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Ufla é parceira do Programa de Produção e Uso de Biodiesel
A Ufla se fez presente em um importante encontro realizado em Brasília, nos dias 16 e 17 de junho, que reuniu importantes instituições envolvidas no desenvolvimento e inovação para consolidar a pinhão-manso (Jatropha Curcas L.) como uma das espécies para atender ao Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Durante a reunião, promovida pela Embrapa Agroenergia, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi lançado o Projeto “BRJATROPHA”, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos – Finep/MCT.
No evento, os representantes de cada uma das instituições envolvidas no projeto apresentaram seus planos de ação para atender as metas. “Em três anos, serão desenvolvidas pesquisas em todas as regiões brasileiras, desde a parte agronômica, a produção do biodiesel e a destoxificação da torta do pinhão-manso”, afirma Bruno Laviola, pesquisador da Embrapa Agroenergia e líder do Projeto BRJATROPHA.
A Ufla é a única instituição de ensino do estado a participar do projeto. A frente dos trabalhos, o professor Pedro Castro Neto explica que a Universidade terá como meta a resolução de problemas associados aos processos de colheita mecanizada e semi-mecanizada, bem como pós-colheita e armazenamento de frutos e grãos de pinhão-manso relacionados ao rendimento industrial e qualidade de óleo para o biodiesel.
O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, César José da Silva, adianta que as ações dentro do Projeto no estado do Mato Grosso do Sul serão direcionadas na área de adubação, coleta e caracterização de germoplasma. “O projeto vem para focar em atividades, em fatores limitantes para o desenvolvimento da cultura no MS, com objetivo no manejo integrado de pragas e doenças, desenvolvimento de técnicas de manejo como poda, espaçamento e recomendação de adubação, visando à melhor eficiência do sistema de produção no intuito que o produtor venha a ter lucro”, salienta César.
Na região Sul, o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Sérgio Delmar, reforça que a espécie esta em fase de domesticação, sendo importante os trabalhos com biologia floral e caracterização da variabilidade. “Fazemos coleta no Estado e estudos de variabilidade com materiais dessa e de outras regiões do Brasil introduzidos no Rio Grande do Sul”, diz. A preocupação é a avaliação agronômica e molecular, utilizando a técnica de microssatélite. “Temos também o objetivo de conservar o material genético, diagnosticar pragas e doenças e desenvolver o controle biológico”, completa.
São 23 instituições envolvidas do Programa, sendo elas 17 unidades da Embrapa (Agroenergia, Solos, Florestas, Milho e Sorgo, Gado e Leite, Agroindústria de Alimentos, Cerrados, Clima Temperado, Agropecuária Oeste, Soja, Semi-Árido, Algodão, Recursos Genéticos e Biotecnologia, Rondônia, Informática Agropecuária e Meio Norte), cinco universidades (Federal do Paraná, Estadual do Norte Fluminense, Federal de Lavras, Universidade de Brasília e Federal do Tocantins) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
*Com informações da Embrapa Agroenergia
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