Projeto envolvendo despoluição das águas ganha Prêmio Furnas
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O trabalho “Degradação de corantes têxteis por processo industrial de baixo custo”, da doutoranda em Agroquímica Maria Cristina Silva, ganhou o 1º lugar na categoria “estudante com nível mestrado e doutorado” no 8º Prêmio Furnas Ouro Azul, entregue em Belo Horizonte.
Entre os concorrentes havia projetos dos estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, lembrando que o prêmio é uma promoção das empresas Furnas Centrais Elétricas, Estado de Minas, Correio Braziliense e Jornal do Commercio.
Orientado pela profa. Angelita Duarte Corrêa, do Departamento de Química, o projeto está relacionado à questão da contaminação das águas, um dos maiores problemas da sociedade moderna. Dentro deste contexto, os processos têxteis são consumidores de água em potencial, sendo responsáveis pela geração de grandes volumes de resíduos com elevada carga orgânica e forte coloração.
De acordo com Maria Cristina e Angelita, o emprego de enzimas como a peroxidase (presente no nabo) no tratamento desses efluentes representa uma alternativa promissora, já que essa enzima pode ser envolvida em processos de descoloração. “A enzima obtida do nabo removeu o corante turquesa remazol sem a necessidade de etapas de purificação e sim através de um processo de baixo custo. Por isso mesmo, essa enzima tem um grande potencial como alternativa eficaz e economicamente viável na remoção da cor de efluentes coloridos, cujo descarte na água sem tratamento adequado acarreta sérios impactos ambientais e é um desafio para as indústrias do setor”.
Patente
Contando ainda com o apoio da estudante de Química, Juliana Arriel Torres (Iniciação Científica), o projeto gerou ainda a patente intitulada "Processo de degradação de corantes por peroxidase vegetal", já depositada junto ao INPI.