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Professor da UFLA apresenta resultados em conferência Internacional em Lisboa
Cibele Aguiar
Com a finalização da construção e aquisição dos equipamentos para o Laboratório de Microbiologia do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (DZO/UFLA), os resultados de pesquisa já começam a aparecer. No final de novembro, o professor de Microbiologia Zootécnica Roberto Maciel de Oliveira apresentou dois trabalhos na II Conference International on Antimicrobial Research, realizada em Lisboa, Portugal, no final de novembro. Em um dos trabalhos, o professor apresentou resultados da avaliação da sensibilidade e resistência de uma série de antibióticos no combate do Staphylococcos aureus, uma das principais causas da mastite em bovinos. Entre os resultados, foi demostrado um alto nível de resistência de bactérias isoladas a antibióticos frequentemente utilizados nas fazendas que compuseram as amostras do estudo. A pesquisa foi motivada em razão do uso indiscriminado de antibióticos, causando um perfil de resistência em alguns medicamentos comumente utilizados no combate à doença. Nesse sentido, o professor comenta ser muito importante a aplicação sistemática de um ensaio in vitro de sensibilidade aos antibióticos, antes do uso de antibióticos para o tratamento de infecções intra-mamárias. O outro trabalho apresentado no evento tem forte apelo social, do ponto de vista da saúde dos consumidores. Trata-se de resultados parciais de pesquisas em que foram realizadas simulações in vitro de condições de uso de superfícies de contato, após a desinfecção por diferentes produtos utilizados por indústrias de processamento de carne, em diferentes concentrações. O desempenho dos produtos foi confrontado na presença de Listeria monocytogenes e Salmonella typhimurium. Todos os cinco desinfetantes foram eficazes na ausência de matéria orgânica em ambas as temperaturas testadas; no entanto, na presença de matéria orgânica no ensaio, só o hipoclorito de sódio, ácido peracético e glutaraldeído foram eficazes. De acordo com o professor, esses resultados indicam que a eficácia dos desinfectantes testados estava mais relacionada com a presença de matéria orgânica e o tempo de exposição do que com o perfil de resistência apresentado pelos isolados testados, inferindo que o tempo de manipulação pode permitir a sobrevivência dos micro-organismos no meio.
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