Despesas com material de limpeza, bebidas e alimentos são os vilões da inflação de janeiro
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,47% no mês de janeiro. Em dezembro de 2011, esse índice havia sido negativo, ou seja, houve uma deflação de 0,64%. Comparativamente, o IPC de janeiro de 2011 foi de 0,82%.
Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, as maiores altas ficaram concentradas nos setores de alimentos (1,34%), despesas com material de limpeza (5,53%) e com bebidas, com aumento de 2,64%. Também tiveram alta em janeiro os gastos com vestuário, cujo aumento foi de 1,43%.
Ao contrário dos anos anteriores, quando as despesas com educação puxaram a inflação do início do ano, em janeiro de 2012 a variação média dos itens que compõem este segmento praticamente não se alterou no mês, com exceção do material escolar, que subiu 2,37%.
De acordo com o professor do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, os preços dos alimentos foram influenciados principalmente pelas chuvas na região sudeste e pela seca no sul do país. Em janeiro, os produtos
in natura subiram 1,03% no mês, os
semielaborados, 3,16% e os
industrializados tiveram uma queda média de 0,37%. As maiores altas nessas categorias foram as do tomate (5,65%), da batata (5,48%), do quiabo (14,44%), do feijão (7,16%), da carne bovina (5,37%), da azeitona (22,12%) e do palmito (8,85%).
Entre as categorias pesquisas pela UFLA e que praticamente não tiveram alterações na média dos preços levantados no mês estão as despesas com moradia, transporte, lazer e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha).
Para o coordenador da pesquisa, “as tradicionais liquidações de janeiro dos bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática) que, em parte, seguraram o IPC medido pela UFLA neste primeiro mês do ano, cuja queda média foi de 5,41%”. Os itens de higiene pessoal também ficaram mais baratos 0,89%.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas aumentou 1,53%, em janeiro, passando a custar R$392,71. Em dezembro seu valor era de R$386,77.