Provoc-Arte: intervenções artísticas marcaram encerramento de disciplina do Mestrado em Educação
O Programa de Pós-Graduação em Educação do Departamento de Educação (DED/UFLA) realizou, com a atuação dos estudantes, intervenções artísticas para marcar a conclusão da disciplina
Arte e Educação, ministrada pela professora Cláudia Ribeiro. A atividade ocorreu em dia 15/8. Foram realizadas performances artísticas nos espaços do Restaurante Universitário, Biblioteca e Cantina Central.
As performances foram desenvolvidas pelos estudantes a partir da inspiração em pinturas, músicas, poesias, contos, textos acadêmicos, peças de museu e outros textos culturais que provocam saberes, poderes e verdades, incitando a problematização dos temas. Durante as apresentações, os estudantes interagiram com os espaços montados especialmente para as intervenções e, ao final, participaram das discussões para ampliação dos conceitos de arte/educação.
O espaço de Arte e Educação na estrutura curricular do Mestrado Profissional em Educação, segundo a professora Cláudia Ribeiro, permite pluralidade de reflexões. “Constitui-se em uma enxurrada de conhecimentos que transformou em heterotopia a sala de aula, puxando múltiplos fios que impulsionaram conexões”, comenta.
Os espaços utilizados para as intervenções foram produzidos pelos estudantes da disciplina Arte e Educação. O grupo Danielle Cristine, Vladimir Augusto e Renan Fonseca foi responsável pela proposta “
Arte no Espaço Urbano”, pela qual buscam reflexões sobre as expressões de arte que se utilizam dos espaços urbanos e provocam os questionamentos: o que é arte (?), qual é o lugar dela (?), o que ela desperta (?).
As representações de negros e negras nas artes foi a proposta dos estudantes Eduardo Doná, Lucas Lima e Silmara Santos, que problematizaram a (in)visibilidades desses atores nas artes. Eles questionam qual o lugar das negras e negros nas produções artísticas do cotidiano. “Existe um lugar? Podemos pensar na arte como um ambiente descontextualizado de processos históricos?” Assim, questionou-se as identidades artísticas a partir de marcadores sociais de raça e etnia.
A performance apresentada por Vinicius de Carvalho e Jaciluz Dias (
Mergulhando em Estranhamentos, Identidades e Violências) foi inspirada no Museu Imaginário das Águas, Gênero e Sexualidade (trabalho de pós-doutorado da professora Cláudia Ribeiro). Foi o descortinar do corpo (início meio e fim da ação), perpassado as relações de gênero, expressões das sexualidades, bem como as violações e violências diariamente experimentadas.
Já as estudantes Lucimara Destéfani, Neiva Rodrigues, Silvana Faria e Tânia Gonçalves, ocupando espaços como Restaurante Universitário, Biblioteca e Cantina, abordaram o
processo histórico da prostituição, propiciando a reflexão sobre as marcas históricas, culturais e sociais que circundam as representações das prostitutas.
Expondo frases provocadoras que representam a visão histórico-social da mulher na atualidade, Aline Tavares, Bárbara Silva, Maria Betânia, Tatiane Resende e Vanderleia Silva instigaram as pessoas a refletirem criticamente sobre as verdades, poderes e saberes da mulher na sociedade. As estudantes materializaram, em produções artísticas, o que sentiram e viram interagindo na performance
“Lugar de mulher é... espaço de construção”.
Colaboração (texto e fotos): jornalista Fátima Ribeiro.