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Formação

Docentes e estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde da UFLA participaram de curso sobre dissecação anatômica de cadáveres

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Sexta, 03 Junho 2022 15:26 | Última Atualização: Sexta, 03 Junho 2022 17:19
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A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (FCS/UFLA) promoveu, entre os dias 31/5 a 3/6, o curso “Dissecação de Cadáveres”. O curso foi ministrado pela diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alfenas (Famed/Unifal), professora Evelise Aline Soares.Participaram estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Educação Física, Nutrição e Medicina da UFLA, além de professores e técnicos administrativos em educação da FCS. 

Durante os cinco dias de curso os participantes aprenderam noções básicas da história da dissecação, as técnicas utilizadas,  a importância do uso do equipamento de proteção individual (EPI), informações técnicas de conservação, assim como instrumentais e sua manipulação. Além disso, eles participaram da dissecação de cadáveres que foram doados para a UFLA por meio de um programa de doação voluntária, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em duplas, os participantes prepararam peças anatômicas humanas que serão utilizadas nas aulas práticas da disciplina de anatomia humana . Essas peças, órgãos e corpos também têm como objetivo deixar um acervo montado com músculos, artérias, cérebro, parede torácica, entre outros.  

A professora Evelise ressalta que para os cursos da área da saúde é muito importante o contato com peças cadavéricas, pois isso complementa na formação dos futuros profissionais, fazendo com que eles tenham um conhecimento amplo da anatomia humana. “É muito difícil para o médico, nutricionista, educador físico, ao fazer algum procedimento, uma reabilitação, não ter um conhecimento amplo da anatomia. Logo, essa é uma oportunidade importante para os estudantes, e sendo a anatomia uma das disciplinas mais importantes do ciclo básico, durante o curso nós conseguimos montar um acervo muito bom, o que dará um suporte importante para os estudantes no decorrer dos semestre letivos”, destaca Evelise. 

Para o estudante do 3º período de medicina da UFLA, Igor Andrade Leão, participar do curso foi algo importante para sua formação, pois foi possível sentir a variação anatômica, diferir a coloração de um cadáver das cores apresentadas nos livros didáticos e peças sintéticas. “Está sendo incrível, é uma experiência única, pois eu consegui aprender bastante, tanto para dissecar, como sobre a própria anatomia ao observar as peças”, comenta.  

Para professor de anatomia humana do DME, Bruno Del Bianco Borges, o curso de dissecação, além de representar um passo importantíssimo para o aprendizado anatômico, também representa um marco histórico para os cursos da saúde e para Anatomia Humana da UFLA: “Este curso além de trazer para nós, docentes, e para os discentes, um conhecimento anatômico  único. Ele marca, para sempre, a história do centro anatômico da UFLA, com a preparação das primeiras peças anatômicas de muitas que virão. Nos dedicamos muito durante nesta semana para que pudéssemos produzir peças anatômicas de alta qualidade para nossos discentes”.

Doação Voluntária

A professora Evelise explica que existem duas maneiras de um laboratório receber um cadáver, seja pela morte natural de um corpo não identificado pelo IML ou por doação voluntária. Na primeira situação, a pessoa deve ter falecido de morte não violenta e não ter sido reconhecida. No prazo de 30 dias, qualquer universidade pode solicitar judicialmente a doação desse cadáver, amparadas pela Lei 8501/92. 

A segunda opção é a doação voluntária, um programa criado pelas universidades. As pessoas que querem que seu corpo seja estudado preenchem um formulário e deixam a família ciente. Na UFLA, os seis cadáveres vieram por meio de doação voluntária, a partir de um programa de doação de corpos da UFMG. 

A professora do Departamento de Medicina da UFLA Giancarla Aparecida Botelho Santos explica que os estudantes dos cursos da saúde da UFLA terão um grande ganho no aprendizado da anatomia humana com a vinda desses cadáveres para a Instituição, sendo uma conquista significativa. “Não tínhamos cadáveres, a gente tinha apenas peças sintéticas, além de contar com o apoio de laboratórios de instituições externas, e sabemos da necessidade de os estudantes terem as peças anatômicas em mãos, de ter a oportunidade de estudar e dissecar o cadáver, sem precisar se deslocar até outra instituição.Diante disso, essa é uma conquista significativa para a UFLA e para os estudantes dos cursos da área de saúde”, destaca.

 
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