Despesas com alimentos voltam a pressionar a inflação
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), ficou em 1,1% no mês de abril. Em março, esse índice havia sido de 0,75%. No acumulado do ano, a taxa de inflação medida pelo IPC da Ufla está em 3,1%.
Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, as maiores altas ficaram concentradas, principalmente, nos setores de alimentos (1,88%) e de despesas com vestuário (3,41%). De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa de preços, o peso dos alimentos no orçamento familiar é de 26,83% e o dos vestuários, 14,8%. Isso significa que, de cada R$100,00, R$41,63 são gastos com artigos dessas duas categorias, ou seja, quase a metade do orçamento familiar.
Também tiveram alta em abril os gastos com bebidas (2,13%), material de limpeza (1,55%), bens de consumo duráveis - eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática, com aumento de 1,47%.
Com relação ao grupo alimentos, os produtos in natura subiram, em média, 1,99%; os semi-elaborados, 1,42% e os alimentos industrializados, com alta de 2,25%. Por itens, o arroz teve, em abril, um aumento para o consumidor de 6,57%; o pão francês, de 6,0%; a farinha de trigo, de 3,93%; o macarrão, de 4,04% e também alguns derivados do leite, como o iogurte, com alta de 7,26 no mês.
Entre os demais grupos pesquisados pela Ufla, não se constataram, em média, variações de preços nos segmentos dos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), moradia e as despesas com transporte e lazer. Já nas categorias higiene pessoal e educação e saúde, a pesquisa identificou queda na média dos preços levantados, de -0,33% e de -0,01%, respectivamente.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas aumentou 0,88%, em abril, passando a R$327,81. Em março, seu valor era de R$324,93.