júlio Louzada (DBI) e teve coorientação dos docentes Emma Sayer, Jos Barlow e Eleanor Slade. A tese, premiada como a melhor do Programa de Pós-Graduação daquele ano, foi defendida no final de 2016.
Núcleo de Divulgação Científica da UFLA.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Diversas pesquisas têm buscado alternativas para o uso do amianto na fabricação de telhas. Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, em todo o País, a produção, a comercialização e o uso do amianto tipo crisotila. O mineral, também conhecido como “asbesto branco”, provoca sérios danos à saúde de trabalhadores das fábricas.
Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), diversos materiais, como substituição ao amianto, têm sido pesquisados por pós-graduandos em Engenharia de Biomateriais. Uma dessas pesquisas, a do doutorando Danillo Wisky Silva, analisou a viabilidade do uso de fibras de eucalipto na produção de fibrocimentos pelo processo de extrusão.
Nesse experimento, as fibras de eucalipto foram produzidas por processo termomecânico, sem uso de reagentes químicos. As fibras, juntamente com a matriz cimentícia (cimento e calcário) e a água, passam por uma extrusora, e, através de um processo de mistura e compressão, a massa tomou o formato e tamanho desejados. O fibrocimento é composto por cimento comum e fibras e já são utilizados para telhas moduladas, placas planas, revestimentos, pisos e forros em diversos métodos de produção. Porém, o processo por extrusão ainda é novo e tem algumas vantagens, conforme explica o pesquisador: “Há um menor consumo de água, sendo que a quantidade do liquido utilizada cerca de 30% a 40 % da massa do cimento, enquanto no processo convencional, esse valor é de 60% a 80%, ou seja, você tem uma diminuição de custo. Outro atrativo é que o custo da implantação pelo processo de extrusão é menor; assim, você consegue produzir de maneira eficiente em microrregiões. ”
Em sua pesquisa de mestrado, Danillo utilizou a fibra de eucalipto, um material produzido em grande escala no Brasil. A intenção, segundo ele, foi mostrar que o produto é viável ao mercado: “O objetivo é mostrar que essas telhas podem ser produzidas com materiais livres de amianto, de origem vegetal, renováveis e, ao mesmo tempo, de forma descentralizada (longe das metrópoles,) utilizando o processo de extrusão como alternativa.” Atualmente, a produção de telhas utiliza fibras sintéticas e polpa celulósica, que são tratadas quimicamente. O projeto comparou os dois modelos e mostrou resultados bem promissores: “Com 3% de fibras de eucalipto provindas de processo termomecânico, obtivemos um resultado muito compatível com os da polpa celulose, barateando o custo de produção.”
O estudante explica que o processo de extrusão tem um potencial muito grande, sendo possível seu uso com vários tipos de materiais residuais. “Um produtor de banana, por exemplo, conseguiria produzir fibra através do caule da bananeira, e depois, com a extrusão, montar uma microempresa de produção de telhas moduladas, agregando valor aos seus resíduos regionais.” Para o orientador do projeto, professor Lourival Marin Mendes (DCF), “o estudo mostra uma tecnologia de fácil aplicação, que pode ser absorvida pela sociedade, aproveitando as peculiaridades regionais do Brasil, uma vez que o País é rico em fibras vegetais”, ressalta.
A extrusão, em comparação ao processo convencional, promove uma compactação da mistura, que, por sua vez, aumenta a densidade do fibrocimento. Danillo busca em seu doutorado uma maneira de diminuir essa densidade, sem causar prejuízos significativos na resistência mecânica dos fibrocimentos. Para isso, ele tem usado: polímeros superabsorventes, à base de poliacrilamida (material utilizado em absorventes femininos, fraldas infantis) e hidrogel para plantio de mudas com grande capacidade de absorção e expansão. “O polímero já conseguiu diminuir em 20% a 30% a densidade dos compósitos, com uma perda de 10% a 15% da resistência mecânica, deixando os materiais dentro da classe para telhas onduladas (> 7.0 MPa para módulo de ruptura), possibilitando o processo de extrusão em escala comercial.” Além disso, de acordo com o pesquisador, os polímeros superabsorventes também funcionam como um selador de trincas no concreto.
