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Projeto da UFLA é certificado no Banco de Tecnologias Sociais do Banco do Brasil

Cibele Aguiar

Entre 1.116 projetos inscritos em todo o país no Prêmio Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011, 264 foram certificados: a tecnologia “Tratamento de Dejetos Humanos e Suínos para Pequenas Propriedades Rurais”, uma das ações do Projeto Carrancas, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), está entre elas. As duas soluções tecnológicas que compõem a tecnologia certificada foram desenvolvidas pela equipe do professor Gilmar Tavares, do Departamento de Engenharia (DEG). Integrar o Banco de Tecnologias é um certificado de que ela apresenta respostas efetivas para demandas sociais. Para o engenheiro agrícola e consultor em Permacultura George Armando da Silva Gomes (Pará), além do benefício social e ambiental que as tecnologias proporcionam, o grande diferencial está na forma como as tecnologias foram geradas e transmitidas aos agricultores. O resultado é fruto de uma problematização conjunta com os agricultores, para prospecção de demandas prioritárias e adaptações necessárias à realidade de cada agricultor. “Essa é a essência da permacultura, uma extensão participativa visando a integrar o conhecimento científico e o conhecimento do produtor rural”, enfatiza. Essa também é a premissa defendida pelo professor Gilmar Tavares, que orienta os estudantes no sentido de “não apenas gerar o conhecimento para as pessoas, mas junto com as pessoas”. Foi com base nessa filosofia que foi desenvolvida a “Eco Fossa”, ou Bacia de Evapotranspiração, uma das tecnologias certificadas, tendo como diferencial o fato de utilizar materiais recicláveis como pneus, ser de fácil aplicação e adaptada ao tamanho de cada família, além de eliminar o risco de contaminação do lençol freático e de não gerar efluente.    O tratamento de dejetos suínos por meio de tonéis de decantação e o tratamento de esgoto doméstico foram desenvolvidos para sanar os problemas descritos em uma Unidade Experimental Participativa, no município de Carrancas. Para Lidiana de Oliveira Amaral, que também assina as tecnologias registradas Banco do Brasil, a adoção dessas soluções somente foi possível em razão do seu dimensionamento para a realidade da pequena propriedade, com materiais de fácil acesso e benefícios facilmente percebidos pelo agricultor. Clique para visualizar a cartilha sobre as tecnologias