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Ufla proíbe trote dentro e fora do <em>campus</em>

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Quarta, 04 Março 2009 12:59 | Última Atualização: Quarta, 04 Março 2009 12:59
O Conselho Universitário da Universidade Federal de Lavras (Ufla) regulamentou a proibição do trote estudantil em janeiro de 2008 e reeditou sua resolução em dezembro do mesmo ano. A resolução deixa claro que não é permitido qualquer tipo de ato estudantil que cause, a quem quer que seja, agressão física, moral ou qualquer forma de constrangimento, dentro e fora do espaço físico da Universidade.

 

De acordo com o Reitor, Prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, “a questão do trote estudantil sempre foi considerada na Instituição, mas era tratada de forma superficial pelo Regime Disciplinar Discente. A maior dificuldade residia na apuração dos fatos e na aplicação de punições quando havia abuso por parte de estudantes veteranos. No entanto, uma nova resolução foi editada em janeiro de 2008 para tratar especificamente do assunto, sendo clara na proibição desta prática dentro e fora do campus. Uma comissão do Conselho Universitário foi constituída para acompanhar a sua aplicação nas duas calouradas do ano passado, que propôs ajustes e adequações à mesma, já incorporadas na reedição da Resolução em dezembro de 2008”, explica ele.

 

Penalidades - A resolução prevê, ainda, punições a veteranos que aplicarem o trote e a calouros nos quais o trote é aplicado, caso estes últimos permaneçam dentro do espaço físico da universidade trajando vestimentas ou portando adereços que caracterizem esta prática. O documento também diz respeito a professores, técnico-administrativos ou mesmo estudantes que testemunharem atos de trote no campus ou em locais de atividades acadêmicas e denunciarem por ser considerados omissos e se sujeitarem a responder o processo administrativo disciplinar.  

 

E as penalidades não param por aí. No caso dos estudantes, essa transgressão pode levar a suspensão ou desligamento da instituição, penalidades previstas no Regime Disciplinar do Corpo Discente. Quanto aos servidores, as penalidades estão previstas no Regime Jurídico Único.

 

Disk-trote - A Ufla também dispôs de um serviço de Disk-trote especialmente para quem quiser denunciar esse tipo de ação dentro ou fora do campus, sendo também possível fazer a denúncia por escrito. Basta encaminhar as anotações à Pró-Reitoria de Graduação ou entrar em contato pelo 3829-1154 ou pelos ramais 1154 e 333.  

 

Trote Solidário é apenas uma das alternativas

 

Em contra-partida ao trote violento, o Grupo de Oração Universitário Renascer propõe uma forma alternativa de “Trote Solidário”. “Nós sempre recepcionamos os calouros e os convidamos para conhecer o grupo, mas desta vez resolvemos também fazer alguma coisa realmente prática, foi a partir daí que pensamos na doação de sangue. Levamos a idéia à Comissão Organizadora da semana de recepção aos calouros da Ufla e a própria Reitoria entrou como parceira”, explicam Samantha Brettas e Fernanda Carvalho Costa, ambas mestrandas na Ufla e membros do grupo.

 

“Assim, vamos convidar todos os novos estudantes e, a partir de uma triagem feita aqui mesmo, pretendemos levar pelo menos 40 deles para uma segunda triagem em São João Del Rey. E com isso, efetivar a doação”, dizem elas.

 

Receio - Com relação ao trote convencional, Samantha comenta que “algumas pessoas parecem perder a noção, confundindo uma recepção calorosa com brincadeiras constrangedoras e até mesmo perigosas, sem falar no uso completamente descomedido de bebida alcoólica”, afirma.

 

Já a sua amiga tem sua opinião formada com base na própria experiência pela qual passou. Fernanda tomou um trote por ocasião da entrada em uma universidade. Além de pintarem todo o seu corpo e ter que passar por situações constrangedoras, jogaram creolina na sua cabeça. “Jogaram especialmente em lugares como a orelha, por exemplo, onde é difícil de limpar. Por conta disso, passei dias cheirando mal. A camiseta que eu estava usando foi para o lixo. Sinceramente, é uma experiência pela qual eu nunca gostaria de ter passado”, relembra ela.

 

Em função de situações como essa, Samantha relata um fato bastante interessante. Segundo um dos seus amigos veteranos, às vezes sobram vagas nas repúblicas e não se acha ninguém para ocupá-las, mesmo com a chegada de tantos estudantes novos. De acordo com o amigo de Samantha, a razão disso é muito simples. “Muitos calouros preferem ficar em pensões ou em qualquer outro tipo de moradia por receio de ter que enfrentar o que pode vir a acontecer numa república”, explica ela.

 

Outras atividades - De qualquer forma, além da doação de sangue, a recepção dos calouros na Ufla, no início deste mês, prevê inúmeras atividades, através das quais eles poderão conhecer a universidade e também se integrar com os membros do DCE e os Centros Acadêmicos, sem falar nos Jogos Ufla Júnior, que envolverão calouros e veteranos.



E o grupo Renascer não pretende parar por aí. Segundo as mestrandas, a idéia é ampliar o projeto, criar outros tipos de atividades, firmar parcerias com outros grupos e, a partir daí, tornar a “calourada” ainda mais calorosa, mas se utilizando apenas de atrativos sadios.

 

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