O professor Lourival acrescenta que a expectativa agora é despertar o interesse das empresas e indústrias para a produção dessas telhas em maior escala através da extrusão: “No Brasil e no exterior, existem fábricas que produzem fibrocimento, mas nenhuma com as características do produto que é desenvolvido pelo Danilo. As informações geradas nesta tese de doutorado serão muito importantes devido ao banimento do amianto.”
Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom; Imagens: Karina Mascarenhas e Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom; Edição do vídeo: Panmela Oliveira, comunicadora – bolsista Dcom/Fapemig.
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Criada em 2004, a Unidade Experimental de Produção de Painéis de Madeira (Uepam) funciona em um local que antes pertencia ao Departamento de Agricultura, e que, posteriormente, foi transferido para o Departamento de Ciências Florestais. O projeto foi elaborado pela arquiteta Luciana Barbosa de Abreu e executado pelo técnico administrativo Antônio Claret Matos. As obras dos blocos foram concluídas em 2012; tanto a construção quanto os equipamentos foram adquiridos por meio de recursos oriundos de pesquisas e tornaram o complexo um dos mais avançados na área no Brasil.
“Realizamos o desenvolvimento de novos materiais à base de fibras das mais diversas, desde painéis de madeira reconstituídos, fibrocimento até diversos materiais ligados ao mundo das fibras vegetais, tendo como matéria-prima: madeira, resíduos agrícolas, resíduos urbanos, servindo de base para compor novos materiais ou aprimorar outros, sendo produtos de aplicabilidade direta para a sociedade”, explica o professor Lourival Marin Mendes.
O local abriga seis blocos onde funcionam: a secretaria do Programa de Pós-Graduação em Biomateriais (PPGBIOMAT), laboratório de adesivos e painéis de madeira, laboratório de ensaios mecânicos e anfiteatro, laboratório de compósitos lignocelulósicos, laboratório de nanotecnologia e galpão multiuso.
O PPGBIOMAT teve sua origem no Núcleo de Estudos de Painéis de Madeira. Desde sua criação, 53 alunos de mestrado e 37 de doutorado passaram pelo Uepam.
Assista ao vídeo sobre a Uepam:
Texto e imagens: Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom Edição do vídeo: Panmela Oliveira, comunicadora – comunicadora – bolsista Dcom/Fapemig
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O encerramento dos Congressos de Iniciação Científica (XXX Ciufla), de Extensão (XII Conex) e de Pós-Graduação (XXVI CPG) da UFLA foi realizado no dia 1º de dezembro, no Salão de Convenções da UFLA, com uma palestra sobre o tema central dos eventos, inovação tecnológica na Universidade, e premiações dos autores de trabalhos mais bem avaliados.
A palestra foi proferida pelo professor do Departamento de Direito da UFLA (DIR) Fellipe Guerra David Reis, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec) da Universidade. Ele expôs exemplos de universidades que impulsionaram a inovação e obtiveram bons resultados, mesmo contra severas adversidades (como Stanford, nos EUA, e Universidade Ben-Gurion, em Israel, localizadas em regiões desérticas); e de regiões que adotaram a inovação tecnológica como área estratégica da política governamental (Coréia do Sul, a partir da década de 1960). Como resultado, desenvolveram-se nessas regiões empresas gigantes da área de tecnologia.
Em seguida, o professor destacou as iniciativas governamentais e as da UFLA para a área. O Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016) foi citada por facilitar: o compartilhamento de estruturas dos campi e laboratórios; a dispensa de licitação para compra de produtos de pesquisa; o apoio e criação de start-ups e spin-offs pelas universidades, entre outras questões. No âmbito das regulamentações internas, Fellipe citou a criação da Política de Inovação da UFLA; nova regulamentação de sua relação com as fundações de apoio; e reconstrução do Organograma de Trâmites Legas.
