Professora da UFLA ministra palestras na América Central e República Dominicana a convite da FAO
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Professora Adélia Pozza profere palestra em países da América Central no âmbito do projeto Agroecologia e a Ferrugem do Cafeeiro[/caption]
A professora da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Adélia Aziz Alexandre Pozza, do Departamento de Ciências do Solo (DCS) foi convidada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para ministrar palestras sobre a temática "Agroecologia e a Ferrugem do Café", em três países da América Central: Chiriqui (Panamá) – nos dias 22 e 23 de outubro, San José (Costa Rica) – nos dias 26 e 27 de outubro e Santo Domingo (República Dominicana) – nos dias 29 e 30 de outubro.
As palestras fazem parte de um projeto da FAO para a capacitação dos países da América Central e República Dominicana para responderem à crise no setor cafeeiro, causada pela ferrugem do café (Hemileia vastatrix) e evitar epidemias futuras.
As palestras nos três países tiveram tanto sucesso que a professora foi convidada para participar de mais dois seminários: na Nicarágua nos dias 16 e 17 de novembro e em El Salvador, nos dias 19 e 20 de novembro.
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Adélia Pozza na Ciudad del Saber - iniciativa da FAO, no Panamá[/caption]
Doutora com ênfase em nutrição e doenças de plantas, a professora Adélia Pozza apresentou orientações técnicas e científicas que envolvem o manejo agroecológico no enfrentamento da ferrugem do cafeeiro. Durante os seminários, a professora abordou dois temas principais: o uso de nutrientes minerais no controle das doenças de plantas e a nutrição mineral no manejo agroecológico da ferrugem do café.
O projeto da FAO tem como argumento o compartilhamento de conhecimentos e tecnologias capazes de combater a ferrugem do cafeeiro, apresentada como uma das piores doenças que atingem a produção mundial de café, trazendo sérias consequências econômicas, sociais e ambientais para diferentes grupos de produtores, em especial, para os sistemas familiares, ainda mais vulneráveis por dependerem muitas vezes exclusivamente da produção de café para sua sobrevivência.
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Durante a programação dos seminários, a professora fez uma visita à Fazenda Esmeralda, nas montanhas do Oeste do Panamá. Nesta fazenda é produzido o segundo café mais caro do mundo, Café Geisha - resultado do clima frio e da colheita cuidadosa do grão.[/caption]
Neste sentido, a agroecologia é apresentada como ciência aplicada que inclui a perspectiva da agronomia, genética, ciência do solo, biodiversidade (microbiana, vegetal e animal), fatores e elementos climáticos; além das relações entre as dimensões culturais, ecológicos, econômicos, sociais e políticas.
A professora Adélia Pozza participa, dessa maneira, de uma rede multidisciplinar de pesquisadores convidados para propagar o conceito de uma agricultura mais sustentável e eficiente, sobretudo, com o advento das mudanças climáticas. Os seminários promovem o intercâmbio de informações sobre a agroecologia aplicada ao café, com foco nos países mais afetados pela ferrugem.