Ginástica Aeróbica da UFLA é Pentacampeã no Campeonato Brasileiro- maior nota da história da competição
A Ginástica Aeróbica da Universidade Federal de Lavras conquistou importantes títulos no Campeonato Brasileiro, realizado na cidade de São João do Meriti, Rio de Janeiro. Os ginastas trouxeram para casa os títulos de pentacampeões por equipe, categoria adulta, com a maior nota existente na história da Aeróbica brasileira; pentacampeões no grupo adulto; tricampeões no trio adulto e ainda vice-campeões na dupla adulto.
Participaram do Campeonato e trouxeram o título de Penta para UFLA, por equipe, todos da principal, que são hoje no total de oito: Adrielle Lopes, Caroline dos Santos, Christian Andrade, Edson Nunes, José Henrique Oliveira, Maelton Siqueira, Marcelo Martins, e Maria Eduarda Oliveira.
Os ginastas Caroline dos Santos, Christian Andrade, Edson Nunes, Marcelo Martins, e Maria Eduarda Oliveira também subiram ao pódio para receberem o título de pentacampeões no grupo adulto, com a segunda maior nota da competição.
Já como tricampeões no trio adulto, foram os ginastas José Henrique Oliveira, Maelton Siqueira, e Marcelo Martins. Adrielle Lopes e Christian Andrade destacaram-se como vice-campeões na dupla adulto.
O treinador e coordenador do projeto, professor Luiz Henrique Rezende Maciel, do Departamento de Educação Física (DEF/UFLA), agradece a todo o empenho da equipe e a contribuição da UFLA. "Mais uma etapa concluída. Dever cumprido. Outra vez o orgulho me enche o coração, perceber que a cada dia meus meninos e meninas estão cada vez mais maduros, íntegros, responsáveis e conscientes. Como sempre digo, os títulos enchem os olhos e legitimam o nosso trabalho, mas o ganho vai muito além deles, e olha que estamos com um saldo muito positivo", comenta emocionado.
Luiz Maciel, também lamenta por ter contado com menos ginastas no Campeonato, devido a situação crítica da região em que ocorreu a competição, que está sob estado de emergência por conta do alto índice de violência. Se não fosse esse fato, a delegação viajaria com 38 ginastas. O desfalque foi para preservar e proteger as crianças e os adolescentes.
“Esse campeonato foi atípico para nós, pois só participamos com a categoria adulta, mas tivemos um resultado excelente, apesar de ficarmos chateados de não poder ir toda a equipe. Agora, é pensarmos e lutarmos pelo apoio de todos no Pan-Americano, que será realizado na Colômbia, de 25 a 30 de outubro. Teremos a participação de toda equipe adulta, juvenil, e infanto”, destaca Luiz.
Ginástica na UFLA: um legado de conquistas
Há sete anos, crianças, adolescentes e adultos universitários podem desfrutar de atividades
gymnicas na UFLA. Além de exercer um trabalho social, o projeto “Ginástica na UFLA” tem permitido aos atletas subir ao pódio das competições mais disputadas do mundo. Nos dois últimos anos, conquistou os títulos de melhor equipe das Américas e, nos últimos quatro de melhor do Brasil. Em 2016, a equipe além de participar do Pan-Americano, foi a única brasileira a estar na final no Campeonato Mundial.
O projeto é coordenado pelo professor Luiz Maciel (DEF/UFLA) também técnico da Seleção Brasileira de Ginástica Aeróbica. Encantado pela ginástica aeróbica desde a sua graduação, Luiz Maciel cresceu no esporte e possibilitou que ele se fortalecesse na Universidade. Em 2010, assim que ingressou como docente na UFLA, inseriu o projeto com um cunho social, um trabalho que vai além das competições.
“Temos muita visibilidade com relação às competições, mas também exercemos um forte trabalho social. Hoje, atendemos a cerca de 200 crianças, jovens, adultos universitários, gratuitamente. Assim que eles entram, já os aconselho a ingressarem na Universidade, que é preciso ir além dos nossos treinamentos, para dar continuidade nos estudos. Temos o compromisso de abrir os olhos das crianças, da comunidade e possibilitar a entrada na Universidade. Eu tenho atletas que estão comigo desde que eram crianças e que ingressaram na UFLA”, comenta o coordenador.
Lavras, Ijaci, Perdões, entre tantas outras cidades, são atendidas no projeto. Para ingressar, é preciso que a criança tenha pelo menos cinco anos. O professor explica que a procura é grande, e por isso, os interessados devem deixar os nomes cadastrados em listas de espera, para que possam ser chamados sempre que surgir uma nova vaga.
Para quem deseja entrar, é preciso saber que o trabalho é árduo. Aqueles que já participam de competições treinam de segunda a sábado, de quatro a cinco horas por dia. “Nem em feriados descansamos, somente aos domingos, e ainda depende se há alguma competição em vista. Para as Olimpíadas, por exemplo, treinamos de janeiro a agosto, de segunda a segunda, sem feriado, sem domingo”, ressalta Luiz.