Além dessas iniciativas, o professor reforçou a atuação que o Parque Tecnológico de Lavras (Lavrastec) terá, abrigando empresas e centros de pesquisa; e o papel da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec), que apoia, atualmente, oito empreendimentos. A UFLA conta ainda com o Nintec, focado na proteção intelectual das tecnologias geradas na Instituição e interlocução entre pesquisadores e empresas.
No encerramento houve discursos dos pró-reitores de Pesquisa, de Extensão e Cultura e de Pós-Graduação. O professor Teodorico Ramalho, pró-reitor de Pesquisa, avaliou que, nessa edição, as áreas se integraram mais, a partir de uma montagem conjunta da programação. Além disso, enalteceu o recorde de resumos recebidos no Ciufla, sendo mais de 1900.
Também houve expressividade nos números do Conex, para o qual foram inscritos 500 trabalhos, de acordo com o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor João José Granate de Sá e Melo Marques. Ele também recordou os temas e palestras de interesse comum às áreas envolvidas.
Já o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, lembrou que em 2017 a Pró-Reitoria assumiu a organização do congresso (antes a cargo da Associação de Pós-Graduandos). A transmissão simultânea das palestras, para diferentes auditórios da UFLA, foi um fator positivo lembrado por ele.
Confira os trabalhos vencedores nos arquivos anexados:
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sedia, entre os dias 27/11 e 1º/12, o evento “Inovação Tecnológica na Universidade”, integrando três congressos: XXX Congresso de Iniciação Científica (Ciufla), XII Congresso de Extensão (Conex) e XXVI Congresso da Pós-Graduação (CPG).
As palestras serão realizadas no Salão de Convenções, com transmissão ao vivo nos anfiteatros do Departamento de Ciência da Computação, do Departamento de Agricultura e no Magno Antônio Patto Ramalho (Ramalhão).
Um dos principais agentes de desenvolvimento econômico de um País é a inovação tecnológica. Nesse contexto, as Universidades são fundamentais para o processo de inovação, sendo fonte de pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos inovadores, formando e capacitando mão de obra qualificada para o mercado.
O Ciufla tem como principal objetivo a divulgação dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos alunos de graduação da instituição e alunos do ensino médio bolsista do programa BIC Júnior. Mais informações podem ser conferidas nos vídeos abaixo.
O Conex tem o objetivo de divulgar os resultados dos projetos de extensão da UFLA, do ensino e pesquisa de diversas áreas do conhecimento e promover a interação e troca de experiências entre instituição e sociedade. O Pró-reitor de Extensão e Cultura, João José Granate explica de forma clara no vídeo que pode ser conferido abaixo.
Nove palestrantes irão conduzir palestras sobre o âmbito da pós-graduação no XXVI CPG, sete deles externos à UFLA e nove sendo parte do quadro de servidores da Universidade. O intuito é debater sobre a produção científica e a qualidade da mesma, formas para divulgação dos resultados de pesquisas, abrangendo até os perímetros do mestrado. Dois palestrantes da Capes também marcam presença para falar a respeito e tirar dúvidas a cerca das ações atuais sobre recursos, bolsas de financiamento e internacionalização na pós-graduação.
A Diretoria de Comunicação (DCOM) fez uma série de vídeos, abordando alguns assuntos que serão pautados no evento e relativos à pós-graduação, extensão, pesquisa e iniciação científica. Confira abaixo:
O professor do Departamento de Estatística (DES) Alex de Oliveira Ribeiro, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária da UFLA, vem desenvolvendo sua tese com a proposição de um teste estatístico para a detecção de herdabilidade multivariada. O teste elaborado foi apresentado durante o 63th Brazilian-International Congress of Genetics, organizado pela Sociedade Brasileira de Genética, ocorrido em Águas de Lindoia (SP) em setembro. Esse trabalho, intitulado “Multivariate Heritability Test”, recebeu menção honrosa e ficou entre os cinco melhores na categoria Painel – Pós-Graduação na área de Genética Humana.
