UFLA realiza Seminário Regional Desigualdade, Inclusão e Diversidade Funcional
Ocorreu nessa segunda (3/12), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), a abertura do I Seminário Regional Desigualdade, Inclusão e Diversidade Funcional, cujo o tema é: "Há Braços". O objetivo é promover um espaço para que os participantes possam compartilhar suas experiências profissionais, projetos e ações desenvolvidas nas diferentes áreas de atendimentos às pessoas com deficiência, além de traçar propostas para o aperfeiçoamento das metodologias utilizadas no atendimento destas pessoas.
O evento está sendo realizado pela Coordenadoria de Acessibilidade da Praec-UFLA em conjunto com o Curso de Pedagogia Bilíngue NEO/Ines/UFLA e o Projeto ASAS - Acessibilidade na Saúde em Atendimento aos Surdos. Aberto a toda comunidade, a abertura do encontro reuniu no Anfiteatro do Departamento de Ciências Humanas (DCH) professores, profissionais da área e demais pessoas interessadas no tema para discutirem sobre a elaboração de novas ações para promover a inclusão e a acessibilidade.
A data escolhida marca também o dia internacional das pessoas com deficiência, e é promovida pelas Nações Unidas desde 1992. A intenção é possibilitar a ampliação da compreensão dos assuntos relacionados à deficiência e também ressaltar a necessidade de fomentar ações para a promoção de direitos que garantam a acessibilidade e a inclusão.
Durante a primeira mesa-redonda da noite, na qual as discussões centraram-se na questão do autismo, foram apresentados alguns relatos que apontam para a importância de se debater e trabalhar pela inclusão da pessoa autista não só no ambiente privado e familiar, mas também no ambiente público, principalmente nos ambientes de aprendizado. Segundo a psicanalista membro do Laço Analítico Escola de Psicanálise e Coordenadora Clínica do Conviver Losane Menezes, , a pessoa autista possui alguns limitadores que operam no processo de aprendizado da linguagem, parte fundamental da formação da identidade. Com essa limitação na subjetivação e na formação da identidade, a pessoa autista apresenta um modo muito particular de lidar com o outro, portanto é preciso estabelecer estratégias para lidar com essas dificuldades, partindo não só da relação do sujeito com seu exterior, mas também do exterior em relação a eles. Ou seja, é fundamental articular a inclusão daqueles que os rodeiam no processo de acompanhamento clínico, e trabalhar todo o conjunto para que os resultados sejam mais efetivos, sugere Losane.
O evento ocorre durante toda esta semana. Confira a programão completa.
Luiz Felipe Souza, bolsista UFLA/Fapemig