Pela sustentabilidade: UFLA promoveu seminário sobre energias renováveis
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Os integrantes do Núcleo de Estudos em Energias Renováveis (Neer), organizadores do Seminário, surpreenderam os participantes com um crachá original. Feito com um papel reciclado chamado "papel semente", o crachá pode ser picotado, molhado e colocado na terra. Sendo regado diariamente, em cerca de 20 dias germinará a planta conhecida como Cravinho Francês. O papel plantável reforçou a mensagem do evento: a preocupação com a tecnologia a serviço da sustentabilidade e da vida.[/caption]
A preocupação com formas limpas de geração de energia elétrica mobilizou a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) nos últimos dias. Nessa quinta-feira (25/6) ocorreu a abertura do
II Seminário de Energias Renováveis, que reuniu professores, estudantes, técnicos administrativos e membros da comunidade para debater assuntos relacionados ao tema. Mais de cem pessoas participaram das atividades, que foram encerradas no sábado (27/6).
A primeira palestra da noite de abertura foi proferida pelo coordenador-geral de Serviços Tecnológicos do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Jorge Mário Campagnolo. Ele apresentou o panorama geral da questão energética no país e destacou a importância do papel da
Ciência, Tecnologia e Inovação para que haja competitividade na área. “O governo sabe que é necessário dominar as novas tecnologias para termos uma matriz energética sustentável”. Nesse sentido, reconheceu a importância da produção do conhecimento e das discussões realizadas em eventos sobre o tema, principalmente nas universidades. “Hoje, o Brasil tem uma matriz energética favorável, quando comparada à de outros países. Mas o investimento no conhecimento será o diferencial para a realidade das próximas gerações”.
Outra contribuição para as reflexões sobre as energias renováveis foi oferecida pelo diretor técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Sandro Yamamoto. De acordo com o engenheiro, a energia eólica é uma das fontes de energias renováveis que mais cresce no Brasil. O conteúdo apresentado englobou os benefícios da energia eólica, as características dos ventos, o potencial eólico em diferentes regiões do país, os desafios para o setor, entre outros tópicos. “Apesar de Minas Gerais ainda não ter parques eólicos instalados, é um estado que tem potencial, por isso, temos expectativas de que tenha essa geração no futuro”, comentou.
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Na parte externa do Salão de Convenções da UFLA, onde ocorreu o evento, empresas apresentaram suas tecnologias relacionadas ao tema do Seminário. A equipe dos Engenheiros Sem Fronteira (ESF – Núcleo Lavras) também estava presente, explicando para o público o funcionamento do aquecedor solar de baixo custo construído por eles para o curso de extensão oferecido à comunidade. O aquecedor foi feito com 60 garrafas pet e 50 caixas de embalagem longa-vida. A metodologia utilizada para montagem do recurso baseou-se na experiência do programa “Água Quente para todos”, organizado no Paraná, em 2008.[/caption]
Na sexta-feira (26/6) os temas das palestras envolveram novos materiais para conservação de energia solar, sistemas de certificação energética e ambiental em parques edificados, biomassa, entre outros. Houve também a apresentação da experiência da Associação dos Agricultores Familiares do Quilombo Nossa Senhora do Rosário (Aqui3P), que tem desenvolvido seus trabalhos com o apoio de diferentes setores da UFLA, notadamente os Engenheiros sem Fronteira (EsF- Núcleo Lavras). No sábado (27/6), a programação foi de minicursos.
Cerimônia de abertura
Na mesa de honra de abertura do evento estavam presentes o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira (que representou o reitor da UFLA); o representante do MCTI, professor Jorge Mário Campagnolo; o professor do Departamento de Física (DFI) e coordenador do Seminário, Joaquim Paulo da Silva; o chefe do DFI, professor Sérgio Martins Souza e a estudante de Engenharia Florestal Mariana Fukuda do Carmo.
Professor Joaquim enfatizou a proposta do evento: discutir as tecnologias para geração de energias renováveis ao mesmo tempo em que se promove um intercâmbio de saberes com a comunidade. “Por isso, é importante que tenhamos participantes tanto da comunidade acadêmica quanto da comunidade externa. Nossa intenção é que esses eventos sejam anuais, para evoluirmos cada vez mais nos debates e nessa interação”.
Para o pró-reitor de Extensão e Cultura, o Seminário vai ao encontro da busca pela sustentabilidade que tem marcado o Plano Ambiental e Estruturante da UFLA. “É com satisfação que abrimos este evento, que é uma iniciativa louvável. Tenho certeza de que as reflexões conjuntas de estudantes, profissionais e dos participantes da comunidade poderão contribuir para o desenvolvimento do tema”.
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