Inflação de setembro surpreende: taxa divulgada pela UFLA é a maior desde 2003
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 2,07% no mês de setembro. Em agosto de 2011, esse índice foi de 0,03 %. A taxa de inflação de setembro foi a maior desde janeiro de 2003, quando registrou 2,73%. No ano, o acumulado pelo IPC da UFLA já atinge 4,24%, praticamente atingindo a meta estabelecida pelo governo para 2011, que é de 4,5%, com tolerância de 2,0% para mais.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, à exceção dos bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática), que teve queda de 2,29% e as estabilidades das tarifas dos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e das despesas com transporte e com lazer, todos os demais setores pesquisados pela UFLA tiveram altas de preços em setembro. São levantados mensalmente cerca de 7700 preços, de 11 grupos.
As maiores altas verificadas neste mês ficaram localizadas nas categorias: material de limpeza, que ficou mais caro 9,07%, higiene pessoal, 5,68%, vestuário, 5,61% e gastos com moradia, cujo aumento foi de 4,34%. As bebidas também ficaram mais caras em setembro, com acréscimo médio de 2,37% e a educação e saúde tiveram alta de 016%.
Entre os alimentos, que tiveram aumento de 1,28% no mês, as maiores altas ocorreram nos produtos
industrializados (4,09%), destacando-se os aumentos do fubá (8,91%), farinha de trigo (8,78%), polvilho (8,22%), farinha de milho (47,88%), margarina (14,06%), temperos (7,84%), azeitona (53,62%) e iogurte, com alta de 8,39%.
Ainda segundo o professor Ricardo Reis, foram os setores de alimentos
in natura e de
semielaborados que, em parte, seguraram a inflação de setembro. De maneira geral, quase todos os itens que compõem esses segmentos tiveram quedas de preços no mês, a exemplo das hortícolas e das carnes. Os alimentos
in natura tiveram queda média de 0,86% e os produtos
semielaborados, baixa de 0,92%.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve alta de 2,5% em setembro, passando a custar R$377,73. Em agosto, o valor era de R$368,50.