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Desacelerações nos preços dos itens de higiene pessoal e vestuário influenciam inflação de novembro

Publicado: Sexta, 13 Janeiro 2012 16:26 | Última Atualização: Segunda, 12 Dezembro 2011 06:56
Com os consumidores acostumados, nos últimos dois meses, com a inflação em alta, puxada principalmente pelas despesas com alimentos e com material de limpeza, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) registrou, no mês de novembro, queda na média geral dos preços pesquisados, ou seja, houve “deflação” no período. O professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, explica que “deflação é o inverso da inflação, não implicando que os preços de todos os produtos e serviços que compõem o índice tenham caído”. Na deflação, o que cai é a média dos preços pesquisados, conforme sua ponderação (cada preço tem um peso no IPC). Em novembro, a deflação foi de 0,05%; no mês passado, o índice de inflação estimado pela UFLA ficou em 2,24% e foi o mais alto do ano; em setembro, já havia sido de 2,07%. No mês de novembro, a deflação ficou localizada principalmente no setor de higiene pessoal, que teve queda média de 3,94% e nas despesas com vestuário, com redução de 2,26%. No acumulado do ano, o IPC da UFLA registra uma alta de preços de 7,32%, fugindo da meta estabelecida pelo governo para 2011, que é de 4,5%, com tolerância de 2,0% para mais. A pesquisa também registrou quedas nos gastos com material de limpeza (-0,86%), educação e saúde, que ficou em média mais barato 0,02%. As altas no mês de novembro ficaram localizadas nos setores de bebidas (3,88%), nos alimentos em geral (1,35%) e nos gastos com bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática), com aumento de 0,79% no mês. As despesas com lazer, moradia, transportes e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) mantiveram-se estáveis no mês. Os alimentos in natura ficaram mais caros no mês 1,22%, principalmente tomate, mandioca, couve-flor, repolho e maçã. Já os produtos semielaborados aumentaram 1,51%, devido às altas nas carnes bovinas e frango. Já o arroz registrou queda de preço para o consumidor de 0,84% e o feijão, baixa de 1,36%. E os produtos industrializados também contribuíram para a alta geral dos alimentos, ficando, em média, mais caros 1,22%. Com esses comportamentos de alta dos preços dos alimentos, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve um acréscimo de 2,21%. Em novembro, seu valor foi de R$ 392,10 e no mês de outubro, essa despesa era de R$ 383,62.

 

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