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Rubem Alves presenteia Ufla com palavras
Educador, escritor, psicanalista e teólogo de renome no Brasil e exterior. Autor de diversos livros de teologia, filosofia, crônicas e infantis. Professor Emérito da Unicamp/SP. Esse é Rubem Alves, que esteve na Universidade Federal de Lavras – Ufla para proferir uma palestra na manhã desta quarta-feira (5/11).
Rubem Alves tem suas raízes fincadas no Sul de Minas Gerais. Ele nasceu na cidade Boa Esperança, em 1933, estudou teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas/SP, entre 1953 e 1957, e em 1958 mudou-se para Lavras, onde exerceu a função de pastor na Igreja Presbiteriana até 1963.
Na palestra que ministrou para cerca de 350 pessoas, Rubem Alves relembrou os tempos em que viveu na cidade, seu trabalho, sua vida. Foi mais longe ainda. Comentou a criação da antiga Escola Agrícola de Lavras – EAL, que deu origem à Ufla: “devemos agradecer à febre amarela por estarmos aqui. Não fosse ela, os visionários que criaram a EAL não teriam saído de Campinas e vindo para Lavras”. Afirmou.
Educador respeitado, Rubem Alves dedicou boa parte de sua palestra para tecer suas opiniões sobre a pedagogia do ensino no país. Segundo ele, os programas dos cursos e disciplinas deveriam ser mais abertos, dando a oportunidade de os próprios estudantes escolherem caminhos distintos. “as universidades têm se tornado lugares de alienação. As pessoas ficam tão preocupadas com suas teses, que se esquecem de ver o que está acontecendo com suas vidas. A universidade tem que estar ligada diretamente à vida das pessoas ”. Concluiu.
Descontraído, Rubem Alves contou vários casos de quando ainda era estudante. Lembrou dos professores que influenciaram sua vida, e destacou que nenhum deles o obrigava a estudar, mas sim o estimulava a aprender. Em outro momento, ele questionou o ensino de diversas disciplinas, que no futuro se tornam apenas ‘esquecimento’. “Nossas escolas seguem um modelo de ‘linha de montagem’ isso não é o certo. O que foi aprendido, e que realmente irá servir para as pessoas, é aquilo que ficou depois que o esquecimento fez o seu trabalho”.
Ao final, Rubem Alves deixou um recado para os estudantes presentes na palestra. Disse ele: “o conhecimento, sozinho, não nos dá razões para viver. É preciso ter razões para viver. Existem coisas mais importantes do que ser cientistas. Uma delas é amar”.
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