Preços do café e do milho sustentam renda agrícola em agosto
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) divulgou os Índices de Preços Agrícolas referentes ao mês de agosto, cujas altas do café e do milho sustentaram a renda do setor agrícola. Em agosto, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários teve variação positiva de 7,47%, enquanto o Índice de Preços Pagos (IPP) pelos insumos agrícolas caiu 0,06%. Estes índices estimam, respectivamente, a variação da renda agrícola e o comportamento dos custos de produção do setor.
Na análise por setor, foram as cotações do café e do milho que mais pressionaram os preços no campo. O preço médio pago ao cafeicultor subiu 15,45% em relação ao mês passado e o do milho, alta de 13,58%. Os hortifrutigranjeiros também estiveram em alta no mês de agosto, cuja variação média foi de 2,97%, com destaque para as altas da laranja (82,93%), da banana (25,0%), da cenoura (15,87%) e da mandioca (18,0%).
Já o preço do feijão teve uma queda média de 2,99% e a cotação do arroz se manteve estável no mês. Em agosto, tanto o preço do leite tipo C pago ao pecuarista, quanto ao preço do leite tipo B, não tiveram alterações de preços em relação ao mês de julho.
Entre os insumos agrícolas, que ficaram mais baratos em agosto, destacam-se os preços dos fertilizantes, que caíram, em média, 1,51%, o das rações, com queda de 2,15%, os preços das sementes e mudas, cuja baixa foi de 4,07%%, os fungicidas, redução de 8,84, os formicidas, -10,98% e queda nos preços dos antibióticos de 7,91%. O destaque no mês ficou com a alta dos herbicidas, que ficaram mais caros para o produtor rural, 37,27%.