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Alta dos alimentos no campo pressiona inflação de novembro

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Quinta, 02 Dezembro 2010 06:15 | Última Atualização: Quinta, 02 Dezembro 2010 06:15

A alta dos produtos agrícolas verificada no campo já pressiona os custos da matéria prima e do processamento e, consequentemente o consumidor. Até o mês de novembro de 2010, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural, teve alta de 17,13%. Em novembro, o IPR aumentou 2,4%.

E como consequência no segmento agroindustrial, essa alta chegou até ao final da cadeia produtiva, ou seja, o consumidor. Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), ficou em 1,1%, sendo a taxa de inflação mais alta do ano. No mês passado, o IPC da Ufla atingiu 0,15% e em setembro ficou em 1,06%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, a inflação de novembro ficou localizada na categoria alimentos, que teve alta, em média, de 2,36%. Os produtos in natura subiram 1,55%, os semielaborados ficaram mais caros 5,68% e os industrializados, alta de 5,91%. Na análise por itens, os maiores aumentos do mês ficaram com as carnes: a suína aumentou 8,12%, a bovina, 28,82% e a carne de frango ficou mais cara 6,55%. Em média, tanto o arroz quanto o feijão, também subiram no mês. Entre os produtos industrializados, os destaques ficaram com os preços dos queijos, cujo aumento foi de 17,75% e a mussarela, alta de 4,51.

Entre os alimentos in natura, as maiores altas ficaram localizadas no setor de frutas: manga (0,68%), pêra (1,45%), maça (0,77%), goiaba (0,71%) e limão, cujo aumento foi de 0,31% em novembro.

Além dos alimentos, o grupo material de limpeza também chegou a puxar a inflação do mês, com aumento de 2,03%, juntamente com a categoria vestuário, com aumento de 2,77%. As bebidas ficaram mais caras 0,87% e os itens de higiene pessoal subiram em média 0,27%.

Os demais setores que compõem o IPC da Ufla praticamente não tiveram alterações significativas de preços em novembro: despesas com transporte, moradia, lazer, educação e saúde, serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática).

O custo da cesta básica de alimentos, para uma família de quatro pessoas, teve uma variação de 0,8% em novembro, passando a custar R$357,50. Em outubro, seu valor era de R$354,63.

 

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