Reconhecimento Nacional
A formação de mão de obra qualificada, o estímulo ao empreendedorismo e à interdisciplinaridade, a aproximação da teoria com a atividade econômica e o desenvolvimento de pesquisas nas mais diversas áreas, aliados à alta capacidade técnica dos professores têm feito do curso de Química da Ufla um dos mais bem conceituados do Brasil. Prova disso é a alta produção de trabalhos e experimentos que têm sido bastante elogiados e premiados em todo o país. Um exemplo recente é do estudante Adilson Cândido da Silva, vencedor do prêmio Petrobrás de Tecnologia edição 2009. Ele foi contemplado com um cheque no valor de R$ 10 mil e uma bolsa CNQP para a realização de um curso de mestrado em qualquer instituição de ensino do país.
Adilson foi premiado na categoria graduação na área de Tecnologia e Energia. Sob a coordenação do professor Luís Carlos Alves de Oliveira, o trabalho mostrou a utilização mais eficaz do glicerol, um insumo gerado a partir da produção do biodiesel. Para isso, o estudante utilizou a nióbia modificada como catalisador na transformação do glicerol em um composto com maior valor agregado, possuindo aplicações em diferentes ramos da indústria química.
De acordo com o estudante, a produção do biodiesel tem aumentado a cada ano, daí a necessidade de se encontrar formas viáveis economicamente de transformar o glicerol em novos produtos. “Com o aumento da produção do biodiesel, o preço do glicerol está em contínua queda, o que tem acarretado dificuldades financeiras em várias indústrias. Com a geração de grandes quantidades desse insumo, é importante, do ponto de vista econômico, encontrar novas aplicações para esse produto”, analisa Adilson.
O Prêmio Petrobrás de Tecnologia está em sua quarta edição e tem como objetivo incentivar o envolvimento da comunidade acadêmica nos temas tecnológicos relevantes para a indústria de petróleo, gás e energia. A iniciativa é uma forma de reconhecer a contribuição de professores e estudantes para o desenvolvimento da Petrobrás, da indústria do petróleo nacional e da própria sociedade.
Pedro Farnese/Ascom Ufla
PROJETO AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL - O projeto intitulado “Resíduo sólido da indústria de couro no crescimento, produção e nutrição mineral de plantas de arroz” rendeu aos estudantes Paulo Fabrício Q. Martins e Nayara T. do Prado o segundo lugar do Prêmio Agroambiental da empresa Monsanto.
Realizada através de uma parceria entre os departamentos de Química (DQI) e Ciência do Solo (DCA), a pesquisa tem como objetivo oferecer uma destinação mais adequada aos resíduos provenientes da indústria do couro. Os trabalhos tratam da transformação do resíduo wet blue (couro curtido com cromo) em colágeno (couro após a extração de cromo). De acordo com o estudante Paulo Fabrício, a proposta é inovadora e demonstra a possibilidade da transformação de resíduos poluentes da indústria de couro em insumos para a agricultura. “Neste trabalho, podemos destacar a redução da concentração do cromo no resíduo para a utilização na produção de alimentos’, explica.
O objetivo do Prêmio Agroambiental Monsanto foi o de reconhecer e estimular pesquisadores e estudantes de nível técnico ou superior para o desenvolvimento de novas tecnologias e práticas inovadoras em direção a uma agricultura sustentável. A pesquisa premiada da Ufla é desenvolvida por uma equipe coordenada pelo professor Luiz Carlos Alves de Oliveira. Além dos estudantes premiados, compõem o grupo a pesquisadora Ana Rosa Ribeiro Bastos e a professora Janice G. de Carvalho.
