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A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras - DAE/Ufla, acumulou uma taxa de 7,81%, no ano de 2008. Em 2007, a inflação ficou acumulada em 6,16%.

 

Em 2008, o grande vilão da inflação foi o comportamento dos preços dos alimentos, com alta acumulada, no ano, de 17,84%. Em 2007, também foram os alimentos que puxaram a inflação, que acumulou alta de 16,41%.

 

Com isso, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou de R$313,71, em janeiro para R$369,18 em dezembro, ou seja, teve alta de 17,68%, em 2008.

 

Além das altas dos alimentos, a pesquisa do DAE/Ufla constatou que outros três grupos que compõem o IPC também subiram acima da média em 2008, a exemplo dos setores de limpeza (13,86%), despesas com vestuário (11,32%) e bebidas (9,51%).

 

Entre as aplicações no ano, a caderneta de poupança acumulou crédito de 7,88%, praticamente empatando com a inflação medida pela UFLA. No ano, o dólar se valorizou em relação ao real, ultrapassando a barreira dos 30,0% de alta.

 

 

O DAE/Ufla também divulgou a inflação de dezembro, cuja taxa foi de 0,6%. No mês de novembro, este índice foi de 0,43%.

 

Entre os itens que mais subiram de preços em dezembro estão àqueles associados aos grupos alimentos (1,01%) e vestuário (2,51%). Também foi registrada alta de preços nos setores de bebidas (1,01%), de higiene pessoal (0,13%) e de material de limpeza (0,08%).

 

Entre os segmentos que compõem a categoria alimentos, a maior alta ficou com os produtos semi-elaborados, 1,86%, principalmente as carnes: a suína aumentou 1,58%, a carne bovina ficou mais cara 2,28% e a de frango, alta de 1,89. Entre os alimentos in natura, as maiores altas foram registradas nos preços da beterraba (7,4%), do tomate (7,26%), do maracujá (7,8%) e do abacate (6,26%). Entre os industrializados, os maiores aumentos foram identificados nos preços do açúcar (4,39%), do café (3,2%) e dos chocolate/bombons (3,6%).

 

Os grupos pesquisados pela UFLA em dezembro e que tiveram queda média de preços no mês foram: bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática (-0,81%), educação e saúde (-0,03%) e gastos com transporte (-0,41%). Em média, não houve alterações de preços nos itens que compõem as categorias serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), moradia e gastos com lazer.

 

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$369,18 em dezembro, ou seja, houve variação, para mais, de 0,77% em relação ao mês anterior, quando este custo foi de R$366,35.