Alex é orientado do professor Daniel Furtado Ferreira (DES) e coorientado da professora Júlia Maria Pavan Soler, do Instituto de Matemática e Estatística da USP. Os autores enfatizam a contribuição metodológica do trabalho para a Genética Humana, já que propõe um teste estatístico para a detecção de herdabilidade multivariada com grande potencial de aplicação nos estudos de herança de doenças multifatoriais ou complexas, como o Alzheimer, Síndrome Metabólica, algumas doenças cardiovasculares, dentre outras.
“As doenças complexas são causadas por distúrbios de diferentes variáveis no organismo humano, como alterações da pressão arterial, glicemia, colesterol, triglicérides etc, que conjuntamente, levam à manifestação da doença em um indivíduo. Ao se trabalhar com um teste de análise multivariada, os pesquisadores da área têm mais chance de detectar sua herdabilidade do que quando se analisa a herança de cada variável isoladamente”, comenta o professor Alex.
O teste proposto considera as relações de dependência genética entre os indivíduos de uma mesma família, agregando esta informação à variação dos fatores ou variáveis que influenciam na manifestação da doença. Até então, os testes para a detecção de herdabilidade consideravam apenas a influência de uma única variável.
O orientador, professor Daniel Furtado Ferreira, ressaltou que a ideia de desenvolver este teste partiu da professora Júlia M. P. Soler, do IME/USP, e destacou a aplicabilidade em outras áreas: “Há boas expectativas de que esse trabalho também possa ser aplicável em estudos de melhoramento vegetal e animal, por exemplo”.
Para o professor Renato Ribeiro de Lima, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estatística e Experimentação Agropecuária da UFLA, um dos objetivos do programa é desenvolver e fomentar pesquisas metodológicas e aplicadas às mais diversas áreas do conhecimento. A tese contribui nesse sentido, tendo aplicabilidade em pesquisas de Medicina e outras áreas.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
Os cursos de pós-graduação Lato Sensu em Produção de Material Didático Utilizando o Linux Educacional e Uso Educacional da Internet, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), tiveram início nesse sábado (21). Ambos são ofertados na modalidade a distância e ofertam 250 vagas distribuídas em cinco polos de apoio presenciais.
A cerimônia de abertura foi realizada no Salão de Convenções da Universidade e estiveram presentes o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, a pró-reitora de Assuntos Estudantis e Comunitários, professora Ana Paula Piovesan Melchiori, o chefe do Departamento de Ciências da Computação (DCC), professor Renato Ramos, o diretor da Educação a Distância, professor Cleber Carvalho de Castro e o professor André Vital Saúde.
Também atuante como coordenadora do curso Produção de Material Didático, Ana Paula afirma que o curso está sendo ofertado pela terceira vez e já possui mais de 250 formandos. Uso Educacional da Internet está em sua 2º edição e é coordenado pelo professor André Vital.
Em sua fala, o professor Renato destacou que o comprometimento dos estudantes desde o início, até o final do curso, é primordial para alcançar o diploma com mérito.
A UFLA oferece cursos a distância há cerca de 30 anos. O diretor Cleber Carvalho ressaltou que a Universidade tem colaborado com a educação, pois oferece cursos Lato Sensu e Stricto Sensu para a formação de novos professores. “Antigamente, na educação à distância, o envio dos materiais era realizado pelos Correios. A tecnologia colaborou muito para a evolução dos cursos”, afirma o professor.
Panmela Oliveira – comunicadora e bolsista Dcom/Fapemig
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizou na tarde da última quinta-feira (28/9) uma aula inaugural proferida pelo pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio. Na ocasião, foi demonstrado aos professores os locais onde se inserem os principais regulamentos e portarias, bem como o regulamento geral da Pós-Graduação, com ênfase na importância de os discentes conhecerem os regulamentos e vigências, que constam informações necessárias. Foram apresentados os programas acadêmicos e profissionais da UFLA, a evolução das notas e o mecanismo de avaliação dos programas pela Capes – no caso, a avaliação quadrienal.
