Ir direto para menu de acessibilidade.
Atenção! Você está acessando um arquivo automático de notícias e o seu conteúdo pode estar desconfigurado. Acesse as notícias mais antigas (anteriores a Maio/2018) em nosso repositório de notícias no endereço www.ufla.br/dcom.

Renda agrícola continua em queda

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Quarta, 01 Abril 2009 10:13 | Última Atualização: Quarta, 01 Abril 2009 10:13
O ritmo de variação média dos preços agropecuário manteve sua tendência de queda para o produtor rural, em março. Neste mês, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas ficou negativo em 1,75%. No mês passado, essa queda tinha sido de 0,86.

 São levantados os preços de 42 produtos, na pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

 Este resultado aconteceu, em parte, devido à queda nos preços dos grãos. A cotação do café caiu 7,38%; o milho ficou mais barato, para o produtor, 1,18% e o preço pago pelo feijão foi o que teve a maior baixa no mês, de 12,80%.

Já os preços pagos aos pecuaristas pelos leites tipo C e tipo B tiveram uma recuperação em março, ao contrário do que aconteceu em fevereiro. Nesse mês, o preço do leite tipo C teve alta de 1,75% e o do tipo B, aumento de 2,94%.

Entre os hortifrutigranjeiros, a pesquisa da UFLA identificou altas e baixas nos preços pagos, a depender do produto. Entre as maiores altas estão as da laranja (50,0%), da batata (40,0%), da couve-flor (40,0%), dos brócolis (33,33%) e da cebola (22,73%). As maiores quedas de preços neste segmento foram para: pimentão (-28,57%), quiabo (-28,57%), tomate (-12,3%) e pepino, com queda de 6,76%.

No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em março foi positiva em 0,72%, o mesmo acontecendo em fevereiro, quando os insumos subiram 3,59%.

 Para estes insumos, são pesquisados 187 produtos e, entre estes, as principais altas ocorreram nos setores de adubos (7,25%), de rações (5,39%), de formicidas (5,87%) e de vermífugos, com alta de 2,52%.  As maiores quedas dos insumos ficaram concentradas nos preços médios dos antibióticos (-4,14%), dos fungicidas (-2,73%) e dos herbicidas, com queda de 2,14%.

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.

Comenta o prof. Ricardo Reis, coordenador do levantamento dos índices de preços agrícolas, que esta queda nos preços dos alimentos no campo também chegou ao consumidor. Em março, o índice de inflação calculado pela UFLA registrou deflação (queda na média dos preços pesquisados) e foi puxada pelos alimentos, principalmente arroz, feijão e carnes.

E avalia, ainda, que esse comportamento de baixas nas cotações dos preços dos alimentos, seja no campo como no varejo, está, em parte, associado à crise financeira por que passa a sociedade. As incertezas do consumidor quanto à capacidade de manutenção de renda, trabalho e o próprio endividamento contraído no passado estão levando-os a gastar menos e, num segmento integrado como acontece na cadeia produtiva agrícola, tem um efeito dominó, refletindo nos preços dos produtos agrícolas no campo.

 

Atenção! As notícias mais antigas (anteriores a Maio/2018) estão disponíveis em nosso repositório de notícias no endereço www.ufla.br/dcom.
 
Portal da Ciência - Universidade Federal de Lavras
FalaBR: Pedidos de informações públicas e manifestações de ouvidoria em um único local. Sistema Eletrônico de Informações ao Cidadão (e-SIC) e Ouvidoria.
Participante do Programa Nacional de Prevenção à Corrupção