V CIM aborda inclusão, permanência e sucesso dos estudantes no ensino superior - participe!
Até sexta-feira (20/11), a Universidade Federal de Lavras (UFLA) sedia, de forma on-line, o V Congresso de Inovação e Metodologias no Ensino Superior e Tecnológico (V CIM), com o tema “As práticas docentes e sua relação com a inclusão, permanência e sucesso na formação dos estudantes das universidades e institutos federais”. O evento é uma realização interinstitucional e envolve, além da UFLA, as seguintes universidades: UFMG, UFOP, IFMG Ouro Preto, UFVJM, IFNMG, UFCAT. Confira a programação completa.
O Congresso visa a proporcionar debates sobre o desenvolvimento de novas ideias, propostas, abordagens de conteúdos e práticas pedagógicas que deem suporte para professores e gestores das universidades superarem os desafios relacionados à docência no ensino superior. Busca-se a troca de experiências e o conhecimento científico como formas de promover formação superior mais holística, humanista, crítica, ética e cooperativa entre os futuros profissionais.
Solenidade de abertura
O V CIM começou na segunda-feira (16/11). A solenidade de abertura contou com a participação de representantes das sete instituições que se uniram para concretizar o evento. Todas as autoridades destacaram a centralidade do tema desta edição: foi enfatizada a necessidade de estimular o debate e o desenvolvimento de metodologias inovadoras para ampliar a inclusão, a permanência e o sucesso dos estudantes, não só na pandemia, como também diante de desafios surgidos na sociedade e na própria atuação das instituições públicas federais de ensino.
O reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e anfitrião do evento, professor João Chrysóstomo de Resende Júnior, destacou a importância de entender e reduzir a evasão, um dos maiores desafios do ensino superior. “Precisamos entender a evasão de maneira mais holística. Essa é uma questão complexa, que envolve fatores como a diferença de visão de mundo entre docentes e estudantes, a evolução tecnológica e questões sociais, como o recente aumento da pobreza no País. E a saída deve ser buscada na ciência”.
Para o vice-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Alessandro Moreira, o formato interinstitucional assumido nesta 5ª edição favorece a busca por inovações. “Para inovar, é preciso acolher, construir coletivamente. A inovação não ocorre sem mudanças estruturais e culturais”, afirma.
O formato interinstitucional é uma novidade do V CIM: o congresso foi idealizado e sediado pela UFMG em suas quatro primeiras edições. De acordo com a pró-reitora de Graduação da UFMG, Benigna Oliveira, a proposta de realização itinerante do congresso foi muito bem acolhida e honrada. “O compromisso do CIM é com a educação como direito, compromisso reafirmado no tema deste ano, que enfoca a democratização do acesso à educação de qualidade, associada à permanência e ao sucesso dos estudantes.”
Também participaram da solenidade de abertura do V CIM o pró-reitor de Ensino do IFNMG, Ricardo Cardozo, a diretora de Ensino do IFMG Campus Ouro Preto, Ana Elisa Novais, a reitora da UFCAT, Roselma Lucchese, o reitor da UFVJM, Janir Alves Soares, o pró-reitor de Graduação da UFOP, Adilson Pereira dos Santos
Conferência
A conferência de abertura do evento abordou o tema “As práticas docentes e sua relação com a inclusão, permanência e sucesso na formação dos estudantes das universidades e institutos federais”. As apresentações foram conduzidas pelas professoras Ana Amélia Carvalho, da Universidade Coimbra (Portugal) e Maria Isabel de Almeida, da USP.
Para a professora Ana Amélia, a Covid-19 mostrou que as tecnologias são aliadas de professores e estudantes, pois sem elas o ensino remoto não existiria. Por outro lado, também tornou evidente um grande hiato entre professores e estudantes. Entender quem são os estudantes desta geração e o que tem mudado no atual contexto é, na avaliação da pesquisadora, um passo decisivo para o aperfeiçoamento das práticas docentes.
Por sua vez, a professora Maria Isabel adotou como ponto de partida de sua exposição o questionamento: o que é necessário fazer para alcançar cada um dos estudantes? Promover a inclusão educacional em uma realidade socioeconômica como a brasileira, combatendo a evasão, é um desafio que, de acordo com a pesquisadora, envolve fatores institucionais, pessoais e externos. A questão deve ser tratadaa partir da ótica tanto dos estudantes quanto dos professores.
Confira a íntegra no vídeo de abertura do V CIM