Ciência sem Fronteiras: Estudante da UFLA recebe nota máxima em trabalho final na Universidade de Barcelona
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Equipe do Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Barcelona[/caption]
Os estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) têm se destacado nos intercâmbios do Programa Ciência sem Fronteiras. Recentemente, a estudante Isadora Marques Paiva, do 9º período de Ciências Biológicas da UFLA, recebeu nota máxima, além de elogios da banca examinadora, durante a apresentação do trabalho final na Faculdade de Farmácia da Universidade de Barcelona.
Durante o ano de intercâmbio, a estudante trabalhou em dois importantes projetos de pesquisa desenvolvidos no Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular, tendo como objetivo estudar a atuação da enzima alanina aminotransferase no metabolismo humano e de peixes. A transcrição do DNA dessa enzima ajuda a compreender o processo de transformação de metabólitos intermediários em glicose e, com consequência, contribui para a descoberta de potenciais fármacos para doenças como a diabetes.
O desempenho da estudante no trabalho de pesquisa e também a sua interação com o grupo motivou a professora de Bioquímica e Biologia Molecular Isabel Vázquez Baanante, orientadora na Espanha, a enviar mensagem ao orientador no Brasil, professor David Solis Murgas, do Departamento de Zootecnia (DZO/UFLA), com elogios e com um convite para que a estudante faça outra etapa de formação na Universidade e para que o estudo tenha como resultado uma publicação conjunta entre os pesquisadores.
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Isadora Paiva: sentimento de dever cumprido[/caption]
Determinação, curiosidade e espírito de equipe
Um ano antes de ir para Barcelona, Isadora ficou três meses morando na Ucrânia, em Dnipropetrovsk, em intercâmbio voluntário, onde apresentava a cultura brasileira a estudantes de escolas públicas. Depois disso, ela teve a certeza de que não podia parar por aí, só não imaginava que seria tão rápido.
Já em Barcelona, no CsF, a estudante enfrentou dificuldades como todo intercambista. Teve que aprender duas línguas, castelhano e catalão, além da nova rotina no Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da Universidade de Barcelona. “Não foi fácil, novas técnicas, colegas de diversas nacionalidades, regras e todo o tempo que estive lá fui tratada como uma aluna de pós-graduação; então as cobranças eram muito maiores”, comenta.
O resultado foi uma dedicação ainda maior, tendo participado também da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros na Catalunha (Apec), ajudando na organização de seminários e participando de mesas-redondas e palestras. Ela aproveitou a oportunidade ao máximo e, quando estava prestes a voltar para o Brasil, escutou da orientadora: "Quando você vai voltar?"
“Viajei bastante, conheci muita gente, fiz muitos amigos, mas também trabalhei sete horas por dia durante um ano, busquei os resultados nos experimentos e virei noites sem dormir para conseguir escrever meu trabalho. Depois, a sensação total de dever cumprido”, resume a estudante, que já está de volta à UFLA.
Para o orientador, professor Murgas, Isadora teve um excelente crescimento profissional durante o intercâmbio, o que mostra que o Programa Ciência sem Fronteiras começa a dar frutos. Ele comenta que a estudante já está integrada novamente ao grupo, aplicando e compartilhando o conhecimento adquirido.