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Nossa falta de educação

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Terça, 18 Setembro 2007 21:00 | Última Atualização: Terça, 18 Setembro 2007 21:00

Correio Braziliense, 19/09/07

João Cláudio Garcia

Mais um relatório internacional atesta nossa falta de educação. Desta vez, porém, o desafio era maior. O Brasil foi comparado aos mais desenvolvidos do planeta no quesito investimento em ensino. Apesar de representar a 10ª economia do planeta, o país ficou na última colocação no ranking de gastos com estudantes entre 36 nações, a maioria da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Gastamos em média US$ 1.303 por ano com um aluno, contra US$ 7.527 no padrão OCDE. Parece injusta e até humilhante a metodologia, mas o fato é que os estudantes brasileiros também são menos favorecidos quando a amostragem inclui apenas os emergentes.

Basta lembrar a lista dos países mais competitivos elaborada pela escola de administração suíça IMD — uma das cinco principais da Europa — e divulgada no primeiro semestre do ano. O Brasil caiu cinco posições entre 2006 e 2007, para a 49ª, numa relação de 55 participantes. Entre as justificativas, estão a infra-estrutura problemática e as deficiências em educação. Governos como o chinês e o indiano aproveitaram o longo período sem recessão neste começo de século para investir no setor.

A Índia vinha cometendo o mesmo erro do Brasil: gastos desproporcionais entre os diferentes níveis educacionais, priorizando o ensino superior em detrimento do básico. Essa aplicação permitiu, por exemplo, que o país formasse 200 mil engenheiros por ano, metade deles com atuação internacional. Autoridades estão corrigindo o rumo, na tentativa de reduzir o analfabetismo de 39%. A China, cuja economia cresce no ritmo de 10% a cada ano, tem um planejamento escolar mais rígido, com previsão de recursos elevados para alfabetização. O analfabetismo, em 15% no ano 2000, está em queda.

Entre chineses e indianos, além dos europeus e norte-americanos, o conceito de que educação é prioridade e sinônimo de prestígio social está mais arraigado que no Brasil. Ensino de qualidade, como mostrou o estudo sobre competitividade global, é condição para o desenvolvimento do país e o crescimento econômico a longo prazo. Talvez isso explique a razão pela qual muitas nações com PIB per capita menor que o brasileiro destinam, proporcionalmente, mais verba para a formação educacional.

 

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