O professor destacou a importância da escolha das disciplinas a serem cursadas, que devem possuir afinidade com o tema de dissertação ou tese, a necessidade da leitura científica e a participação em eventos extraclasse. Segundo o pró-reitor, “A formação discente é o principal foco da pós-graduação; os mesmos devem estar preparados para o mercado de trabalho e por isso precisam se preocupar em maximizar o tempo demandando para o curso, seja o mestrado, seja o doutorado”.
Outro ponto bastante ressaltado foi a produção científica. Segundo o professor Rafael Pio, os docentes devem estar atentos em produzir artigos científicos passíveis de serem publicados em periódicos internacionais com elevado impacto (JCR).
Além disso, enfatizou que a nota de avaliação dos Programas é constituída pelos seguintes pesos: 20% do corpo docente; 30% do corpo discente; 40% de produção intelectual; e 10% de critérios adicionais, evidenciando que são os próprios estudantes responsáveis por importante parcela dessa avaliação. “Os discentes devem ter a audácia de melhorar as suas investigações, pois são responsáveis pela produção intelectual e critérios adicionais, pesando 70% na nota do programa”. Ao final, Rafael Pio explicou que é necessário ter dedicação, seriedade, atenção e principalmente responsabilidade para desenvolver um bom trabalho na Instituição.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) realizou, na tarde desta quarta-feira (20/9), uma reunião com toda equipe dos programas de pós-graduação da UFLA para tratar sobre os resultados da recém-publicada avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que mostrou os avanços dos programas da Universidade.
Na ocasião, foram convidados professores que participaram do processo para apresentar suas experiências e pontuar suas percepções sobre os caminhos que podem fazer a UFLA avançar ainda mais no próximo quadriênio. Entre os principais pontos discutidos, estiveram a internacionalização e a publicação de artigos em periódicos de relevância científica.
O pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, ressaltou a importância de sempre encorajar o corpo docente e discente dos programas a submeterem artigos em periódicos de excelência. “Nossa meta está hoje orientada para o alcance internacional, com publicações em revistas bem conceituadas e de alto fator de impacto. Isso só é possível com a dedicação de toda a equipe que compõe um programa de pós-graduação: coordenação, professores e alunos. Em 2021, queremos ter ainda mais programas alcançando o padrão de excelência da Capes”, reforçou.
De acordo com o professor do Departamento de Agricultura (DAG/UFLA), Moacir Pasqual, que contribuiu com o processo de avaliação da Capes, os programas de pós-graduação devem estar sempre atentos aos documentos que definem cada área e dar seu desempenho máximo. “Os critérios de avaliação do quadriênio são definidos no dia da avaliação. Mas a Capes tem dado cada vez mais importância para a produção de artigos de qualidade, também de discentes e egressos, pois tem como objetivo principal a formação de pesquisadores”, pontuou.
UFLA na avaliação Capes
Os cursos de pós-graduação são avaliados com conceitos que variam de 3 a 7, nos quais são considerados diversos fatores, como a produção científica do corpo docente e discente, a estrutura curricular do curso, a infraestrutura de pesquisa da instituição. Em 2013, pela primeira vez, um Programa da Universidade atingiu a nota 7- Ciência do Solo. Desta vez, mais uma conquista, Genética e Melhoramento de Plantas também alcançou o índice máximo da escala.
Nos parâmetros da Capes, a nota 5 é atribuída aos cursos de excelência em nível nacional. As notas 6 e 7 correspondem aos cursos de qualidade internacional– cinco Programas da UFLA chegaram a esse patamar (Ciência do Solo, Genética e Melhoramento de Plantas, Zootecnia! , Ciência dos Alimentos, e Microbiologia Agrícola). Já a nota mínima 3 foi atribuída aos cursos novos.