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Período letivo teve início com número recorde de calouros cotistas
Turma de calouros, recebida na UFLA na segunda-feira (25/4), é a primeira contemplada com a reserva de 50% das vagas para cotistas (estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas). São aproximadamente 1600 novos estudantes. Metade deles pertence aos grupos de cotas contemplados nos processos seletivos de ingresso.
Em 2016, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) alcançou a meta definida pela Lei de Cotas do Ensino Superior. O aumento na oferta das vagas para cotistas nos processos seletivos foi gradativo: 12,5% em 2013; 25% em 2014; 37,5% em 2015, chegando à totalidade neste ano. Cumprida essa missão inicial, a instituição avalia os primeiros resultados da política que busca democratizar o acesso ao ensino superior. Os dados revelam que cotistas têm bom desempenho e menores taxas de evasão.
Indicadores levantados pela Universidade mostram que a taxa média de evasão de estudantes cotistas é 50% menor que a taxa verificada entre os estudantes que ingressam por ampla concorrência. Em alguns cursos, essa diferença é ainda maior. É o caso da Agronomia, em que há 18% de evasão entre os estudantes da ampla concorrência - e a média de evasão dos cotistas é de 7%. Os levantamentos relativos à evasão utilizam dados de ingresso e matrículas que vão do primeiro período letivo de 2013 ao segundo período letivo de 2015.
Para o assessor para Desenvolvimento Acadêmico da UFLA, professor João Chrysóstomo de Resende Júnior, o resultado é expressivo. “Os números mostram que os cotistas verdadeiramente estão decididos a aproveitar a oportunidade, mantendo seu vínculo com os cursos em proporção maior que os demais. A evasão traz reflexos negativos para o aluno, para a instituição e para a sociedade. Nesse sentido, vemos que a política de cotas está colaborando muito”. A assistência estudantil ofertada que envolve, entre muitas ações, aquelas relativas à moradia, alimentação, atendimentos de saúde e Programa Institucional de Bolsas também pode ter seu papel no quadro de menor evasão.
Outra preocupação recorrente no que se refere às cotas é o desempenho dos alunos durante o curso. Na UFLA, considerando-se a média de todos os grupos de cotas, o Coeficiente de Rendimento Acadêmico (CRA) desses estudantes está bem próximo daqueles que ingressaram pela ampla concorrência. Em alguns cursos, como em Filosofia, bacharelado em Educação Física e Licenciatura em Química, o CRA dos cotistas chega a superar o dos demais estudantes. Em média, considerando todos os cursos, os grupos de cotas têm desempenho correspondente a 97% do encontrado entre alunos da ampla concorrência.
João Chrysóstomo diz que a diferença pode ser considerada irrelevante, já que o aumento na reserva de vagas foi gradual. Assim, o maior número de cotistas que fez parte do levantamento ainda está nos primeiros períodos de seus cursos. “O início do curso, para todos, traz muitos desafios. É o momento de adaptação do estudante ao ensino superior e a novas rotinas de estudos. A tendência é que, passados os estágios iniciais, cotistas e não cotistas mantenham sempre desempenho semelhante. “Mas somente quando tivermos dados de um período maior, poderemos ser mais conclusivos nas interpretações”, pondera. Para o estudo atual sobre o CRA, foram consideradas informações dos períodos 2013/1 a 2015/1.
A pró-reitora de Graduação, professora Soraya Alvarenga Botelho, diz que, para auxiliar os estudantes a superar os desafios do início do curso e colaborar para que haja igual potencial de aproveitamento por todos, a UFLA mantém programas específicos. “É o caso do Programa de Mentoria para Calouros (ProMEC), uma submodalidade do Programa Institucional de Bolsas de Ensino e Aprendizagem da UFLA (PIB/UFLA), pelo qual alunos veteranos se tornam bolsistas, sob a supervisão de um professor, e têm a missão de colaborar na adaptação dos calouros de seu curso à vida acadêmica. “São ações que colaboram para que tenhamos desempenho semelhante em todos os grupos”, ressalta.
Uma política, muitas histórias
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