Projeto da UFLA desvenda ciência por trás dos poderes dos super-heróis em "Os Vingadores"
Ficção? Futurismo? Ou realidade? Confira o que tem de base científica em alguns dos superpoderes do filme "Vingadores: Guerra Infinita"
No mundo fictício dos super-heróis, os superpoderes ou acessórios especiais de combate ao inimigo intrigam desde crianças a adultos. Para responder o que de fato seria possível na vida real, estudantes do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Lavras (UFLA) revelam a base científica por trás das peripécias dos personagens do filme “Os Vingadores: Guerra Infinita”, lançado no final de abril, que vêm atraindo a atenção de multidões no mundo inteiro.
A ideia surgiu no projeto de popularização da ciência “Engenheiros do Amanhã”, contemplado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), sob coordenação do professor Juliano Elvis de Oliveira. Dessa vez, a novidade é o meio utilizado para levar conhecimento científico da física, química e engenharia de materiais para estudantes do ensino médio: uma série de vídeos no Youtube que desvendam ciência por trás de superpoderes.
Em um dos episódios, por exemplo, o público descobre que o escudo do Capitão América e a armadura do Pantera Negra utilizam um elemento químico, criado pela Marvel, chamado vibrânio. O mérito dele é absorver energia cinética para ser usada quando necessária, a partir de conceitos físicos, como energia, colisões e lei de Newton.
Juliano Elvis de Oliveira explica que, por meio de aplicações de teorias como dos pesos e da eletricidade, materiais transformam energia de um impacto em energia elétrica. “Na vida real, isso pode ser usado como freio inteligente para veículos, muito usado na Fórmula 1”, exemplifica.
O professor ressalta que filmes de ficção científica e super-heróis têm grande potencial para disseminar conceitos de física, química e engenharia de materiais. “Nesse filme, o personagem Homem de Ferro usa nanotecnologia na armadura, enquanto em outros ela é um vilão. O entretenimento é capaz de mudar a percepção da ciência, criando imagem benéfica ou deturpada dela”, informa.
E aí, vai perder?
Pollyana Dias, jornalista, bolsista Dcom/Fapemig